A Polícia Federal divulgou o relatório final sobre uma trama golpista que visava impedir a posse do presidente Lula (PT). O documento, conhecido como Operação 142, foi encontrado na sede do PL em posse do coronel Flávio Botelho Peregrino, assessor do general Walter Braga Netto, ex-candidato a vice-presidente pelo partido.
O plano descrito no documento envolvia a anulação das eleições e o uso das tropas militares, com o objetivo final de evitar que “Lula subisse a rampa”. O documento fazia referência ao artigo 142 da Constituição, usado como justificativa pelos golpistas para uma intervenção militar no país.
De acordo com o relatório da PF, o plano consistia em seis ações para implementar a ruptura institucional após a derrota eleitoral de Bolsonaro. Entre as ações estavam a identificação de supostas arbitrariedades do Poder Judiciário e a decretação da intervenção militar no “dia D”.
Documentos apreendidos na sede do PL indicaram que Braga Netto tentou acessar detalhes da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. O relatório da PF destacou a gravidade do contexto dos documentos, revelando a clara intenção golpista de Braga Netto e seus aliados.
Mensagens reveladas no relatório também indicaram diálogos sobre uma possível ruptura institucional envolvendo a Marinha e ações planejadas após a posse de Lula. O relatório da Polícia Federal concluiu que houve tentativas de golpe de Estado e envolvimento de altos militares e políticos.