O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes decidiu manter em sigilo o acordo de delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, devido às diligências em andamento. Os depoimentos devem permanecer em segredo de Justiça, conforme determinação do ministro.
Na semana passada, Moraes havia confirmado a validade do acordo de delação premiada de Mauro Cid, que foi convocado para prestar depoimento após inicialmente negar conhecimento de um suposto plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o próprio Alexandre de Moraes.
De acordo com as investigações da Operação Contragolpe, uma das reuniões relacionadas ao suposto plano ocorreu na residência do general Braga Netto, em Brasília, com a presença de Mauro Cid. Durante o depoimento, o ex-ajudante de ordens forneceu esclarecimentos e os benefícios da delação, como o direito de responder em liberdade, foram mantidos.
No ano passado, Mauro Cid assinou um acordo de delação premiada com a Polícia Federal, se comprometendo a revelar informações obtidas durante o governo de Bolsonaro, incluindo detalhes sobre as vendas de joias sauditas e a fraude nos cartões de vacina do ex-presidente.