O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que não terá objeções se Gabriel Galípolo, indicado por ele para presidir o Banco Central, considerar a possibilidade de aumentar a taxa básica de juros. Lula ressaltou a importância de ter à frente do BC alguém comprometido com o país e suas decisões, independentemente de ser um representante do sistema financeiro.
A indicação de Galípolo ainda aguarda aprovação no Senado Federal. Lula elogiou a competência do economista e enfatizou a necessidade de atuar com autonomia, destacando que o papel do Banco Central vai além da definição de taxas de juros, englobando também metas de crescimento econômico.
O ex-presidente criticou a atuação de Roberto Campos Neto, atual presidente do BC, considerando-o mais político do que economista. Ele também expressou discordância em relação à lei que prevê autonomia com um mandato de quatro anos para o presidente do Banco Central, mas ressaltou que, uma vez aprovada, deve ser respeitada.
Lula questionou a visão de que o presidente do BC deva ser intocável e salientou que críticas são parte natural do debate. Ele também mencionou a aprovação da proposta de autonomia do BC pelo Senado e Câmara, destacando o relator do projeto na Câmara, Silvio Costa Filho.
O ex-presidente participou de eventos na Paraíba, como a inauguração de trechos do Canal Acauã-Araçagi e anúncios de investimentos do governo federal no estado.
