A Ucrânia foi alvo de um intenso ataque aéreo por parte da Rússia nesta sexta-feira 13, com a nação russa lançando 287 mísseis e drones contra o sistema energético ucraniano. O Ministério da Defesa russo justificou o ataque como uma retaliação a um incidente anterior em uma base aérea na região de Rostov. O ataque foi descrito como um dos mais complexos no conflito até então, envolvendo múltiplos tipos de armas e sobrecarregando os sistemas antiaéreos ucranianos.
Apesar do ataque aparentemente preciso, não houve relatos de vítimas até o momento. No entanto, a Ucrânia teve que implementar um racionamento de energia, com cortes de eletricidade programados. Como resultado dos danos causados, cinco dos nove reatores nucleares ucranianos precisaram reduzir sua capacidade de geração.
A estratégia russa parece focar em minar a moral do povo ucraniano, especialmente diante da iminência do inverno e das baixas temperaturas. O fornecimento de energia é crucial para o aquecimento e iluminação do país. Há especulações sobre o potencial uso do míssil balístico de alcance intermediário russo Orechnik em futuros ataques.
Enquanto isso, o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou os ataques ordenados por seu antecessor Joe Biden contra alvos na Rússia, o que foi recebido com aprovação pelo Kremlin. A declaração de Trump foi interpretada como um respaldo à posição russa e uma reprovação à escalada do conflito.
Diante da crescente crise, o presidente ucraniano Volodimir Zelenski está vendo suas opções se reduzirem, inclusive considerando a possibilidade de negociações sem a retirada total das forças russas. Enquanto a comunidade internacional discute possíveis medidas a serem tomadas, a Ucrânia enfrenta um dos momentos mais desafiadores desde o início do conflito.