A Indústria Brasileira de Cigarros foi alvo da Operação Narmer, conduzida pelo Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos de São Paulo, que visa combater crimes tributários. A investigação apontou indícios de sonegação fiscal superiores a R$ 152 milhões, envolvendo a fabricante dos cigarros da marca Egipt, conhecida por produzir itens de “segunda linha”. A empresa estaria ligada a esquemas ilícitos com outras organizações, incluindo uma gráfica responsável pela produção de embalagens e selos fiscais, além de suspeitas de vínculos com milícias do Rio de Janeiro.
A operação resultou no cumprimento de 22 mandados de busca e apreensão em diversas cidades, como São Paulo, Araras, Ribeirão Preto, Barretos, Vargem Grande, Recife e Bonito, com a determinação de bloqueio de bens dos envolvidos, como imóveis, veículos de luxo, embarcações, aeronaves e direitos creditórios. Durante as buscas, foram apreendidas cargas de cigarros, relógios Rolex e obras de arte. O desfecho final da operação ainda não foi divulgado.
