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Primeira audiência de processo envolvendo motorista de Porsche é marcada

O Tribunal de Justiça de São Paulo marcou a primeira audiência do caso envolvendo o motorista do Porsche que é acusado de ser o responsável pelo acidente que causou a morte do motorista de aplicativo, Ornaldo Viana, em março.

A audiência de instrução do processo de Fernando Sastre está prevista para começar nesta sexta-feira (28), segundo a Justiça. Nesta ocasião, as partes devem ser ouvidas para a produção de provas e julgamento.

O empresário, de 24 anos, passou a ser réu por homicídio qualificado e lesão corporal gravíssima após a Justiça aceitar a denúncia do Ministério Público. Sastre dirigia o veículo de luxo quando bateu em um Renault Sandero e matou um motorista de aplicativo, na Zona Leste de São Paulo.

Imagens incluídas no processo mostram o condutor saindo de uma casa de poker, minutos antes de causar o acidente fatal. Em registro, ele fala com a voz embargada e aparentemente fora do pleno estado de consciência.

Uma mulher que estava com Sastre horas antes do acidente relatou à polícia que naquela noite havia bebido “alguns drinks” com o empresário. Em depoimento, Fernando negou que tivesse feito uso de entorpecentes e ingerido bebidas alcoólicas.

O réu cumpre medida cautelar na Penitenciária de Tremembé desde o início do mês de maio, quando foi transferido após a 5ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) acatar pedido da defesa do empresário.

Relembre o caso 

O empresário, Fernando Sastre Filho, de 24 anos, dirigia um Porsche, por volta das 2h30 do dia 31 de março, quando atingiu a traseira de um Renault Sandero do motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, de 52 anos.

O veículo de luxo era conduzido a 156km/h. O acidente aconteceu na Avenida Salim Farah Maluf, na zona leste, cuja velocidade máxima permitida na via é de 50 km/h.

Viana chegou a ser socorrido e levado pelo Corpo de Bombeiros ao hospital municipal do Tatuapé, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

O dono do Porsche deixou o local do acidente na companhia da mãe, que disse aos policiais que levaria o filho a um hospital por causa de um suposto ferimento que ele havia tido na região da boca. Ele não foi encontrado pelos policiais no local indicado.

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