A vitória de Donald Trump na eleição presidencial dos Estados Unidos provoca preocupações sobre a integridade territorial da Ucrânia. O republicano, crítico dos gastos americanos no conflito, ameaça rever o apoio dos EUA ao país invadido. Líderes europeus se reuniram para discutir estratégias para conter o avanço da Rússia, em um evento organizado pela Comunidade Política Europeia, criada após a invasão russa em 2022.
O presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, afirmou que qualquer concessão ao Kremlin seria “inaceitável para toda a Europa”. Enquanto isso, o líder russo Vladimir Putin comentou os esforços dos EUA para derrotar Moscou no campo de batalha durante o governo de Joe Biden, indicando uma possível mudança na ordem mundial. Putin criticou o “aventureirismo exorbitante” de políticos ocidentais, aumentando alertas para as autoridades ucranianas.
Zelenski enfatizou a importância de os EUA e seus aliados europeus manterem a força e valorizarem suas relações, mesmo diante da incerteza causada pela vitória de Trump e seu possível apoio à Ucrânia. Mais de 40 países europeus se reuniram na Hungria para pedir ações mais firmes em defesa da Ucrânia.
O retorno de Trump à Casa Branca levanta temores de uma possível retirada do apoio dos EUA à Ucrânia. Zelenski ressaltou a importância crucial de manter essa ajuda, especialmente diante do avanço das forças russas e da presença de soldados norte-coreanos no conflito.
Autoridades russas, como o chefe do Conselho de Segurança, Serguei Choigu, e o chefe da diplomacia, Serguei Lavrov, instaram as potências ocidentais a negociar favoravelmente com Moscou. A Rússia exige que a Ucrânia ceda territórios, renuncie à aliança com potências ocidentais e à ambição de aderir à Otan, condições consideradas inaceitáveis por Kiev.