
Fisiculturista 'Mulher-Hulk' é morta a marteladas pelo marido na Espanha
O casal estava hospedado em uma casa alugada em Málaga, no sul do país, quando o crime ocorreu.
O casal estava hospedado em uma casa alugada em Málaga, no sul do país, quando o crime ocorreu.
A administração norte-americana liderada por Donald Trump determinou hoje a demissão de mais de 600 funcionários da agência federal que inclui a emissora Voice of America e a Rádio Martí, no mais recente ataque à imprensa pública.
A atriz Rebel Wilson recordou o "terrível acidente" que sofreu nas filmagens de 'Bride Hard', quando foi acidentalmente atingida por uma arma de fogo. Na época teve de se submeter a uma cirurgia plástica.
De acordo com a Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana da capital, batida aconteceu na Avenida Dom Pedro II, neste sábado (21). O condutor saiu do local após acidente. Carro ficou bastante danificado após acidente em avenida de João Pessoa Semob-JP Um carro bateu em um posto na Avenida Dom Pedro II, em João Pessoa, na manhã deste sábado (21) e interdita parcialmente o trânsito na avenida. De acordo com a Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana (Semob-JP), o condutor do veículo saiu do local após o acidente. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 PB no WhatsApp A Semob-JP informou que equipes foram deslocadas para o local para organizar o trânsito na avenida. Além disso, a Polícia Militar foi acionada. O carro já foi retirado do local. Conforme as informações, uma equipe da Energisa também foi acionada para fazer a manutenção do poste danificado no local. O g1 entrou em contato com a fornecedora de energia elétrica, mas até a última atualização desta matéria não obteve retorno. Vídeos mais assistidos do g1 Paraíba
A Google está utilizando os vídeos publicados pelos utilizadores no YouTube para treinar os seus modelos de inteligência artificial (IA), Google Gemini e Veo 3, o gerador de vídeos com IA da empresa.
Suspeito de matar Elisane Rodrigues dos Santos, vereadora filiada ao Partido dos Trabalhadores (PT) em Formigueiro na Região Central do Rio Grande do Sul, foi preso. Polícia procura agora mandante do crime. Vereadora Elisane Rodrigues dos Santos (PT), de Formigueiro (RS) Câmara Municipal de Formigueiro/Divulgação A Polícia Civil afirma que uma dívida do filho da vereadora Elisane Rodrigues do Santos (PT) com o tráfico de drogas motivou o assassinato dela em Formigueiro, na Região Central do Rio Grande do Sul. O suspeito de ter cometido o crime, um jovem de 18 anos, está preso – a Polícia Civil procura, agora, o mandante. ? Acesse o canal do g1 RS no WhatsApp O delegado Antônio Firmino de Freitas Neto, responsável pela investigação, conta que "a morte teria sido uma ordem de um chefe de um grupo criminoso que atua na região". Delegado Antônio Firmino de Freitas Neto Lorenzo Franchi/ RBS TV Elisane foi morta a facadas. O corpo foi encontrado do lado do carro dela em uma estrada no interior de Formigueiro na última terça-feira (17). Ela foi vista com vida pela última vez na noite de segunda (16) durante uma sessão na Câmara de Vereadores da cidade. As provas obtidas pela Polícia Civil indicam que Elisane foi atraída pelo suspeito até o local do crime sob o pretexto da venda de carne. Ele seria conhecido da vereadora e pretendia vender o produto "muito abaixo do preço", segundo o delegado Firmino. No local, o suspeito criou a emboscada e atacou Elisane com pelo menos 10 facadas. Ele confessou à Polícia Civil que descartou a faca em um açude localizado em Rincão dos Machados, no interior da cidade. O suspeito foi levado até o Presídio Estadual de São Sepé. O Ministério Público (MP) solicitou à Justiça a conversão da prisão em preventiva. Quem era Elisane Elisane, de 49 anos, filiada ao PT, era técnica de enfermagem e a única mulher entre os nove vereadores da cidade. Era o primeiro mandato dela. A morte da mulher causou comoção entre movimentos sociais e lideranças políticas, que afirmaram que ela era voz ativa na defesa dos direitos das comunidades Quilombolas e das mulheres. Em março deste ano, foi homenageada pela Assembleia Legislativa do RS com o Prêmio Mulheres de Luta 2025, ao lado de outras lideranças femininas do estado, em reconhecimento à sua trajetória de dedicação às causas sociais. Vereadora é encontrada morta a facadas em Formigueiro, região central do RS Nota de pesar da prefeitura "A Prefeitura Municipal de Formigueiro manifesta, com profundo pesar, o falecimento da vereadora e servidora Elisane Rodrigues dos Santos, ocorrido na manhã desta terça-feira, 17 de junho. Com atuação como vereadora e servidora pública, Elisane Rodrigues dos Santos foi uma representante das mulheres na Câmara Municipal. Deixa registrada sua contribuição ao município, marcada pelo trabalho e dedicação à comunidade de Formigueiro. Neste momento de dor, expressamos nossos sentimentos e solidariedade aos familiares, amigos, colegas de trabalho, à Câmara de Vereadores e a toda a comunidade formigueirense. Em respeito e homenagem à vereadora Elisane, a Prefeitura decreta três dias de luto oficial no município. Que Deus conforte o coração de todos." Nota do PT "A Bancada do PT na Câmara presta solidariedade e sentimentos à família da vereadora Elisane Rodrigues, do Partido dos Trabalhadores, da cidade de Formigueiro (RS). A vereadora foi brutalmente assassinada na manhã desta terça-feira (17). Elisane era a única mulher eleita na Câmara Municipal de Formigueiro, eleita em 2024 para seu primeiro mandato pelo PT, Elisane foi uma voz firme e comprometida com a defesa dos direitos sociais, da causa Quilombola, da saúde pública, da justiça social e do diálogo. Técnica de Enfermagem e Auxiliar de Análises Clínicas, atuava no hospital local com o mesmo cuidado com que se dedicava à política: com escuta, ação e coragem. Sua morte não pode ser naturalizada. Elisane presente, hoje e sempre." VÍDEOS: Tudo sobre o RS
Maior São João do Mundo acontece de 30 de maio a 6 de julho no Parque do Povo. Expectativa é que mais de 3 milhões de pessoas passem pela festa. Alceu Valença no São João 2023 de Campina Grande Erickson Nogueira/g1 O cantor Alceu Valença retorna neste sábado (21) ao São João 2025 de Campina Grande. Zé Cantor, Os 3 do Nordeste e Fabrício Rodrigues também sobem ao palco principal do Parque do Povo. O São João 2025 de Campina Grande acontece de 30 de maio a 6 de julho, cinco dias a mais que no ano anterior. Esta é a 42ª edição da festa, que recebeu em 2024 recebeu 2,93 milhões de pessoas, segundo a prefeitura da cidade. A expectativa da Secretaria de Desenvolvimento Econômico da cidade é que mais de 3 milhões de pessoas passem pelo Parque do Povo, um aumento de cerca de 10% em relação ao quantitativo de 2024. O aumento de 10% também é esperado para a movimentação econômica do evento, que ano passado ficou de R$ 673 milhões. Os shows no palco principal do Parque do Povo acontecem de 19h às 2h, nas quartas e quintas-feiras, e das 19h às 3h nas sextas, sábados e domingos. No palco cultural, os shows começam às 18h. Ao todo, mais de 200 atrações musicais devem passar pelos palcos principal e cultural ao longo da festa. Shows do São João de Campina Grande neste