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PM que arremessou homem de ponte vai responder por tentativa de homicídio

A Justiça de São Paulo acolheu a denúncia apresentada pelo Ministério Público e tornou réu o policial militar Luan Felipe Alves Pereira por tentativa de homicídio, após ele ter sido filmado arremessando um homem de uma ponte na Zona Sul da capital, no ano anterior. O acusado agora enfrenta as consequências legais por sua ação, que foi amplamente registrada em vídeo durante a abordagem policial.

O incidente, ocorrido na Vila Clara, foi registrado por uma testemunha e mostra o soldado lançando um jovem de 25 anos sobre o parapeito da ponte. Em resposta a solicitações de comentários, a defesa do policial preferiu não se manifestar.

No dia 10 deste mês, a 13ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo concedeu habeas corpus ao PM, permitindo que ele responda ao processo em liberdade. Entre as medidas cautelares impostas estão a proibição de exercer função pública e a obrigação de manter uma distância mínima de 300 metros da vítima. A decisão foi fundamentada no entendimento de que a prisão preventiva configurava uma antecipação de pena.

As investigações foram conduzidas tanto pela Corregedoria da Polícia Militar quanto pela Polícia Civil. O Inquérito Policial-Militar (IPM), concluído em dezembro, apontou que o soldado cometeu tentativa de homicídio ao jogar o homem da ponte. A Polícia Civil chegou à mesma conclusão em seu inquérito, finalizado no dia 14 deste mês.

Na denúncia, o promotor Vinicius França destacou que a vítima, identificada como Marcelo Amaral, foi arremessada de uma altura aproximada de quatro metros. Ele ressaltou ainda que o crime foi cometido com uso de recurso que dificultou a defesa da vítima, que sobreviveu à queda por ter atingido o solo de joelhos, evitando lesões fatais.

Segundo depoimento prestado à polícia, Marcelo relatou que estava pilotando sua motocicleta pela Avenida Cupecê quando foi abordado pelos policiais. Ele afirmou que não trafegava em alta velocidade e que os agentes correram em sua direção sem qualquer solicitação prévia para apresentação de documentos. Após descer da moto e tentar fugir, foi agredido com golpes de cassetete antes de ser levado até a ponte, onde foi arremessado.

Após a queda no córrego, Marcelo foi socorrido por um motorista desconhecido, que o levou até uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) próxima. Ele declarou não entender o motivo da agressão e afirmou nunca ter tido problemas anteriores com a polícia.

Além disso, Luan Felipe Alves Pereira já havia sido indiciado anteriormente por homicídio, após atirar contra um homem em Diadema, na Grande São Paulo. No entanto, esse caso foi arquivado em janeiro pelo Ministério Público, que considerou ter havido legítima defesa. À época, o soldado atuava nas Rondas Ostensivas com Apoio de Moto (Rocam), vinculadas ao 24º Batalhão da Polícia Militar em Diadema.

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