Os incêndios que atingiram o interior do Estado de São Paulo recentemente causaram estragos e tragédias, com vidas perdidas, rodovias bloqueadas e aeroportos afetados. O governo paulista declarou estado de emergência em 45 municípios na última sexta-feira (23) devido à gravidade da situação. Três suspeitos de provocar os incêndios foram detidos, e a Defesa Civil informou nesta segunda-feira (26) que não há mais focos de fogo ativos, embora 48 municípios permaneçam em alerta máximo.
Os dados mostram a gravidade da crise: somente na sexta-feira, o Estado de São Paulo registrou 1,8 mil focos de incêndio, o maior número desde 1998, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Mais de 34 mil hectares foram devastados pelas chamas, afetando áreas urbanas e rurais.
Em resposta, o governador Tarcísio de Freitas criou um Gabinete de Crise Emergencial e lançou a Operação SP Sem Fogo, que envolve várias secretarias estaduais e a Defesa Civil. O governador sobrevoou as áreas mais afetadas durante o fim de semana e destacou a gravidade da situação, agravada pelos ventos que espalharam o incêndio.
Três pessoas foram presas sob suspeita de iniciar os incêndios em cidades como São José do Rio Preto, Batatais e Porto Ferreira. A Polícia Civil e a Polícia Federal estão investigando a possibilidade de ação criminosa por trás dos incêndios, uma preocupação compartilhada pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.
Além dos impactos ambientais e estruturais, as queimadas geram fumaça tóxica que representa riscos à saúde, exigindo precauções como aumento da ingestão de líquidos e uso de máscaras para proteção respiratória. Mesmo sem focos de fogo ativos, várias cidades permanecem em alerta máximo devido à persistência da fumaça.
As autoridades continuam monitorando a situação para evitar novos incidentes e pedem à população que denuncie qualquer indício de fogo. A colaboração de todos é essencial para lidar com essa crise e prevenir futuros desastres.