Julian Assange, fundador do WikiLeaks, fez sua primeira aparição pública desde sua libertação em junho, durante um discurso no Conselho da Europa em Estrasburgo, França. Ele afirmou que sua liberdade não foi concedida pelo sistema, mas sim por ele se declarar “culpado de fazer jornalismo”.
Assange, acompanhado por sua esposa Stella Assange e Kristinn Hrafnsson, editor-chefe do WikiLeaks, foi liberado após passar cinco anos detido no Reino Unido, lutando contra a extradição para os Estados Unidos. Antes disso, ele ficou sete anos refugiado na Embaixada do Equador em Londres, alegando perseguição política.
Ele foi acusado de divulgar documentos confidenciais que revelaram irregularidades militares dos EUA no Iraque e no Afeganistão, incluindo um vídeo de um ataque de helicóptero Apache em 2007 que resultou na morte de 11 pessoas, incluindo dois jornalistas da Reuters. Enquanto defensores da liberdade de imprensa o elogiam, críticos argumentam que ele colocou em risco a segurança nacional dos EUA.
O discurso de Assange ocorreu após a Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa publicar um relatório sobre sua detenção na prisão de alta segurança no Reino Unido. Ele foi condenado nos EUA por conspirar para obter e divulgar informações confidenciais de defesa nacional sob a Lei de Espionagem. Após cumprir sua sentença, ele retornou à Austrália em junho.