Sexta-feira, Novembro 15, 2024
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Líderes do Brics discutem alternativas financeiras em cúpula na Rússia

A 16ª cúpula dos líderes do Brics, marcada para ocorrer de 22 a 24 de outubro, tem como destaque a busca por reduzir a dependência do dólar nas transações comerciais entre os países do bloco. Além disso, estão em debate medidas para fortalecer instituições financeiras alternativas ao FMI e ao Banco Mundial, que são majoritariamente controladas por potências ocidentais.

O encontro será sediado em Kazan, na Rússia, sendo a primeira vez que o Brics conta com a presença dos cinco novos membros que se uniram ao bloco este ano: Egito, Irã, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Etiópia. Até o ano passado, o Brics era composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

O governo russo, que lidera o bloco em 2024, estabeleceu como prioridades para este ano a integração dos novos membros e o fortalecimento do papel dos estados Brics no sistema financeiro global, além de incentivar o uso das moedas nacionais dos países do bloco no comércio mútuo.

Durante uma reunião entre líderes financeiros dos países, o ministro das Finanças da Rússia, Anton Siluanov, propôs a criação de uma alternativa ao FMI, argumentando que as instituições existentes não atendem aos interesses dos países do Brics.

Além disso, o bloco está considerando estabelecer um sistema de pagamento alternativo ao dólar, conhecido como Brics Bridge, que seria uma plataforma para transações digitais entre os membros do grupo.

O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, já havia defendido anteriormente a criação de uma moeda para facilitar as transações comerciais entre os países do Brics, ressaltando os benefícios dessa iniciativa.

Atualmente, o Novo Banco de Desenvolvimento (NBD) é a única instituição financeira do Brics em funcionamento, financiando projetos de infraestrutura e desenvolvimento entre os países membros.

O Brics representa aproximadamente 36% do PIB global, superando o G7 em participação econômica. O bloco foi estabelecido em 2006 com Brasil, Rússia, Índia e China, sendo posteriormente adicionada a África do Sul, formando o grupo Brics atual.

Os esforços do Brics para diminuir a influência do dólar no comércio global e criar instituições financeiras independentes das potências ocidentais têm despertado interesse e gerado discussões sobre o impacto dessas iniciativas no cenário internacional.

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