Um estudo realizado em parceria pelo Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional da capital, o Observatório de Segurança Alimentar e Nutricional da Cidade de São Paulo (OBSANPA), a Unifesp e a UFABC revelou que aproximadamente 50,5% da população de São Paulo, equivalente a 5,8 milhões de pessoas, enfrentam insegurança alimentar.
A pesquisa apontou que 72% das pessoas em situação de insegurança alimentar grave residem nas periferias da cidade, principalmente na Zona Leste, em bairros como Ermelino Matarazzo, Cangaíba, Ponte Rasa, Vila Jacuí e São Miguel, entre outros.
Apesar disso, a Prefeitura de São Paulo contestou os dados apresentados, fazendo referência à Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2023, que indicou 1,37 milhão de pessoas em todo o estado de São Paulo vivendo em condições de insegurança alimentar grave.
Em resposta, a Prefeitura destacou as medidas em curso para assegurar a segurança alimentar na cidade, como a distribuição de refeições, cestas básicas e a prevenção do desperdício de alimentos. Programas como a Rede Cozinha Escola, o Banco de Alimentos e o Armazém Solidário têm desempenhado um papel fundamental no atendimento à população em situação de vulnerabilidade.
Além disso, a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) e a Secretaria de Educação estão envolvidas em iniciativas para fornecer refeições a pessoas em situação de rua, crianças e adolescentes atendidos nos Centros de Convivência, bem como aos estudantes da rede municipal de ensino.
Essas ações visam garantir a segurança alimentar e combater a fome na cidade de São Paulo, representando um esforço conjunto para atender às necessidades da população mais vulnerável.