Aliados de Trump na Geórgia aprovam regra exigindo contagem manual de votos
Partidários de Donald Trump que integram o órgão responsável pelas eleições na Geórgia aprovaram uma nova regra nesta sexta-feira (20) que determina que todos os condados do estado realizem a contagem dos votos à mão. A medida, que surge a menos de sete semanas das eleições marcadas para 5 de novembro, poderá atrasar a divulgação dos resultados em um estado considerado crucial para o pleito deste ano.
Críticos da decisão argumentam que a contagem manual é mais suscetível a erros, vulnerável a fraudes e acaba sendo mais onerosa para os contribuintes. Com aproximadamente 8 milhões de eleitores registrados, a Geórgia passará a adotar tanto a contagem manual quanto a tabulação por máquinas de leitura óptica, seguindo a prática de muitos outros estados dos EUA.
Os aliados de Trump têm defendido a contagem manual, alegando – sem evidências concretas – que é um método mais seguro do que a tabulação realizada por máquinas. Em 2020, o ex-presidente levantou acusações infundadas de que os equipamentos eletrônicos foram manipulados para favorecer Joe Biden, que venceu o estado com uma margem estreita.
A nova regra na Geórgia foi aprovada por uma pequena margem de votos, 3 a 2, e faz parte de uma série de mudanças implementadas pelo órgão eleitoral desde a transição para o controle republicano. Os democratas já contestaram a medida, argumentando que ela vai de encontro à Constituição estadual, que estabelece a obrigação de certificar os resultados.
Este movimento ocorre em um contexto em que Trump e seus aliados estão se preparando para questionar os resultados das eleições presidenciais, indo além de acusações infundadas e mirando nos processos de registro, contagem e certificação dos votos. Em resposta, os democratas estão mobilizando equipes jurídicas para lidar com possíveis contestações.
A contagem manual de votos na Geórgia é vista como parte de uma estratégia mais ampla de questionamento do processo eleitoral, gerando apreensão entre os democratas diante de um resultado que se espera ser ainda mais disputado do que nas eleições anteriores.
