O número de mortes causadas pela Polícia Militar (PM) no estado de São Paulo teve uma queda significativa no primeiro trimestre deste ano. De janeiro a março de 2025, foram registrados 158 óbitos, o que representa uma redução de 24,7% em relação ao mesmo período de 2024, quando o total foi de 210 mortos. Esse resultado reflete a implementação de ações e treinamentos focados em reduzir a letalidade nas operações policiais.
A diminuição no número de vítimas não se restringe às mortes de civis, mas também inclui a queda no número de policiais mortos em confrontos. Enquanto no primeiro trimestre de 2024, oito PMs perderam a vida, esse número caiu pela metade em 2025, com quatro mortes registradas. Essa redução, tanto entre os civis quanto entre os policiais, é um reflexo das mudanças contínuas nas estratégias de segurança pública.
Operações na Baixada Santista, que historicamente são conhecidas pelos confrontos violentos, também apresentaram números mais baixos. Em 2024, a região foi palco de operações com alto número de mortes, onde 56 pessoas morreram em intervenções policiais. O cenário em 2025 foi bem distinto. Na Operação Verão da Baixada Santista deste ano, por exemplo, não houve registros de excessos policiais, e as informações divulgadas continham apenas dados sobre as prisões realizadas.
O movimento de redução da letalidade policial não é algo novo. Em 2022, durante a gestão do ex-governador Rodrigo Garcia (DEM), o estado de São Paulo teve o menor número de mortes de civis em ações policiais da história, com uma diminuição de 80,1% nas mortes de adolescentes em confrontos. Esse marco histórico foi alcançado, em parte, pela ampliação do programa Olho Vivo, que colocou câmeras nos uniformes dos policiais, aumentando a transparência e ajudando a evitar abusos.
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP) tem reforçado que, além dos esforços para diminuir a letalidade policial, o órgão também está comprometido em garantir a integridade das operações e ações dos policiais. A pasta ainda acrescentou que todos os casos de mortes decorrentes de intervenções policiais (MDIP) são investigados de forma rigorosa, com acompanhamento das corregedorias, do Ministério Público e do Judiciário.
Além disso, a SSP tem investido continuamente na valorização das forças policiais, com a ampliação do efetivo, a aquisição de novos equipamentos e o reforço na infraestrutura. A gestão estadual destinou R$ 743,2 milhões para essas iniciativas, que visam não apenas melhorar a segurança pública, mas também aumentar a eficiência e a capacidade operacional das corporações.
Os resultados das ações de segurança pública em São Paulo revelam uma mudança para um policiamento mais estratégico e eficiente, que, além de diminuir a letalidade, visa proteger tanto os cidadãos quanto os policiais, promovendo um ambiente mais seguro para todos.