A reconstituição do assassinato de Vitória Regina de Souza, de apenas 17 anos, ocorrerá nesta quinta-feira (24), em Cajamar, região metropolitana de São Paulo. A nova data foi estabelecida pela Polícia Civil após um adiamento anterior, que estava agendado para o dia 10 de abril, por motivos técnicos.
O único suspeito indiciado até o momento, Maicol Antônio Santos, de 23 anos, não participará da reconstituição. A decisão judicial proíbe sua presença durante a diligência.
Detalhes sobre a morte de Vitória
Vitória Regina foi encontrada morta no dia 5 de março em uma área rural de Cajamar. A jovem estava desaparecida desde o dia 26 de fevereiro, quando saiu do trabalho. Em comunicado oficial, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que o corpo estava em estado avançado de decomposição. A identificação foi feita pela família através das tatuagens e um piercing que a adolescente possuía.
Câmeras de segurança registraram os últimos momentos de Vitória. Ela foi vista chegando a um ponto de ônibus no dia do desaparecimento e posteriormente entrou no transporte público. Antes disso, enviou áudios para uma amiga relatando a presença de homens suspeitos nas proximidades. Em suas mensagens, Vitória mencionou que esses homens lhe causavam medo. Após embarcar no ônibus, ela informou à amiga que um dos homens havia se sentado atrás dela. O último contato com a amiga foi uma mensagem afirmando que os homens não haviam descido junto com ela: “Tá de boaça”. Essa foi a última comunicação registrada antes do seu desaparecimento.
A confirmação sobre a reconstituição foi dada pela SSP. Os laudos periciais necessários para a investigação foram concluídos no dia 17 de abril e já foram encaminhados às autoridades responsáveis pelo caso.
Investigação e prisão do suspeito
Maicol Antônio Santos encontra-se detido desde o dia 8 de março sob acusação de homicídio qualificado, sequestro e ocultação de cadáver. Ele confessou ser o autor do crime e as investigações estão em andamento na Delegacia de Cajamar para finalizar o inquérito policial.
Laudos periciais revelaram a presença do sangue da vítima na residência do suspeito, além da identificação de DNA da jovem em seu veículo. Embora os laudos indiquem que ambos estiveram juntos, não foi possível determinar o local exato onde Vitória perdeu a vida. Avaliações preliminares sugerem que o assassinato não ocorreu dentro do carro do suspeito, como ele mesmo havia afirmado em sua confissão.
Por outro lado, o laudo foi considerado inconclusivo em relação à possibilidade de crime sexual devido ao estado avançado de decomposição do corpo da vítima. Segundo as análises realizadas, Vitória sofreu ferimentos fatais e faleceu em decorrência de hemorragia interna e externa.