O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), indeferiu um pedido de prorrogação de prazo feito pelo general Walter Braga Netto para se defender contra acusações de envolvimento em um suposto golpe de Estado. Apesar do novo pedido de prazo, Moraes optou por manter a data original, dando ao general até sexta-feira para apresentar sua defesa.
Após a decisão de Moraes, o caso será encaminhado à Procuradoria-Geral da República (PGR) para manifestação, e a defesa terá outra oportunidade de apresentar argumentos. Posteriormente, o recurso poderá ser julgado pela Primeira Turma do STF.
A defesa de Braga Netto alega que o prazo estabelecido não é suficiente para analisar todas as evidências do caso, que envolvem um grande volume de dados. Além disso, argumentam que o general deveria ter o direito de se defender após o delator, como previsto na Lei de Colaboração Premiada.
O general foi denunciado juntamente com o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 32 pessoas por suposta conspiração para um golpe de Estado. Braga Netto está sob prisão preventiva desde dezembro do ano passado, acusado de tentar obstruir as investigações sobre o suposto plano golpista.
A defesa contesta a falta de acesso a todas as provas do caso, enquanto Moraes defende que a defesa tem amplo acesso às evidências apresentadas. A situação continua em desenvolvimento, aguardando novos desdobramentos no Supremo Tribunal Federal.