sábado (21) Alceu Valença Zé Cantor Os 3 do Nordeste Fabrício Rodrigues 'Maior São João do Mundo' O São João de Campina Grande recebeu o título de maior festa junina do país, concedido pelo Instituto Ranking Brasil em julho de 2022. Para o instituto, os números da festa são impressionantes, o que a consolidou como a maior do país. A festa teve início no dia 4 de junho de 1983 de forma improvisada em uma palhoça montada na área, onde hoje é o Parque do Povo, para que as pessoas dançassem forró. Em cinco anos, a festa já estava incluída no calendário turístico do Brasil. Com o sucesso da festa nos três primeiros anos, em 1986 a prefeitura começou a construir o Parque do Povo, local onde a festa permanece acontecendo. Cinco anos depois da criação, o São João de Campina Grande já era uma festa de grande proporção pelo nome e pelo tempo de duração. Por isso, em 1987 o “Maior São João do Mundo” foi incluído no calendário oficial do Instituto Brasileiro de Turismo. Na última edição da festa, em 2024, mais de 2,93 milhões de pessoas passaram pelo Parque do Povo durante o evento. Do número, mais de 80 mil eram turistas, e cerca de 245 mil excursionistas que viajaram para conhecer a festa. A expectativa é que o público total do São João 2025 de Campina Grande passe de 3 milhões de pessoas. Parque do Povo, em Campina Grande, onde acontece O Maior São João do Mundo Divulgação Vídeos mais assistidos do g1 Paraíba
Um homem de 40 anos, natural de São Paulo, foi preso por transportar a carga irregular. Polícia Civil vai investigar o caso. Quantidade de droga é a maior já apreendida pela PRF na Paraíba e a segunda na história da corporação PRF Cerca de 1.310 quilos de cocaína, o que equivale a pouco mais de uma tonelada, foram apreendidos pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) na BR-101, próximo ao município de Alhandra, na Paraíba, na noite da sexta-feira (20). Um homem de 40 anos foi preso por transportar a carga em um caminhão. De acordo com a corporação, essa é a maior apreensão de cocaína da corporação no estado e a segunda maior em todo o país. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 PB no WhatsApp De acordo com a PRF, agentes da polícia suspeitaram da atitude do motorista ao observar o veículo trafegando em zigue-zague na altura do km 127 da rodovia. O condutor, um homem de 40 anos, natural de São Paulo, demonstrou nervosismo ao ser abordado, conforme as investigações. Durante a abordagem, os policiais identificaram indícios de transporte ilegal. Na vistoria do veículo, foram localizadas 63 caixas de papelão contendo ao todo 1.310 quilos de cocaína pura, camufladas entre a carga da carreta. O homem foi preso em flagrante e encaminhado, junto com o caminhão e a droga apreendida, à Delegacia da Polícia Civil da Paraíba, onde o caso seguirá sob investigação. Caminhão que transportava a droga foi apreendido PRF Vídeos mais assistidos do g1 Paraíba
O vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance, declarou na sexta-feira que a presença de tropas da Guarda Nacional em Los Angeles "continua sendo necessária", apesar do regresso da calma à cidade californiana durante a semana passada.
Usada até hoje em rituais xamânicos e pelos povos indígenas, a fogueira transcendeu o significado religioso e espiritual para se tornar item obrigatória nos festejos juninos. Fogueira tem sido usada em diferentes tradições espirituais ao longo do sanos Divulgação ??Durante séculos, a fogueira cumpriu o seu papel de aquecer os viajantes durante longos trajetos. Nos festejos juninos, se tornou item obrigatório. Hoje é difícil pensar em festa de São João sem uma fogueira acesa. ? Participe do canal do g1 AL no WhatsApp De vários tamanhos, elas costumam ser as protagonistas das festas e são o centro das celebrações juninas. Embora tão atual, a fogueira foi introduzida no Brasil pelos portugueses no Século XVI, sendo uma tradição Ibérica que veio com a colonização. A representatividade da fogueira, porém, vai além dos festejos juninos. O fogo, enquanto elemental, tem sido usado por muitas comunidades tradicionais, como os povos indígenas, por exemplo. No xamanismo, tem o papel de purificar e transmutar energia negativa. Nesse especial sobre a fogueira, o g1 mostra como o simbolismo do fogo está presente em diferentes culturas e povos, como observa o mestre em Preservação do Patrimônio Cultural pelo Iphan/Unesco João Augusto Andrade. "A fogueira pode ser considerada um atributo de valor para diversas manifestações culturais. É um símbolo de grande significado em diversas tradições, seja pela forma que as pessoas fazem a fogueira ou pela forma que lidam com esse elemento. Como exemplo, temos as festividades católicas de São João e Santo Antônio. No caso das religiões de matriz africana, há um sincretismo religioso entre São João e Xangô, Orixá do trovão e da justiça, um grande guerreiro, cujo principal atributo seria o fogo e o povo de terreiro o celebra nesse período junino através da fogueira", disse. A fogueira e os seus muitos significados. Além de conectar com o mundo espiritual, a fogueira também tem o poder de reunir e unir pessoas Luis Robayo/AFP Aquecer, iluminar e ser um portal que conecta com o mundo sobrenatural. A tradição de acender a fogueira para muitos povos tem sido símbolo de conexão com a natureza e o sagrado durante rituais espirituais. Entre os séculos XV e XVII, as mulheres que tinham clarividência desenvolvida e que cultuavam as forças da natureza foram apontadas como bruxas. A fogueira era algo sagrado para essas mulheres, que dançavam em volta do fogo e assim encontravam libertação. E foi pelas chamas das fogueiras que muitas foram queimadas na época da Inquisição. Povos indígenas usam o fogo durante cerimnias Eraldo Peres/AP Para os povos ciganos, a fogueira tem um significado muito especial dentro dos rituais. Aliás, é em volta dela que as festas acontecem para relembrar as origens nômades. Entre os povos indígenas, o fogo é um dos elementos cultuados, assim como a água, o ar e a terra. Dentro das comunidades originárias, o fogo é utilizado para cozinhar, em rituais fúnebres e nos rituais espirituais. No xamanismo, o fogo tem o poder de dialogar com o divino. Nas cerimônias, a "chama sagrada" cumpre um papel de guiar o buscador e de fazer com que ele transite entre o mundo material e os diversos portais de todas as suas dimensões de fractalidades. ?A fogueira de São João e o fogo no catolicismo Dentro do catolicismo, os fiéis abraçaram a ideia da fogueira na celebração do São João fazendo um paralelo com o batismo de Jesus por João Batista. Mas, assim como em outras tradições espirituais, o fogo dentro da igreja católica também representa a capacidade de purificar e de transmutar sentimentos, como observou o padre Rodrigo Rios. "Na Igreja Católica, acender fogueiras, como nas festas juninas, pode remeter a esses significados: alegria, festa da luz divina e a lembrança de que São João Batista anunciou Cristo como "a luz que ilumina as nações", disse o padre Rodrigo Rios. "O fogo possui um profundo simbolismo dentro da tradição cristã, representando tanto a presença divina quanto a purificação. Geralmente é um dos símbolos para o Espírito Santo e também da luz de Cristo no mundo", disse . Seja um elemento obrigatório nas festas juninas, seja um portal para a multidimensionalidade ou seja uma forma de aquecer corpos em dias frios, a fogueira segue sendo símbolo vivo e pulsante que transcende o tempo e barreiras culturais. Veja os vídeos mais recentes do g1 AL . Leia mais notícias da região no g1 AL
