Emmanuel Macron, presidente da França, decide não nomear a candidata do bloco de esquerda para o cargo de primeira-ministra, o que prolonga o impasse político no país após as eleições parlamentares. Com a derrota da coalizão de Macron, Gabriel Attal permanece como primeiro-ministro interino. A frente de centro-direita de Macron ficou em segundo lugar nas eleições, atrás da esquerdista NFP. De acordo com a constituição francesa, o presidente tem o poder de escolher o líder do Legislativo, contanto que tenha o apoio da maioria do Parlamento.
A NFP defende que sua candidata, Lucie Castets, seja nomeada primeira-ministra, mas a coalizão precisa conquistar mais cadeiras para alcançar a maioria na Assembleia Nacional. Macron enfrenta resistência de diversas forças políticas, incluindo a ultradireitista RN, que ameaça convocar um voto de desconfiança caso um candidato da NFP seja escolhido como chefe do Legislativo.
Macron continua em consultas com líderes políticos em busca de estabilidade institucional, considerando nomes como Xavier Bertrand e Bernard Cazeneuve para o cargo de primeiro-ministro. Outra opção mencionada pela imprensa é Karim Bouamrane. A coalizão de esquerda afirmou que não se reunirá novamente com Macron se sua candidata não for indicada. A expectativa é de novos desdobramentos nos próximos dias.
