A Procuradoria-Geral da República (PGR) aguarda o relatório detalhado da quebra dos sigilos bancário e fiscal do deputado federal André Janones (Avante-MG) e de seus assessores para decidir se o denunciará por suposta prática de rachadinha, conforme informado ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta-feira, 19. O vice-procurador-geral da República Hindenburgo Chateaubriand Filho enviou um ofício solicitando o encaminhamento do apenso para que o Ministério Público Federal possa formar sua opinião sobre o caso.
A Polícia Federal (PF) apresentou o relatório final do inquérito na semana passada, indiciando o deputado pelos crimes de corrupção, associação criminosa e peculato, juntamente com um assessor e um ex-assessor, por corrupção passiva e associação criminosa. A investigação aponta que o suposto esquema de rachadinha teria começado em 2019, no início do mandato de Janones na Câmara dos Deputados, com base em análises de quebras de sigilo fiscal.
André Janones declarou que a PF não encontrou bens de origem duvidosa ou dinheiro ilegal em suas contas e se diz confiante de que será absolvido. O deputado foi implicado em suspeitas de corrupção após a divulgação de áudios nos quais solicitava doações de assessores para cobrir gastos de campanha, áudios confirmados como autênticos por peritos da PF.
Os assessores negaram a devolução dos salários em seus depoimentos à PF, alegando que as gravações estavam fora de contexto. Entretanto, a polícia identificou inconsistências e contradições nos relatos prestados pelos assessores durante as investigações.