Karoline Francisca criou a empresa após perceber, no mercado de trabalho, a dificuldade que muitas pessoas tinham ao fazer o gerenciamento de suprimentos nas obras. A startup atende clientes em cinco estados. Karoline Francisca Barbosa tem 30 anos Karoline Francisca Barbosa/Arquivo pessoal A estudante e empresária Karoline Francisca Barbosa Abreu, de 30 anos, desenvolveu uma empresa que faz o gerenciamento de suprimentos para obras. Com as experiências que teve na área ao longo dos anos, ela teve a ideia de se especializar na gestão de compras e desenvolver seu próprio negócio. "Desmistificar essa dificuldade e esses traumas que acontecem quando a gente fala de obra, né? Sempre é um trauma. Então, a gente quis trazer total transparência no processo. O cliente tem total acesso ao custo da obra, às marcas que estão sendo empregadas na obra, ele paga diretamente aos fornecedores e aos prestadores. A gente nasceu inovando nessa parte do mercado tradicional, mas de uma forma mais transparente", explicou a empresária. ? Clique aqui e siga o perfil do g1 Tocantins no Instagram. A Civil Work, nasceu em 2019 e atualmente atende, além do Tocantins, outros estados como São Paulo, Goiás, Rio de Janeiro e Santa Catarina. O objetivo da startup é facilitar a vida das pessoas que vão construir ou reformar. Para isso, a empresa usa um sistema que filtra, qualifica os fornecedores e organiza o mapa de cotação. Karoline é estudante de engenharia civil e explica que por não ter formação na área, atua no gerenciamento da empresa e conta com uma equipe de engenheiros responsáveis por assinar e executar as obras. "Ele [engenheiro] tem a responsabilidade técnica do que acompanha e executa. Ele que assina, se responsabiliza por isso. A gente tem um contrato de colaboração técnica e ele tem o contrato direto com os clientes. O engenheiro não assina e sai do processo, ele assina a responsabilidade porque ele está contratado para isso. Eu sou empresária, faço a parte comercial e estratégica da empresa, sou eu que vendo para todos os clientes", disse. LEIA MAIS 'Tia da Merenda' de 22 anos viraliza nas redes sociais ao mostrar rotina em escola no interior do Tocantins Servidor público que caiu em golpe ao tentar trabalho como modelo lamenta comentários negativos na internet: 'Fiz de coração pra alertar' Karoline Francisca Barbosa é CEO de uma empresa na área da construção civil Karoline Francisca Barbosa/Arquivo pessoal Apesar de não atuar diretamente na engenharia, seu último emprego antes de empreender foi no setor de suprimentos, em uma construtora em Palmas. Lá ela percebeu que uma das partes mais complicadas era a cotação de materiais que seriam utilizados nas construções. "Em todas as construtoras que trabalhei, as compras e almoxarifado eram uma dor. E vi a oportunidade na construtora de entender e estudar todos os processos de compras como uma oportunidade de me especializar nisso e adaptar isso para a minha empresa. Para o tamanho da minha empresa e para os clientes que eu atendo hoje", contou. A empresária ainda explicou que o gerenciamento de obras reúne uma série de produtos e serviços, que juntos fazem a obra dar andamento até a entrega final. "A gente tem ali estudo de viabilidade do empreendimento, a gente tem o orçamento de obras, gestão de compras, os processos de recrutamento e seleção para o pessoal que vai integrar a obra. A gente tem a própria execução da obra, quando fechamos a execução da obra com a gente, tudo isso está meio que embarcado", informou. Ocupar espaço A empresária afirma que o mercado da construção civil tem mudado nos últimos anos com relação à inclusão de mulheres. Apesar disso, ela entende que mesmo com mais profissionais mulheres nas obras, o preconceito ainda persiste nos negócios. "A gente sabe que também é muito estressante a gente falar, enfrentar as situações de impotência, né? Especialmente no ambiente profissional, em que a gente às vezes pode se sentir diminuída, não prestigiada, onde a gente é interrompida, não tem credibilidade. Questionam a nossa vida pessoal. Eu passei por algumas situações em que eu estava negociando a compra de elevador e o cara entendeu que eu era secretária. E independente disso, me chamou para sair para gente falar melhor dessa compra, mas de um jeito cheio de segundas intenções". Karoline também explica que a desigualdade de gênero ainda é muito presente na distribuição salarial entre engenheiros e engenheiras. "As mulheres recebem 20% a menos fazendo as mesmas atividades que os homens na área. Isso é muito é escrachado. Eu vejo várias colegas, várias amigas que passaram por isso. Então é uma coisa assim que precisamos trabalhar". Ao vivenciar o mercado enquanto empresária e ver a situação de colegas engenheiras, Karoline decidiu mudar sua abordagem ao longo dos anos para tentar minimizar as diferenças nos espaços que ocupa. "A gente está assumindo espaços e ocupando espaços que antes a gente não tinha prestígio. Já aconteceu situações de eu ter uma ideia brilhante, mas quando eu falei não fui escutada. Falei para um colega e o colega falou e foi aplaudido. Me posicionei de uma forma que eu deixasse claro o que estava passando? Não sempre, né? Mas cheguei em um momento que eu tive que aprender a deixar o constrangimento para o outro e não levar tão na esportiva para segurar o jogo de cintura. Eu comecei meio que a passar por um processo de educar o colega mesmo", disse. Startups no Tocantins Para acompanhar o desenvolvimento de startups no Tocantins, o Sebrae desenvolveu a plataforma Tocantins Digital (Todi). Segundo os dados, 101 startups estão ativas no Tocantins, sendo que quatro delas são da área da construção civil. As áreas com mais startups são saúde (15) e agronegócio (9). Conforme os dados do Todi, são 235 empreendedores envolvidos nas empresas registradas na plataforma, sendo que 71% deles são homens e 29% são mulheres. Para a analista do Sebrae Tocantins, Adelice Novak, o crescimento das startups no estado está relacionado aos incentivos e projetos desenvolvidos nas universidades. "O que a gente percebe é que as universidades estão bem focadas no desenvolvimento desses pequenos negócios, que são as empresas júnior. Existem vários alunos que estão com vários projetos inovadores. Essas empresas buscam um modelo de negócio repetivo e escalável, operando em condições de incerteza. E hoje nós temos várias situações, principalmente quando envolve a bioeconomia. E dentro das universidades a gente percebe que estão tendo vários projetos que estão saindo de fato do papel e se transformando em negócios", explicou. VEJA TAMBÉM: Conheça história de mulheres que são donas do próprio negócio no Tocantins Conheça história de mulheres que são donas do próprio negócio no Tocantins ? Participe do canal do g1 TO no WhatsApp e receba as notícias no celular. Veja mais notícias da região no g1 Tocantins.
