
Solteiros têm mais risco de depressão, diz estudo
Um novo estudo revela fatos interessantes sobre a saúde mental de casados e solteiros
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Phoebe Gates, de 22 anos, quer transformar o setor da moda digital com inovação e humildade na liderança
Juliana Marins tem 26 anos, é publicitária e mora em Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Segundo a família, fazia a trilha com guias de uma agência de turismo local no Monte Rinjani. Brasileira que caiu em trilha perto de vulcão Jornal Nacional Na Indonésia, deve recomeçar nas próximas horas, a operação de resgate de uma brasileira que se acidentou em uma trilha perto de um vulcão. Juliana Marins passou as últimas 24 horas aguardando o resgate, em um local de difícil acesso, em uma área íngreme, de terreno rochoso. Ela caiu quando fazia uma trilha no Monte Rinjani, na ilha de Lombok, na Indonésia. Na área fica um vulcão. "A gente tinha uma noção que ela tinha caído mais ou menos uns 300, 500 metros depois de umas escorregadas. Mas com a visão total, parece que ela avançou mais de 1 km pra baixo. Então, o local é gigantesco, é muito grande. A gente não sabe se ela se machucou. Não sabe como estão as condições físicas dela, mentais", diz Mariana Marins, irmão da Juliana. Juliana Marins tem 26 anos, é publicitária e mora em Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Segundo a família, fazia a trilha com guias de uma agência de turismo local. O Monte Rinjani tem 3. 700 m de altitude. Uma expedição por ele costuma levar de três a quatro dias. "No momento dessa queda, o resto do grupo seguiu viagem. Tinha dois guias, então o resto foi embora. E um guia ficou, graças a Deus, ficou. Ele que chamou o resgate". A família soube do acidente por um grupo de espanhóis que passou pelo local. Eles encontraram a irmã de Juliana em uma rede social. Os espanhóis usaram um drone para fazer as imagens. "Ela parece muito assustada", diz a pessoa que divulgou o vídeo. Foram mais de 15 horas do momento da queda até a chegada da primeira equipe de salvamento. Eles deram comida e água para a Juliana. Mas as condições climáticas impediram que ela fosse retirada. A brasileira passou a noite aguardando o resgate. A Indonésia está 10 horas a frente do horário de Brasília. "Vão retirar ela provavelmente com uma maca, ali com as cordas mesmo de rapel. A gente está vendo como vamos fazer para levar a Juliana daquela região inóspita, de muito difícil acesso, que é o vulcão, até o hospital da cidade". Lucas Ramalho é montanhista experiente e já subiu o Rinjani. "Ele é um vulcão difícil de subir, até pelo tipo de solo. Então, você dá dois passos e desce um, dá dois passos e desce um, porque você vai escorregando com essas pedras. É um risco, um risco muito alto ali'. LEIA TAMBÉM Mochileira, publicitária e de Niterói: quem é a brasileira que caiu em trilha e espera resgate na Indonésia Montanhistas chegam até brasileira que caiu em trilha na Indonésia após 16 horas de espera: 'Deram comida e água', diz irmã Irmã de brasileira que caiu em trilha na Indonésia diz que jovem está escorregando: 'Talvez não sobreviva, está cada vez mais fraca'
Declaração da emissora estatal ocorre após ataque dos EUA a instalações nucleares iranianas, que intensificou as tensões na região do Oriente Médio. Trump diz que EUA atacaram instalações nucleares no Irã Um comentarista da televisão estatal iraniana afirmou que, após o recente ataque dos Estados Unidos contra instalações nucleares do Irã, "todo cidadão americano ou militar na região é agora um alvo legítimo". A TV estatal também exibiu um gráfico intitulado "Dentro do alcance de fogo do Irã", mostrando bases dos EUA destacadas em todo o Oriente Médio. O comentarista também deixou um recado ao presidente americano: "Trump, você começou. Nós vamos terminar." TV estatal iraniana exibiu um gráfico intitulado "Dentro do alcance de fogo do Irã" mostrando bases dos EUA destacadas em todo o Oriente Médio X/ Reprodução Neste sábado (21), os EUA atacaram três instalações nucleares iranianas, incluindo Fordow, Natanz e Esfahan. O Irã confirmou os ataques. A operação americana acontece após uma semana de combates aéreos entre Israel e Irã. Siga TEMPO REAL sobre entrada dos EUA no conflito