Na primeira semana epidemiológica de 2025, o estado de São Paulo registrou um aumento preocupante de casos de dengue. Foram 13.555 casos prováveis, com 3.559 confirmações, representando um aumento de 85% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando foram notificados 7.320 casos.
Como consequência desse cenário, 14 municípios paulistas, incluindo Estrela D’Oeste, Espírito Santo do Pinhal, Glicério, Igaratá, Jacareí, Paraibuna, Populina, Potirendaba, Ribeira, Rubinéia, São José do Rio Preto, São José dos Campos, Tambaú e Tanabi, decretaram situação de emergência. Essa medida permite a implementação imediata de ações preventivas e de combate à epidemia, seguindo as diretrizes do Ministério da Saúde.
O aumento de casos de dengue é comum durante o verão, devido às condições climáticas favoráveis à reprodução do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença. A combinação de chuvas frequentes e altas temperaturas cria um ambiente propício para a proliferação do vetor, especialmente em áreas urbanas com urbanização desordenada.
A região do Departamento Regional de Saúde de Araçatuba apresenta um dos cenários mais críticos, com 909 casos confirmados em uma população de aproximadamente 721 mil habitantes. O coeficiente de incidência na região é de 126,01 casos a cada 100 mil pessoas, e apenas nos primeiros dias de 2025 foram registrados 314 casos e duas mortes relacionadas à dengue.
Em São José do Rio Preto, com uma população de 1,6 milhão de habitantes, foram confirmados 708 casos até o momento, levando a cidade a decretar estado de emergência. Para lidar com a situação, foram criados 55 novos leitos hospitalares para o tratamento dos pacientes com dengue, e uma campanha de conscientização foi lançada para intensificar o monitoramento e controle dos focos do mosquito.
O Ministério da Saúde estabeleceu o Centro de Operações de Emergência em Saúde para dengue e outras arboviroses em São Paulo, com o objetivo de reforçar as estratégias de vigilância epidemiológica e controle vetorial. Apesar da aquisição de 9,5 milhões de doses da vacina contra a dengue, a escassez na produção ainda impede a disponibilização em larga escala.
Em 2024, o Brasil registrou cerca de 6,6 milhões de casos prováveis de dengue e aproximadamente 6 mil óbitos. Até 9 de janeiro de 2025, foram notificados 16.300 casos prováveis e 16 mortes em investigação, sendo a maioria dos casos concentrados em São Paulo e Minas Gerais. A região Sudeste responde por 61,8% das notificações até o momento.
A dengue é uma doença grave transmitida pelo Aedes aegypti, podendo se manifestar com febre alta e diferentes sintomas, exigindo atenção médica imediata para prevenir complicações.