A semelhança entre as cerejeiras e os ipês reside principalmente no período de floração, que ocorre em meses de temperaturas mais amenas. No último sábado (14), o empresário Lucas Fialho, fez um vídeo do espetáculo em uma região conhecida como o Portal do Pantanal. Especialistas apontam semelhanças entre a florada de ipês e as cerejeiras no Japão A cada ano, entre os meses de junho e outubro, quando os ipês começam a florescer no Pantanal, um espetáculo silencioso e mágico transforma a paisagem e encanta como as cerejeiras no Japão. Mas o que torna os ipês tão únicos? E de que forma essa florada a sakura no Japão? Veja o vídeo acima. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 MS no WhatsApp De acordo com especialistas, ambas as espécies possuem pontos muito semelhantes, como; floradas curtas transformação da paisagem e sensação de bem-estar Uma vez ao ano Devido a tamanha beleza da florada dos ipês, o empresário, Lucas Fialho, criou uma tradição e anualmente registra as flores. No último sábado (14), o empresário Lucas Fialho, fez um vídeo do espetáculo em Aquidauana, região conhecida como o Portal do Pantanal. 'Sakura Brasileira': a mágica florada dos ipês no Pantanal que encanta como as cerejeiras ?Ipês-roxos x Cerejeiras japonesas A semelhança entre as cerejeiras e os ipês reside principalmente no período de floração, que ocorre em meses de temperaturas mais amenas e com pouca chuva. Além do frio, o impacto visual das árvores cobertas de flores criam paisagens singulares. "As duas floradas são curtas, duram cerca de 10 dias e ocorrem apenas uma vez no ano, quando as temperaturas estão amenas. Outro ponto que eles possuem de semelhança é o fato de modificarem a paisagem, né? Trazem uma sensação de bem-estar. A coloração também é muito semelhante", explica José Milton Longo, biólogo, mestre e doutor em Ecologia e Conservação. Segundo o especialista, os ipês, bem como as cerejeiras, ocupam um papel fundamental como fonte de alimento para insetos polinizadores. Resistentes às baixas temperaturas e à escassez de água, as espécies não se destacam apenas pela beleza, desempenhando um papel essencial na manutenção da biodiversidade, em uma época em que poucas outras espécies estão floridas "Essa flores são fontes para insetos polinizadores, tais como abelhas, vespas, borboletas e besouros, em um momento em que outras espécies de árvores não estão florescendo", explica José Milton Longo, biólogo, mestre e doutor em Ecologia e Conservação. Os ipês O botânico Luís Caldas disse que cada tipo de ipê tem uma época de florada. Os primeiros a aparecer são os roxos, depois os rosa e, por último, o branco. No entanto, mesmo havendo períodos distintos para as floradas, nem sempre é uma regra. Isso porque as influências climáticas, como incidência de chuvas e de frio interferem nas temporadas dos ipês e em alguns anos eles podem florescer ao mesmo tempo. “Pode haver anos em que vamos ver todas as cores juntas no cerrado, não respeitando o período de florada em que normalmente temos com o roxo antes do amarelo e por último o branco intercalado com os demais”, disse. Florada dos Ipês no Pantanal de Mato Grosso do Sul. Lucas Fialho Veja vídeos de Mato Grosso do Sul:
Caprichoso vai levar a lenda de Yurupari e Garantido, o mito da Tapiraiauara para o 58º Festival de Parintins. Lendas Tapiraiauara e Yurupari Reprodução No coração da Amazônia, o 58º Festival de Parintins transforma o sagrado em espetáculo, dando vida a lendas que atravessam gerações. Os bois-bumbás Caprichoso e Garantido fazem do Bumbódromo um palco onde a oralidade ancestral ganha voz, dança e cor. Entre as diversas histórias que desfilam diante do público, destacam-se Yurupari, pelo Caprichoso, e Tapiraiauara, pelo Garantido, símbolos de força ancestral e poder protetor. ? Participe do canal do g1 AM no WhatsApp De 27 a 29 de junho, a arena de Parintins será tomada por emoção e encantamento. O Caprichoso apresenta o tema “É Tempo de Retomada”, evocando a sabedoria ancestral dos povos da floresta. Já o Garantido traz “Boi do Povo, Boi do Povão”, resgatando a memória do boi vermelho e branco, ícone da Baixa do São José. Entre os 21 itens avaliados pelos jurados, um dos mais aguardados é o Item 17 – Lenda Amazônica, apresentado em cada noite da disputa. Nesse momento, os bois encenam, por meio de alegorias, coreografias, toadas e personagens, uma lenda tradicional da Amazônia. Mais do que um espetáculo visual, essa apresentação é um mergulho na ancestralidade, revelando os mistérios da floresta e a força simbólica dos mitos que habitam o imaginário dos povos da região. Yurupari, o legislador azul Yurupari, o legislador azul Reprodução ?? "Ao som de flauta é festa, ô-ô-ô-ô, ao som de tambor, guerra, ô-ô-ô-ô. Ao som de flauta é festa, ô-ô-ô-ô, ao som de tambor, guerra, ô-ô-ô-ô..." ?? O Caprichoso traz ao festival a lenda de Yurupari, o Legislador, figura mítica dos povos indígenas do Alto Rio Negro. Segundo a história, a jovem Ceuci, desobedecendo aos costumes de sua tribo, comeu a fruta sagrada do Pücã durante seu período fértil. O sumo escorreu por seu corpo, e ela foi fecundada por Guaraci, o Sol. Expulsa da aldeia, Ceuci deu à luz um menino misterioso que desaparecia durante o dia e só aparecia à noite para mamar — um filho invisível, mas presente. Quinze anos depois, o jovem retornou à aldeia, alto, forte e belo, e foi aclamado tuixaua — líder supremo. Numa época em que as mulheres detinham o poder, Yurupari restabeleceu o domínio masculino e instituiu uma nova ordem. Reuniu os homens, criou rituais de iniciação, festas sagradas e preceitos rigorosos: jejum para purificação, fidelidade e resistência à dor. Segundo seus ensinamentos, somente os fortes e obedientes alcançariam a imortalidade. As mulheres eram proibidas de ouvir suas palavras ou participar dos ritos, sob pena de morte. Até Ceuci, por desobedecer, foi transformada em pedra. Neste festival, o Caprichoso apresenta Yurupari como símbolo da sabedoria implacável e da força que molda a tradição dos povos da floresta. Ele não é apenas um personagem, mas a lei viva, o espírito que guia e disciplina. A evocação dessa lenda reafirma o compromisso do boi azul e branco com a memória indígena, transformando o ritual em espetáculo. A Tapiraiauara perreché Tapiraiauara Reprodução ❤️? "Drenando a seiva encantada, segredos que Tupã deixou. Quimera gigante encantada, estrondam gritos de pavor..." ❤️? No Festival de Parintins deste ano, o Boi Garantido invoca o mistério da Tapiraiauara, criatura lendária das águas amazônicas, que vigia os rios com olhar feroz e alma ancestral. Nascida da fusão dos medos e encantamentos dos povos da floresta, ela carrega traços de anta e onça, misturando força bruta com astúcia selvagem. É vista como um ser gigantesco e quimérico, com patas que nadam e orelhas que tremem à menor ameaça. Sua presença se anuncia antes mesmo que emerja, quando a água turva se agita e os olhos vermelhos brilham entre os galhos. Segundo os antigos, essa guardiã vive nas sombras dos aningais e nas profundezas dos igarapés, afastada dos humanos — a não ser quando precisa defender os segredos da mata. Ataca sem piedade os caçadores cruéis, especialmente os que ferem fêmeas prenhas ou violam os ciclos da vida. Dizem que ela vira canoas com o peso de um trovão, assombra os pescadores com um cheiro pútrido e cava a terra sob as árvores onde as presas tentam se esconder. Nem mesmo o topo das árvores é refúgio para quem desafia sua ira. Mas há quem veja na Tapiraiauara mais do que terror — veem nela a força de Tupã encarnada, uma protetora dos rios e das espécies, símbolo de equilíbrio sagrado. Ao evocar essa fera ancestral, o Garantido canta não apenas a lenda, mas a luta pela preservação da Amazônia, onde o real e o mítico se confundem. E quando o vermelho da arena se enche de fumaça e tambores, é a Tapiraiauara quem retorna — não como monstro, mas como espírito guerreiro da floresta viva. Ao trazer Yurupari e Tapiraiauara para o centro do bumbódromo, Caprichoso e Garantido fazem mais que apresentar espetáculos: resgatam e preservam a alma da cultura amazônica. Em cada flauta, tambor, dança e alegoria, o Festival reafirma seu papel como guardião da memória indígena e da força mítica da floresta e dos rios. Neste final de junho, Parintins não será apenas palco — será altar de respeito, resistência e ancestralidade. Opções para curtir o Festival de Parintins além do bumbódromo
