A marca de moda Shein está acelerando seu plano de trazer revendedores brasileiros para sua plataforma no Brasil. Atualmente, a Shein conta com 30 mil vendedores no país, sendo o pioneiro a operar como marketplace. A meta é aumentar esse número para entre 40 mil e 50 mil vendedores até o final do ano.
A modalidade de revenda representa 60% das vendas da Shein no Brasil, enquanto os 40% restantes são de produtos importados da China ou fabricados por parceiros locais. Inicialmente, a empresa planejava contratar 2.000 confecções até o final de 2026, mas até o momento, apenas pouco mais de 300 fábricas estão ativas como parceiras.
A Shein continua apostando em estoque próprio e na contratação de confecções, mas o modelo de revendedores tem se mostrado eficaz, superando até mesmo os produtos importados. Os revendedores pagam 16% de comissão à Shein, que é responsável pela gestão das mercadorias até a entrega aos clientes.
A empresa está expandindo para outros estados, iniciando por Santa Catarina, e pretende cadastrar revendedores de outras regiões, como Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Goiás e Distrito Federal. A Shein possui três centros de distribuição em Guarulhos, na Grande São Paulo, totalizando 250 mil m².
Apesar de não existirem contratos de exclusividade, pequenos revendedores preferem trabalhar com um único parceiro de comércio eletrônico, como é o caso da varejista de roupas infantis Miguxas e Miguxos Kids, que foca suas vendas online na Shein.
A empresa enfrentou impactos da taxação de compras internacionais de até US$ 50 em 2024, o que levou a Shein a adotar o modelo de marketplace como estratégia para lidar com esses efeitos.
Com mais de 50 milhões de consumidores no Brasil e 15 milhões de seguidores nas redes sociais, a Shein já investiu US$ 300 milhões (R$ 1,73 bilhão) em sua operação brasileira.