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Organização japonesa recebe Nobel da Paz por combate às armas nucleares

No dia 11 de outubro de 2024, a organização japonesa Nihon Hidankyo, que luta pelo fim das armas nucleares no mundo, foi agraciada com o Prêmio Nobel da Paz. O presidente do comitê, Jørgen Watne Frydnes, enfatizou que a entidade, composta por sobreviventes das bombas atômicas de Hiroshima e Nagasaki, conhecidos como Hibakusha, é um movimento popular dedicado a alcançar um mundo livre de armas nucleares.

A Nihon Hidankyo foi premiada por seus esforços em sensibilizar para a importância de um mundo sem armas nucleares e por compartilhar testemunhos impactantes que reforçam a necessidade de nunca mais utilizar essas armas. Em um contexto de conflitos armados globais, o comitê do Nobel destacou a relevância da premiação, fortalecendo o tabu contra o uso de armas nucleares.

Entre os favoritos antes do anúncio estavam António Guterres, secretário-geral da ONU, a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) e o Tribunal Internacional de Justiça (ICJ). Este ano, 286 pessoas foram indicadas, incluindo o Papa Francisco, cuja lista completa permanece em sigilo por 50 anos.

O Comitê Norueguês do Nobel, responsável pela escolha, justificou a premiação da Nihon Hidankyo como uma forma de homenagear os sobreviventes das bombas atômicas de Hiroshima e Nagasaki, que têm usado sua experiência para promover a paz. O comunicado ressaltou os 80 anos desde os ataques nucleares no Japão, que resultaram na morte de aproximadamente 120 mil pessoas.

Os esforços para abolir as armas nucleares já foram reconhecidos anteriormente com o Prêmio Nobel da Paz, como em 2017 com a Campanha Internacional para Abolir as Armas Nucleares e em 1995 com Joseph Rotblat e as Conferências Pugwash sobre Ciência e Assuntos Mundiais. O prêmio deste ano foi concedido em um contexto de conflitos devastadores em diversas partes do mundo, incluindo no Oriente Médio, na Ucrânia e no Sudão.

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