Programação de São João e São Pedro será realizada em equipamentos esportivos em municípios como Alagoinhas, Serrinha, Conceição do Jacuípe e Eunápolis. Arena Zé Ribeiro funcionará dentro do Estádio Municipal Antônio de Figueiredo Carneiro em Alagoinhas Divulgação/Prefeitura de Alagoinhas O São João, uma das festas mais tradicionais do Nordeste, passa por uma transformação em algumas cidades da Bahia. Se antes os festejos tradicionais se espalhavam por praças e ruas decoradas, agora parte da programação será realizada em estádios de futebol. A iniciativa, adotada por municípios como Alagoinhas, Serrinha, Conceição do Jacuípe e Eunápolis, levanta debates sobre segurança, organização e preservação das tradições culturais. Entenda o contexto em algumas dessas cidades. Novidade em Alagoinhas Em Alagoinhas, a aproximadamente 180 km de Salvador, a festa deste ano será realizada pela primeira vez no Estádio Municipal Antônio de Figueiredo Carneiro, o Carneirão. O equipamento vai abrigar a Arena Zé Ribeiro e receberá shows de artistas como Adelmário Coelho, Márcia Fellipe, Flávio José e Dorgival Dantas, entre os dias 21 e 23 de junho. Ao lado, uma cidade cenográfica chamada “Vila de Santo Antônio” foi montada como parte da programação. O espaço conta com igreja cenográfica, coreto, apresentações de quadrilha e forró pé de serra, funcionando desde sexta-feira (14). Segundo a prefeitura, a decisão de centralizar os festejos no estádio e entorno foi motivada por questões de segurança, acessibilidade e melhor organização para moradores e visitantes. “A mudança é viável porque temos um espaço central, de fácil acesso e mais seguro para quem mora nas diversas regiões da cidade. Além disso, tem a vila que está funcionando enquanto os festejos maiores acontecem”, informou a gestão municipal ao g1, através de nota. Alagoinhas: Veja movimentação na abertura da Vila de Santo Antônio A expectativa é de que o evento, nas duas áreas, receba entre 120 e 130 mil pessoas — mesmo número estimado na edição anterior, que aconteceu em uma área aberta, na Avenida Joseph Wagner. Somente o estádio poderá comportar até 22 mil pessoas, entre o gramado e as arquibancadas. De acordo com a gestão, a lotação máxima do estádio será definida com base nas diretrizes do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar. O local contará com dois camarotes privados e um camarote público voltado exclusivamente para pessoas com deficiência, com acesso próximo ao palco principal. “Teremos um palco grande para as apresentações de música no Carneirão, algo jamais visto em Alagoinhas. No total, são 30 metros de largura, incluindo a parte de LED, trazendo um novo conceito para as transmissões dos shows. Teremos o dobro do tamanho dos palcos comuns, colocados para shows em outros lugares. Também teremos seis camarins climatizados para as bandas, disse o diretor de eventos da Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Turismo (Secet), Frank Amâncio. Vila de Santo Antônio agita Alagoinhas no São João Divulgação/Prefeitura de Alagoinhas Além do palco para as atrações principais, haverá barracas de alimentação e estacionamento gratuito nas ruas do entorno, próximo à Praça Mário Laerte. Outro ponto destacado pela prefeitura é o apoio aos ambulantes. A Secretaria de Mobilidade e Ordem Pública (Semorp) realizou o cadastramento de 120 trabalhadores, dos quais 60 vão atuar com isopores fixos na área interna do estádio. A gestão assegura que eles poderão trabalhar sem pagar taxas e poderão deixar os filhos em um espaço exclusivo montado para crianças. A ambulante Carol Rocha, que vai atuar dentro do estádio com venda de bebidas, avalia a mudança de forma positiva. "É algo novo, então tem uma resistência, mas diante das logísticas que a gente está enfrentando, estamos gostando, sim. A prefeitura vai fornecer barracas padronizadas, tudo organizadinho. Então, são coisas a menos que a gente tem para se preocupar, porque já vai chegar com a barraca pronta”. Moradores têm demonstrado preocupação com a mudança da festa para dentro de um estádio Gilberto Galdino Por outro lado, o morador Gilberto Galdino aponta alguns impactos negativos da nova estrutura. Segundo ele, a instalação da festa no estádio prejudica o acesso de estudantes a escolas próximas, uma vez que a região foi cercada por tapumes e as vias estão parcialmente interditadas. Galdino afirma que estudantes estão utilizando caminhos alternativos considerados inseguros, como uma passagem pelos fundos do estádio. “As pessoas que ali entravam pra fazer seus esportes também estão sendo impactadas. À noite, o local é escuro e não deixaram uma abertura para passagem”, criticou. Outro aspecto levantado por Galdino é a proximidade entre o estádio e o Hospital Regional Dantas Bião, o maior da cidade. Ele acredita que o fluxo intenso de veículos, o barulho dos shows e as interdições podem causar transtornos no atendimento de emergências. “Vai ter muito engarrafamento, congestionamento. As pessoas vão procurar estacionar ali por perto e isso pode afetar o acesso de ambulâncias e o sossego de quem está internado. O som alto também pode influenciar”. Festa de São João acontece dentro do estádio Estádio Municipal Antônio Carneiro, em Alagoinhas Gilberto Galdino Serrinha mudou festa de local em 2017 Diferente de Alagoinhas, Serrinha, a cerca de 170 km de Salvador, realiza festas juninas em estádio há oito anos. Em 2017, após um ano em que a festa foi realizada na praça e superlotou, o evento foi transferido de forma definitiva para a o Estádio Municipal Mariano Santana, conhecido como Arena Marianão. Desde então, a estrutura tem crescido, assim como o público da festa. Segundo a Secretaria de Comunicação Social (Secom) do município, a capacidade do estádio é para mais de 50 mil pessoas por noite, mas a edição de 2025 pode acomodar ainda mais, entre 5 e 10 mil pessoas extras, devido a um reposicionamento do palco, que será recuado para ampliar o espaço. Em anos anteriores, os portões chegaram a ser fechados quando a capacidade foi atingida. A gestão municipal reforça que a segurança segue como prioridade. Segundo a prefeitura, o limite de público é determinado por órgãos como o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar. Vista aérea da entrada da Arena Marianão, que recebe o São João de Serrinha, na Bahia Divulgação/Prefeitura de Serrinha O público poderá assistir atrações como Joelma, Pablo, Leonardo, Xand Avião, Wesley Safadão e Alok no estádio. Outra novidade da festa este ano é a presença do cantor Bell Marques, que vai se apresentar no domingo (22), em um trio elétrico. O show será às 14h, na Praça Morena Bela, no centro da cidade. Assim como em Alagoinhas, Serrinha também conta com ambulantes cadastrados pela prefeitura. Entretanto, ao contrário da outra cidade, os trabalhadores precisam pagar taxas para exercerem suas atividades durante o período festivo. Essa autorização é formalizada através de um Termo de Permissão de Uso (TPU). Ainda de acordo com a prefeitura, barracas de alimentação e áreas livres para estacionamento gratuito seguem funcionando dentro da arena e os camarotes, geridos por empresas privadas, têm preços variados. Palcos do São João de Serrinha, na Bahia, em 2025 Divulgação/Prefeitura de Serrinha Para a professora Luana Gomes Queiroz, o São João de Serrinha perdeu a "qualidade de festa popular" após a mudança para o estádio. "Antigamente, você via as famílias reunidas, curtindo a noite de São João na cidade, com forrozeiros renomados e também com os artistas da região, era uma grande celebração das nossas raízes. Hoje parece um festival de música como outro qualquer, porque não só colocaram a festa em um espaço confinado, como algumas atrações não têm ligação nenhuma com a cultura nordestina. Festa junina é festa de rua, de largo, não é festa de estádio", opinou. A Secom argumenta que praças da cidade serão decoradas para ornamentar a cidade. A expectativa é de que os espaços recebam tanto turistas quanto serrinhenses que preferem celebrações menores. LEIA MAIS: Veja atrações dos festejos juninos em várias cidades do interior baiano Pesquisa aponta que comércio local cresce 61% durante festejos de São João na Bahia Confira a programação das festas juninas em Feira de Santana Decoração junina em Serrinha, no interior da Bahia Divulgação/Prefeitura de Serrinha Veja mais notícias de Feira de Santana e região. Assista aos vídeos do g1 e TV Subaé ?
