Agência da ONU para migrantes retoma parcialmente suas atividades no Brasil
Após os cortes do governo de Donald Trump que suspenderam as atividades da OIM, a agência da ONU para migrantes, a organização conseguiu retomar parcialmente suas operações no Brasil nesta semana. Tanto o governo federal quanto grupos humanitários manifestaram alívio com a notícia.
A retomada das atividades foi viabilizada por meio de um realocamento de recursos dentro da própria ONU, com transferência de fundos do Unicef, a agência das Nações Unidas para a infância, e doações provenientes da iniciativa privada.
A OIM reiniciou suas ações na Operação Acolhida em Roraima, local que recebe imigrantes venezuelanos diariamente. A agência está atuando novamente nos abrigos, na documentação e regularização migratória, bem como no apoio ao processo de interiorização dos imigrantes.
A organização reafirmou seu compromisso em proteger as pessoas em movimento e em fomentar uma migração humanitária, organizada e digna, visando beneficiar tanto os migrantes quanto a comunidade receptora.
O governo brasileiro estava apreensivo com o processo de documentação dos imigrantes em Pacaraima, na fronteira com a Venezuela, sendo a presença da OIM crucial nessa atividade. Com a retomada das atividades, não será mais necessário realocar recursos para cobrir o vazio deixado pela organização.
Apesar de muitos projetos de assistência humanitária no Brasil continuarem afetados pela moratória imposta por Washington, a aprovação de uma medida por Marco Rubio possibilitou que a OIM retomasse seus projetos de apoio para imigrantes que optam por retornar voluntariamente para seus países de origem ou se estabelecerem em outras nações.
Além disso, a OIM também reiniciou suas ações de assistência em países como México, Guatemala, Honduras e Panamá, importantes locais de origem de migrantes em direção aos Estados Unidos. No Panamá, por exemplo, existe uma política de deportação de indivíduos em situação irregular.
A retomada parcial das atividades da OIM no Brasil é considerada um passo significativo para continuar auxiliando os imigrantes venezuelanos que chegam diariamente ao país em busca de condições de vida melhores.
