A Prefeitura de São Paulo, sob a administração do prefeito Ricardo Nunes, anunciou o início de uma investigação para esclarecer as circunstâncias que levaram ao falecimento de pacientes no Hospital Bela Vista, que será fechado de forma permanente. Como consequência, 520 funcionários serão dispensados. O hospital, que atendia indivíduos em situação de vulnerabilidade social, foi temporariamente fechado pela Vigilância Sanitária em 31 de outubro devido a problemas estruturais. Um relatório do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) apontou que aproximadamente 30 pacientes faleceram na unidade entre agosto e setembro.
Durante o período de interdição, o Hospital Bela Vista abrigava 100 pacientes, porém atualmente apenas 16 permanecem no local. Ainda não foram divulgadas informações sobre o destino desses pacientes após o encerramento definitivo do hospital. Inaugurado em abril de 2020 para tratar casos de COVID-19 durante a pandemia, a gestão do hospital é realizada pela Prefeitura em parceria com a Organização Social de Saúde Afne. O prefeito Nunes justificou que as demissões são necessárias devido à inviabilidade financeira de manter os custos operacionais.
Este é o segundo episódio de interdição de hospitais municipais pela Vigilância Sanitária em um ano. Anteriormente, em novembro de 2023, o Hospital Municipal Brigadeiro também foi fechado devido a irregularidades em seu funcionamento.