Google diz que uma nova ferramenta de IA em seu buscador vai revitalizar a internet. Outros preveem um apocalipse para os sites. Uma coisa é certa: o atual capítulo da história online caminha para o fim. Google diz que uma nova ferramenta de IA em seu buscador vai revitalizar a internet, enquanto outros preveem um apocalipse para os sites. Serenity Strull/BBC/Getty Images A internet foi construída com base em um acordo simples: sites permitem que mecanismos de busca como o Google absorvam seu conteúdo gratuitamente, e, em troca, o Google direciona visitantes para esses sites, onde eles compram produtos e veem anúncios. É assim que a maioria dos sites ganha dinheiro. Estima-se que 68% das atividades online comecem em mecanismos de busca — e cerca de 90% das buscas acontecem no Google. Se a internet é um jardim, o Google é o Sol que faz as flores crescerem. Esse arranjo vigorou por décadas, mas uma mudança aparentemente pequena tem levado muitos a acreditar que o sistema está ruindo. Em breve, uma nova ferramenta de inteligência artificial será integrada à busca do Google. Você pode achá-la muito útil. Mas, se as previsões dos críticos se confirmarem, as consequências para a internet serão sísmicas. Eles traçam um cenário em que informações de qualidade se tornam mais escassas online, e grandes contingentes de profissionais perdem seus empregos. Os otimistas, por sua vez, acreditam que isso pode melhorar o modelo de negócios da web e ampliar as oportunidades para encontrar conteúdo de qualidade. Mas, para o bem ou para o mal, sua experiência digital talvez nunca mais seja a mesma. Em 20 de maio de 2025, o CEO do Google, Sundar Pichai, subiu ao palco na conferência anual de desenvolvedores da empresa. Já se passou um ano desde o lançamento dos "AI Overviews", os resumos gerados por IA que provavelmente você já viu no topo dos resultados de busca. Agora, disse Pichai, o Google quer ir além. "Para quem busca uma experiência de busca totalmente conduzida por IA, estamos lançando o novo Modo IA", afirmou. "É uma reinvenção completa da busca." Você pode estar cético após tantos anos de promessas exageradas sobre IA, mas, desta vez, é para valer. As pessoas usam o Google 5 trilhões de vezes por ano — ele molda a internet. E o Modo IA representa uma ruptura radical. Diferentemente dos AI Overviews, ele substitui completamente os resultados tradicionais da busca. Em vez disso, um chatbot gera uma espécie de miniartigo para responder à sua pergunta. Enquanto você lê este texto, o Modo IA está sendo implementado nos EUA, aparecendo como um botão na busca e no app do Google. Por enquanto, ele é opcional, mas a chefe de busca da empresa, Liz Reid, foi clara ao lançar a ferramenta: "Este é o futuro do buscador da Google." Eis o problema previsto pelos críticos: os AI Overviews já diminuem drasticamente o tráfego enviado para o restante da internet, e muitos temem que o Modo IA amplifique essa tendência. Se isso acontecer, pode destruir o modelo econômico que sustentou o conteúdo digital ao longo dos últimos 30 anos. Especialistas acreditam que o novo Modo IA do Google pode virar a internet de cabeça para baixo. Serenity Strull/BBC/Getty Images "Se o Google tornar o Modo IA o padrão, do jeito que ele funciona atualmente, o impacto na internet será devastador", afirma Lily Ray, vice-presidente de estratégia e pesquisa em SEO na agência de marketing Amsive. "Isso vai cortar a principal fonte de receita da maioria dos editores e desestimular criadores de conteúdo que dependem do tráfego orgânico, o que representa milhões de sites — talvez mais. O Google tem todo o poder." A Google diz que essas preocupações são exageradas. Na verdade, a empresa acredita que o Modo IA tornará a internet mais saudável e útil. "Todos os dias, enviamos bilhões de cliques para sites, e conectar as pessoas à web continua sendo uma prioridade", disse um porta-voz da Google. "Experiências como os AI Overviews e o Modo IA aprimoram a busca e ampliam os tipos de perguntas que as pessoas podem fazer, criando novas oportunidades para que conteúdos sejam descobertos." Mas Google e críticos concordam em uma coisa: a internet está prestes a mudar radicalmente. O próximo ano deve marcar o fim de uma era online. A única dúvida é como será o mundo quando a poeira baixar. Como usar o ChatGPT para gerar imagens digitais a partir de esboços feitos à mão O lamento dos editores É importante esclarecer: a internet não vai desaparecer. As redes sociais seguem fortes. Alguns sites com paywall estão prosperando. O que está prestes a mudar é a forma como as pessoas encontram e descobrem informações. É a chamada "web aberta" que muitos temem estar sob risco — o ecossistema de sites independentes, acessíveis gratuitamente, onde pessoas e empresas, muitas vezes chamadas de "editores", compartilham informações, imagens e vídeos. Já ouvimos isso antes. A revista Wired estampou na capa "A web está morta" em 2010 — e, no entanto, aqui estamos. Smartphones, aplicativos e redes sociais já provocaram previsões apocalípticas sobre a World Wide Web. Mas após o anúncio do Google em maio, a BBC ouviu mais de uma dúzia de especialistas que afirmam que o Modo IA representa uma ameaça inédita à economia digital. "Acho que 'extinção' é um termo forte demais para o que vai acontecer com os sites", diz Barry Adams, fundador da consultoria de SEO Polemic Digital. "O termo certo é 'dizimação'." O Google discorda. Segundo a empresa, os AI Overviews têm sido positivos para a internet — e o mesmo se aplica ao Modo IA. O Google afirma que essas ferramentas encaminham usuários a "uma maior diversidade de sites" e que o tráfego é de "qualidade superior", já que os usuários gastam mais tempo nos links que clicam. Para a Google, os AI Overviews têm sido positivos para a internet. Getty Images via BBC No entanto, a empresa não apresentou dados que sustentem essas alegações. Existe um guia de IA para editores curiosos, mas os sites ainda não têm um panorama claro sobre os impactos dos AI Overviews. O Google não respondeu às perguntas sobre esse ponto. E tampouco nega, ao menos diretamente, que as ferramentas de IA estejam reduzindo o volume total de tráfego que o buscador envia para a web. Críticos dizem que a lógica é simples: os AI Overviews e o Modo IA até incluem links, mas se a IA já entrega a resposta que o usuário procura, por que ele clicaria? Os dados parecem corroborar essa lógica. Não acredite apenas em mim — pergunte à IA do Google. Diversas análises indicam que os AI Overviews reduzem o "click-through rate" — a taxa de cliques enviados aos sites — entre 30% e 70%, dependendo do tipo de busca. Outros levantamentos mostram que cerca de 60% das buscas no Google hoje são "zero clique", ou seja, o usuário não visita nenhum link. Especialistas acreditam que uma versão do Modo IA logo se tornará o padrão, o que ampliaria ainda mais o impacto sobre o tráfego — já que a ferramenta elimina por completo a tradicional lista de links. "Estimo que os cliques vindos do Modo IA para a web serão cerca da metade — e isso no