Segunda-feira, Novembro 25, 2024
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Mulher francesa revela trauma: “Sou totalmente destroçada”, após ser dopada e estuprada pelo marido

Mulher francesa abusada por marido e outros homens relata dificuldade em se recuperar

Gisèle Pelicot, uma mulher francesa que foi vítima de abusos por quase uma década, prestou um novo testemunho em um tribunal de Avignon nesta quarta-feira (23). Ela relatou a difícil jornada para se reerguer após ter sido drogada e estuprada pelo marido, Dominique Pelicot, e por dezenas de outros homens. O julgamento, que começou em setembro, continuará até 20 de dezembro.

O caso ganhou grande repercussão na França e levantou debates sobre questões como pornografia online e legislação relacionada ao consentimento. Dominique, de 71 anos, drogava Gisèle, de 71 anos, para realizar atos sexuais sem seu consentimento e envolveu mais de 70 homens nos abusos. A divulgação dos detalhes chocantes provocou reflexões sobre cultura do estupro, gênero e poder na sociedade.

O julgamento público, solicitado por Gisèle, tem sido crucial para expor a revolta da sociedade e provocar debates sobre violência de gênero. Há discussões sobre a legislação francesa, que não considera o consentimento como critério para definir estupro, diferentemente da lei espanhola mais recente. Especialistas e ativistas defendem a inclusão do consentimento na legislação como forma de proteger as vítimas e responsabilizar os agressores.

Além disso, o caso levanta questionamentos sobre o papel dos profissionais de saúde, que não investigaram os sinais de submissão química apresentados por Gisèle ao longo dos anos. A divulgação de vídeos e imagens dos abusos e seu compartilhamento online destacam a importância de combater a erotização de mulheres inconscientes.

O caso Mazan tem gerado uma crescente conscientização sobre a violência de gênero na sociedade francesa e aponta para a necessidade de mudanças na legislação e políticas públicas. Espera-se que essa tragédia possa ser um ponto de virada para a proteção das vítimas de violência sexual e o combate à cultura do estupro.

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