No último sábado, o diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, alertou que o centro de saúde Sheikh Radwan foi alvo de um ataque, durante o reinício da campanha de vacinação contra a poliomielite na região norte de Gaza, em uma pausa humanitária. Anteriormente suspensa por questões de segurança, a terceira fase da vacinação foi retomada no sábado.
Adhanom expressou sua preocupação com a situação, ressaltando que tais ataques colocam em risco a saúde das crianças e podem desencorajar os pais de levarem seus filhos para receberem a vacina. Ele destacou a importância de respeitar pausas humanitárias em áreas de conflito.
Em resposta, as Forças de Defesa de Israel (IDF) negaram ter realizado qualquer operação contra os centros de saúde na região e refutaram as declarações feitas pelo diretor da OMS. De acordo com o exército israelense, uma investigação preliminar não encontrou evidências de ataques do IDF na área.
As IDF afirmaram que a vacinação foi realizada em coordenação com eles, assegurando a segurança dos civis que buscavam os centros médicos, e responsabilizaram o movimento palestino Hamas por utilizar civis como escudo para atividades terroristas.
A OMS e o Unicef lamentaram a inacessibilidade de algumas áreas, como Jabalia, Beit Lahiya e Beit Hanoun, devido à falta de segurança, o que impediu cerca de 15 mil crianças de serem imunizadas. Ambas as organizações enfatizaram a importância de vacinar pelo menos 90% das crianças para garantir a eficácia da campanha.
A situação continua sendo monitorada de perto pelas autoridades de saúde e organizações internacionais, dada a necessidade de proteger a saúde das crianças em meio ao conflito na região.