melhor cenário", diz Adams. "Acho que muitos usuários vão se contentar com a resposta da IA. Isso pode ser a diferença entre ter um negócio editorial viável e ir à falência. Para muitos editores, será algo dramático." Não se trata apenas de alguns blogueiros perdendo seus empregos. Isso também muda a forma como os próprios usuários interagem com a internet e encontram informações. "A web reúne todas essas comunidades na ponta dos seus dedos — e isso pode desaparecer", diz Gisele Navarro, editora-chefe do HouseFresh, site que publica resenhas de produtos para qualidade do ar. Navarro defende os sites que se sentem marginalizados pelo Google e argumenta que a diversidade de fontes de informação pode diminuir. "É como perguntar a um bibliotecário sobre um livro e ele apenas contar do que se trata, em vez de te entregar o livro", diz. "Aquela sensação de que a internet é uma grande biblioteca para todos nós, acho que isso acabou." Um porta-voz da Google afirma que previsões e análises como essas são inconsistentes. Segundo a empresa, os sites podem perder tráfego por vários motivos, e os estudos que abordam esse tema muitas vezes usam dados enviesados e metodologia falha. "Do nosso ponto de vista, a web está prosperando", disse Nick Fox, vice-presidente sênior de conhecimento e informação da Google, em um podcast recente. "Provavelmente não há empresa que se importe mais com a saúde e o futuro da internet do que a Google." Segundo Fox, a quantidade de conteúdo na web cresceu 45% nos últimos dois anos — excluindo spam. "Vemos isso nos dados", afirmou. "As pessoas ainda estão clicando ativamente." Apesar das garantias, alguns sites estão enfrentando dificuldades com a chegada dos chatbots e das buscas por IA. No ano passado, o HouseFresh foi um dos muitos pequenos negócios digitais que alegaram ter sido prejudicados por atualizações nos algoritmos do Google, que passaram a priorizar marcas conhecidas. Agora, segundo Navarro, a IA está agravando o problema. "Percebemos um pico nas últimas semanas", diz. As impressões — número de vezes que o HouseFresh aparece nas buscas — estão subindo. "Mas, ao mesmo tempo, os cliques estão caindo. O Google mostra nossos links com mais frequência, mas ninguém clica. Isso coincide com os AI Overviews." Segundo a consultoria BrightEdge, os AI Overviews elevaram as impressões em 49% na web, mas os cliques caíram 30%, porque os usuários obtêm suas respostas diretamente da IA. "O Google escreveu as regras, criou o jogo e premiou os jogadores", diz Navarro. "Agora está dizendo: 'Essa é a minha infraestrutura, a web só vive nela'. Acho que isso vai destruir a web aberta como conhecemos. Na verdade, provavelmente já destruiu." Bem-vindo à web das máquinas O maior impacto do Modo IA será na sua experiência diária online. Muitos acreditam que estamos diante de um novo paradigma: o surgimento da "web das máquinas". Um futuro em que os sites são construídos para serem lidos por IAs, e resumos produzidos por chatbots se tornam a principal forma de consumir informação. Demis Hassabis, chefe do Google DeepMind, o laboratório de pesquisa em IA da empresa, afirmou em uma entrevista recente que acredita que os editores vão querer alimentar diretamente os modelos de IA com seus conteúdos — e que alguns talvez nem se preocupem mais em publicá-los em sites acessíveis a humanos. "Acho que as coisas serão bem diferentes daqui a alguns anos", disse. Seria um mundo em que as respostas estariam sempre à mão. Mas isso também poderia significar o fim de elementos que tornaram a web aberta tão popular: a chance de cair em buracos de coelho digitais, de se deparar com algo inesperado ou encantador, de descobrir o novo. Em entrevista ao podcast Decoder, Pichai afirmou que, no fim das contas, tudo dependerá do que os usuários preferirem. 'É uma reinvenção completa da busca', diz Sundar Pichai. Getty Images via BBC Matthew Prince, CEO da Cloudflare — empresa que oferece serviços de rede para quase um quinto da internet — vê um problema ainda maior: "Robôs não clicam em anúncios", diz. Se a IA vira o público, como os criadores serão remunerados? Uma possibilidade é a compensação direta. O New York Times está licenciando seu conteúdo para a Amazon treinar IA. O Google paga US$ 60 milhões por ano ao Reddit para usar dados dos usuários em seus modelos. Diversos grandes conglomerados de mídia também assinaram acordos semelhantes com a OpenAI e outras empresas. Mas, até agora, só gigantes com muito conteúdo têm conseguido esses contratos. "Não acho que pagar por conteúdo dessa forma seja um modelo viável em escala suficiente para sustentar a internet", diz Tom Critchlow, vice-presidente executivo da empresa de tecnologia publicitária Raptive. "É difícil ver isso como substituto da queda nos cliques." Se for mais difícil ganhar dinheiro na web, Adams e outros preveem um êxodo em massa para as redes sociais. Para muitos, como Navarro, isso já está acontecendo. O HouseFresh migrou para o YouTube. Mas Navarro diz que os algoritmos das redes são ainda mais instáveis, e as plataformas forçam os criadores a sacrificar profundidade e detalhamento em nome do espetáculo. "Não há incentivo para construir o mesmo conteúdo de alta qualidade", afirma. "Tudo vira monetização e transição. Você é forçado a informar menos e vender mais." Para Navarro, a perda de autonomia que os editores tinham na web resulta em conteúdo de qualidade inferior para o público. É claro que há outros mecanismos de busca — como o Bing, da Microsoft, que também está integrando IA. Mas os concorrentes menores têm participação de mercado tão reduzida que dificilmente conseguirão abalar a economia digital — e muitos também estão adicionando ferramentas próprias de IA. A "web das máquinas", se é mesmo para onde estamos indo, pode ser mais fechada, menos diversa e, em certo sentido, mais plana para quem navega online. Mas nem todos estão em pânico. "Não estou preocupada no sentido de que isso é uma evolução", diz a professora Dame Wendy Hall, cientista da computação da Universidade de Southampton (Inglaterra) e uma das pioneiras que ajudaram a desenhar a arquitetura precursora da World Wide Web, nos anos 1980. "A IA agora entra na equação e vai mudar toda a dinâmica. Não quero prever exatamente o que vai acontecer", afirma. "A web ainda existe e ainda é aberta. Se o Google seguir por esse caminho, alguém vai ter uma ideia brilhante para criar um novo modelo de monetização. Algo vai acontecer. Mas, para muita gente ao longo do caminho, será tarde demais." O que os usuários querem Não há dúvida de que o Modo IA é uma peça tecnológica impressionante. Ele utiliza um "método de ramificação", no qual a IA divide sua pergunta em subtemas e realiza múltiplas buscas simultâneas. Segundo a Google, isso permite recomendar fontes mais diversas, produzir respostas mais profundas para perguntas complexas e possibilitar perguntas de acompanhamento. De acordo com a empresa, as reações aos AI Overviews indicam que o Modo IA será extremamente popular. "À medida que as pessoas usam os AI Overviews, vemos