Quatro policiais militares são afastados após o assassinato do empresário Antônio Vinicius Lopes Gritzbach em Guarulhos
Quatro policiais militares que estavam realizando a escolta privada do empresário Antônio Vinicius Lopes Gritzbach foram afastados de suas funções após o assassinato do empresário no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, na última sexta-feira.
Gritzbach, que era conhecido por colaborar com investigações sobre o crime organizado e atuava como delator do Primeiro Comando da Capital (PCC), era réu por lavagem de dinheiro da facção criminosa paulista.
Os policiais Leandro Ortiz, Adolfo Oliveira Chagas, Jefferson Silva Marques de Sousa e Romarks César Ferreira de Lima prestaram depoimentos ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e à Corregedoria da PM. Seus celulares foram apreendidos para averiguação.
Uma das possibilidades investigadas é a de que os seguranças de Gritzbach possam ter colaborado com o crime, possivelmente informando aos assassinos o momento exato em que ele deixaria o aeroporto. A investigação inclui a análise dos contatos realizados pelos policiais momentos antes do ataque.
Durante os depoimentos, os policiais alegaram que o veículo que buscaria o empresário quebrou no trajeto, fazendo com que apenas um dos agentes fosse ao aeroporto em outro carro, enquanto os outros permaneceram junto ao veículo avariado. Essa versão suscitou suspeitas, de acordo com fontes da investigação.
A namorada de Gritzbach, que testemunhou o atentado, também foi ouvida, e os veículos utilizados na escolta e supostamente pelos atiradores foram apreendidos e periciados.
Além do empresário, outras três pessoas ficaram feridas durante o ataque. Gritzbach, que era corretor de imóveis, era acusado de envolvimento na lavagem de R$ 30 milhões provenientes do tráfico de drogas do PCC. Ele havia revelado esquemas internos da facção nos últimos meses.
A defesa de Gritzbach aguarda a conclusão das investigações, e os suspeitos continuam foragidos.