Na CPI das Apostas, Bruno Tolentino, tio de Paquetá, optou por exercer seu direito de permanecer em silêncio diante dos senadores, invocando uma decisão do STF que concedeu habeas corpus para garantir esse direito. Em resposta à convocação, Tolentino, seguindo orientações de seus advogados, escolheu não se pronunciar, levando o presidente da CPI, Jorge Kajuru, a anunciar um requerimento para quebra de sigilo bancário e telemático do tio de Paquetá.
A convocação de Bruno Tolentino foi motivada por uma matéria do UOL que revelou pagamentos feitos por ele e seu filho ao jogador Luiz Henrique, totalizando R$ 40 mil. Tolentino, em declarações ao UOL, afirmou que os pagamentos eram referentes a um empréstimo e negou ter recebido informações privilegiadas de Paquetá para realizar apostas, embora tenha admitido participar regularmente dessas atividades.
Durante a sessão da CPI, Kajuru mencionou uma conversa nos bastidores na qual Tolentino teria desqualificado as informações sobre Paquetá como “tudo mentira”, mas o tio de Paquetá não repetiu oficialmente essa afirmação. O presidente da CPI também alertou sobre possíveis interferências nos trabalhos, afirmando que gravaria e divulgaria contatos de pessoas influentes que tentassem evitar convocações de jogadores para depor na comissão.