O estado de São Paulo está passando por um aumento alarmante nos casos de dengue, contabilizando quase 300 mil infecções confirmadas desde o início do ano. Segundo dados do Núcleo de Informações Estratégicas em Saúde, esse surto já resultou na morte de 273 pessoas, além de 465 óbitos que estão sendo investigados.
Ainda que o cenário seja preocupante, a última semana trouxe um dado encorajador: foram registrados apenas 3.224 novos casos, representando a menor quantidade de infecções confirmadas em uma única semana desde o começo do ano, e nenhum novo óbito.
No que diz respeito à mortalidade, a região de São José do Rio Preto destaca-se com 86 mortes, seguida por Ribeirão Preto e Campinas, ambas com 34 óbitos. Em termos de incidência da doença, São José do Rio Preto lidera novamente, com Araçatuba e Araraquara na sequência. O aumento significativo no número de casos e mortes tem gerado grande preocupação entre as autoridades de saúde, que estão intensificando as ações para controlar a situação.
Como parte das medidas adotadas, o governo paulista lançou uma campanha de conscientização em cinco comunidades vulneráveis: Heliópolis, São João, Cantinho do Céu, Paraisópolis e Jardim Planalto. A iniciativa inclui uma cabine interativa que estará disponível até o dia 31 de março, permitindo que os moradores esclareçam dúvidas sobre a dengue.
Os sintomas da dengue podem se manifestar como febre alta, dor atrás dos olhos, dores no corpo e nas articulações, além de manchas vermelhas na pele acompanhadas de coceira. Embora a vacina contra a dengue esteja disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) para jovens na faixa etária de 10 a 14 anos, ela ainda não é acessível a toda a população. Por isso, as medidas preventivas permanecem essenciais; a principal orientação é evitar o acúmulo de água parada, que facilita a proliferação do mosquito transmissor da doença.
