O prefeito de Maricá (RJ) e vice-presidente do PT, Washington Quaquá, gerou controvérsia ao defender os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, acusados de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco. Em uma entrevista ao Estadão, Quaquá propôs a formação de uma comissão de juristas para revisar o caso e reafirmar a inocência dos suspeitos.
Ele optou por não entrar em conflito com a primeira-dama Rosângela da Silva, conhecida como “Janja”, e respondeu às críticas da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, que se opuseram a sua posição em relação aos irmãos Brazão.
Quaquá postou uma foto ao lado dos familiares dos Brazão, alegando que eles foram injustamente detidos, o que causou desconforto dentro do PT e provocou reações públicas de Janja, Anielle e da presidente do partido, Gleisi Hoffmann. Alguns membros do partido defendem a expulsão de Quaquá.
O vice-presidente do PT defende uma revisão detalhada do inquérito realizado pela Polícia Federal, sugerindo a análise do trabalho investigativo da Polícia Civil do Rio de Janeiro. Ele argumenta que não há evidências contra os irmãos Brazão e tenta relacionar o ex-presidente Jair Bolsonaro ao crime, sem apresentar provas concretas.
Apesar das polêmicas e das divisões internas no PT, Quaquá anunciou sua candidatura a vice-presidente na chapa majoritária que concorrerá à liderança do partido. A situação promete se intensificar com o debate sobre possíveis medidas disciplinares contra o prefeito de Maricá.
