No terceiro trimestre, o Bradesco divulgou um lucro líquido recorrente de R$ 5,225 bilhões, registrando um aumento de 13,1% em relação ao ano anterior e de 10,8% em comparação com o trimestre anterior. Apesar da performance positiva, as ações do banco encerraram o período com queda de 3,41% (ON) e 4,39% (PN), devido à reação desfavorável do mercado.
A carteira de crédito do Bradesco alcançou R$ 943,8 bilhões no final de setembro, com um crescimento de 7,6% em relação ao ano anterior, impulsionado especialmente pelas operações para empresas, com destaque para as pequenas e médias empresas. As margens do banco sofreram uma redução de 1,3% devido à postura mais conservadora na concessão de crédito, priorizando clientes com menor risco.
Por outro lado, as despesas com provisões para inadimplência diminuíram 22,4% em um ano, totalizando R$ 7,1 bilhões. A inadimplência também apresentou queda, ficando em 4,2%, com maior impacto no segmento de varejo. O presidente do Bradesco, Marcelo Noronha, enfatizou a importância de manter margens consistentes e destacou a preocupação com a rentabilidade do banco.
Apesar dos avanços no balanço, o cenário econômico desafiador gerou preocupações no mercado, que considera o Bradesco mais vulnerável às oscilações da economia nacional. Noronha demonstrou confiança na resiliência da carteira de crédito do banco, mesmo diante da possibilidade de aumento do desemprego em 2025.
Com o intuito de ampliar o retorno, o Bradesco anunciou o lançamento do segmento de serviços para alta renda, denominado Bradesco Principal, direcionado a clientes com renda a partir de R$ 25 mil mensais ou investimentos entre R$ 300 mil e R$ 10 milhões. Essa iniciativa visa fortalecer a fidelidade dos clientes e aprofundar o relacionamento com o banco.