que elas ficam mais satisfeitas com os resultados e buscam com mais frequência", disse Pichai na conferência de desenvolvedores. "É um dos lançamentos mais bem-sucedidos da busca na última década." Em outras palavras, a Google afirma que isso melhora seu buscador — e é o que os usuários querem. Mas isso não justifica nada, diz Danielle Coffey, presidente da News/Media Alliance, associação que representa mais de 2.200 veículos de jornalismo e mídia (a BBC é membro da entidade). "A Google não tem o direito de tomar essa decisão de negócio em nome das pessoas que produzem os bens que estão sendo vendidos." O problema, segundo Coffey e outros, é que os editores não têm escolha. Documentos internos divulgados em um processo judicial mostram que a Google optou por "atualizar silenciosamente" suas regras, de modo que, ao participar da busca, os sites automaticamente autorizam o uso de seu conteúdo para treinar IA. É possível optar por sair — mas só se o site também sair completamente dos resultados do buscador. Um porta-voz da Google diz que esses documentos refletem discussões preliminares e não representam as decisões finais da empresa — e que os editores sempre controlaram se seu conteúdo está ou não disponível no Google. A empresa afirma ainda que oferece ferramentas para que os administradores decidam se querem ou não permitir que seu conteúdo seja usado nas respostas do Modo IA e dos AI Overviews. "As respostas da IA são um substituto para o produto original", reforça Coffey. "Não vejo isso como uma proposta de negócio que aceitaríamos voluntariamente." Nos últimos 12 meses, tribunais dos EUA concluíram que a Google opera não um, mas dois monopólios ilegais: nas áreas de busca online e publicidade digital. Ainda não se sabe quais serão as consequências, mas uma cisão da empresa está no horizonte — o que pode enfraquecer o domínio da Google sobre a internet. A empresa diz que discorda das decisões judiciais e pretende recorrer. Argumenta que enfrenta forte concorrência e que uma divisão prejudicaria os consumidores e frearia a inovação. Mas o domínio da Google talvez já esteja começando a se desgastar. Durante os julgamentos, o executivo da Apple Eddy Cue afirmou que as buscas feitas via Safari caíram pela primeira vez em 22 anos — provavelmente porque os usuários estão preferindo chatbots de IA. A Google, por sua vez, disse em comunicado que continua vendo crescimento nas buscas, inclusive em dispositivos Apple. Uma pesquisa recente mostrou que quase 72% dos americanos usam, às vezes, ferramentas de IA como o ChatGPT no lugar de buscadores. "Acho que a gente aprende mais quando faz a busca por conta própria", diz Mike King, fundador da agência de SEO iPullRank. "Mas muita gente sente que não precisa de tudo isso." A IA pode ter custos significativos. "Ela vai criar mais bolhas de filtro, porque agora é o Google interpretando a informação em vez de apenas apresentá-la", diz King. Pesquisas indicam que chatbots de IA tendem a funcionar como câmaras de eco. "A informação que você espera receber será reforçada", afirma. O Modo IA vai provocar mudanças massivas no mundo online — para o bem ou para o mal. Serenity Strull/ BBC/ Getty Images E há também preocupações centrais sobre a qualidade das respostas. Alguns estudos sugerem que os "delírios" da IA (respostas absurdas) estão se tornando mais frequentes à medida que os sistemas evoluem. Até mesmo Sundar Pichai disse, em entrevista a um podcast, que os delírios são "uma característica inerente" da tecnologia — embora a Google esteja tentando ancorar as respostas nos métodos tradicionais de busca e afirme que a precisão está melhorando. Segundo a empresa, a grande maioria das respostas com IA é factual e tem precisão comparável a outras ferramentas do buscador. Ainda assim, os deslizes iniciais — como quando os AI Overviews sugeriram que usuários comessem pedras ou colocassem cola na pizza — permanecem na memória do público. A Google age rapidamente para corrigir erros, mas, numa quinta-feira recente de 2025, um ano após o lançamento da ferramenta, a IA afirmou que não era quinta-feira — nem 2025. "Meu erro." Pesquisas indicam que a IA pode até reforçar desinformações que ela mesma inventa — criando o que cientistas da computação chamam de "chat chambers". Um porta-voz da Google afirma que a IA da empresa é projetada para corresponder aos seus interesses sem limitar o que você encontra na web. Embora o espectro da web das máquinas assuste muitos dos que constroem e dependem da internet, a Google pinta um cenário vibrante. "Daqui a cinco anos, vocês ainda verão o Google direcionando muito tráfego para a web. Esse é o caminho do produto com o qual estamos comprometidos", disse Pichai ao Decoder. A Google afirma à BBC que sua visão é de uma IA que amplia a busca, melhora os tipos de perguntas que os usuários podem fazer e expande as oportunidades de criação e descoberta de conteúdo — embora talvez de outras maneiras. "Não vou prever o que vai acontecer, porque o futuro, claro, é multifatorial", diz Cory Doctorow, defensor histórico da tecnologia e autor do livro a ser lançado Enshittification ("Bostificação", em tradução livre), sobre a decadência das plataformas online. "Mas, se eu ainda fosse alguém que valorizasse o Google como forma de encontrar informações ou de ser encontrado, estaria realmente preocupado com isso." Mas ele também vê uma oportunidade para que usuários pressionem por mudanças. "É uma crise que não deveríamos desperdiçar", diz Doctorow. "A Google está prestes a fazer algo que vai deixar muita gente furiosa. Minha primeira reação é: 'Ótimo. O que podemos fazer para canalizar essa raiva?' É uma chance de construir uma coalizão." Alguns não estão esperando pela visão d\ Google se concretizar — ou pela ação de reguladores. Matthew Prince, da Cloudflare, defende uma intervenção direta. Seu plano é fazer com que a Cloudflare e um consórcio de editores de todos os portes bloqueiem rastreadores de IA, a menos que as empresas de tecnologia paguem pelo conteúdo. É uma tentativa ousada de "redefinir o que é permitido online" e forçar o Vale do Silício a negociar pelo uso dos dados que alimentam seus modelos. A Google não respondeu a perguntas sobre essa proposta. "Meu cenário mais otimista", diz Prince, "é aquele em que os humanos acessam o conteúdo gratuitamente — e os bots pagam caro por ele." Navarro diz que é difícil não sentir saudade do que talvez esteja se perdendo — mesmo que algo novo e incrível possa surgir. "Aquela internet acontecia quando várias pessoas se conectavam por assuntos que importavam para elas", lembra, falando sobre um site de fã que criou quando criança, em espanhol, para a banda Queen. "Eu procurava conteúdo sobre o Queen e não encontrava quase nada em espanhol. Então resolvi criar. Comecei a alimentar a web quando tinha 10 anos, porque sentia que podia fazer isso", afirma. "Quero acreditar que isso não é o fim." Thomas Germain é repórter sênior de tecnologia na BBC. Cobre IA, privacidade e as fronteiras da cultura digital há quase uma década.