Na noite de quinta-feira (24), a juíza Maria Umbelina Zorzetti, da 1ª Zona Eleitoral de Goiânia, emitiu uma decisão destacando que o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, e seu candidato à prefeitura de Goiânia, Sandro Mabel, do partido União Brasil, foram acusados de utilizar a máquina pública para comprar votos por meio da distribuição de cestas básicas. A decisão ressalta que essa prática configura conduta vedada e abuso de poder político, relacionada ao programa social Goiás Social.
O Governo de Goiás, em resposta, afirmou ter recebido com surpresa a decisão e destacou que o programa Goiás Social é de caráter continuado, com eventos abertos ao público. O comunicado informou também a suspensão do programa desde segunda-feira (21) até depois das eleições para evitar interpretações equivocadas.
A decisão liminar ordenou que Caiado e Mabel se abstenham de realizar atos políticos partidários que configurem conduta vedada, como a entrega de benefícios em troca de votos. A ação foi movida pela campanha de Fred Rodrigues (PL), candidato à prefeitura de Goiânia apoiado por Jair Bolsonaro. Vídeos anexados à ação mostram eleitores recebendo benefícios em troca de votos para Mabel.
A juíza ressaltou que o uso do programa social para promover candidatos desequilibra o pleito eleitoral e viola a legislação eleitoral, citando a proibição do uso de programas sociais do governo para promoção pessoal e eleitoral de candidatos. Anteriormente, ela determinou que Caiado e Mabel parassem de utilizar as dependências do Palácio das Esmeraldas para atividades eleitorais. Fred e Mabel disputam o segundo turno em Goiânia, em uma eleição que envolve uma disputa entre Bolsonaro e Caiado, conforme pesquisa da Quaest divulgada recentemente.