Fordow: a montanha que protege o programa nuclear do Irã alvo de Israel Israel havia anunciado uma ofensiva para destruir alvos nucleares iranianos, e o Irã retaliou com mísseis contra cidades como Tel Aviv, Haifa e Jerusalém. Trump usou suas redes sociais para afirmar: "Concluímos com muito sucesso nosso ataque aos três locais nucleares no Irã, incluindo Fordow, Natanz e Esfahan". "Parabéns aos nossos grandes guerreiros americanos. Não há outro exército no mundo que pudesse ter feito isso. Agora é a hora de paz", completou. Trump disse ainda que “Fordow se foi”, explicando que uma carga completa de bombas foi lançada sobre o local. Fordow é considerada a principal instalação nuclear localizada ao sul de Teerã, no Irã. Considerada a instalação nuclear mais fortificada do Irã, foi construída estrategicamente dentro de uma montanha para protegê-la de ataques aéreos de adversários. (Saiba mais no vídeo abaixo) Fordow: por que o programa nuclear do Irã está escondido embaixo de uma montanha? Post de Trump na Truth Social em que ele afirma: "Fordow se foi", após anunciar ataque dos EUA a instalações nucleares no Irã. Truth Social/ Reprodução Segundo a agência Reuters, os EUA utilizaram aviões B-2 Spirit, capazes de transportar bombas de grande porte, para o ataque. O bombardeio em Fordow envolveu seis bombas para destruir bunkers, enquanto as outras instalações foram atacadas com cerca de 30 mísseis Tomahawk, segundo a Fox News. Trump garantiu que as aeronaves já deixaram o espaço aéreo iraniano e retornavam em segurança. Para ele, "esse é um momento histórico para os Estados Unidos, Israel e o mundo" e “o Irã agora deve concordar em acabar com esta guerra”. O Irã tem enriquecido urânio na planta nuclear subterrânea de Fordow Planet Labs Inc. via AP/picture alliance Impacto da entrada dos EUA no conflito Trump já tinha indicado que os EUA, que apoiam Israel, poderiam se envolver diretamente no conflito. Em fevereiro, ele retomou a política de "pressão máxima" contra o Irã para forçar negociações sobre armas nucleares. Na terça-feria (17), Trump afirmou que "já tinha o controle do céu do Irã" e revelou saber onde o líder iraniano Ali Khamenei estaria, dizendo que não o mataria “por enquanto”, mas que sua paciência estava acabando. Na quinta-feira (19), ele disse que deve decidir em até duas semanas sobre a entrada dos EUA no conflito entre Israel e Irã. Especialistas consultados pelo g1 na quarta-feira (18) afirmam que a participação americana pode expor as fragilidades internas do Irã. Priscila Caneparo, doutora em Direito Internacional, destacou que os EUA são os únicos capazes, no cenário mundial, de neutralizar o programa nuclear iraniano, devido ao seu poderio, diferentemente de Israel. Guga Chacra: 'É a primeira vez que os EUA bombardeiam o Irã desde 1979' Trump diz que EUA atacaram três instalações nucleares do Irã
Presidente americano disse que aeronaves americanas já estão fora do espaço aéreo iraniano. Irã confirma ataque à sua principal unidade nuclear. Os Estados Unidos entraram na guerra entre Israel e Irã ao bombardear, neste sábado (21) três instalações nucleares iranianas. O Irã confirmou os ataques. O ataque foi confirmado pelo presidente Donald Trump. A operação acontece após uma semana de combates aéreos entre Israel e Irã. Nos últimos dias, Israel já tinha anunciado uma operação para destruir alvos nucleares iranianos. O Irã retaliou com mísseis contra cidades como Tel Aviv, Haifa e Jerusalém. Ataque inédito Para o comentarista da TV Globo e da GloboNews Guga Chacra, é um momento histórico. Guga Chacra: 'É a primeira vez que os EUA bombardeiam o Irã desde 1979' “É a primeira vez que os Estados Unidos bombardeiam o território iraniano desde o rompimento das relações entre os dois países na Revolução Islâmica de 1979.” Ele aponta que, dentre todos os presidentes que passaram pela Casa Branca desde o final da década de 1970, nunca houve um ataque ao território iraniano dessa magnitude. Contudo, o comentarista afirma que Trump não pretende uma guerra aberta e nem uma mudança de regime, como aconteceu com o Iraque. “Foi um bombardeio pontual. As forças dos EUA já saíram e Trump pediu para o Irã encerrar o conflito. Ele tenta agradar tanto os falcões, que defendem o ataque ao Irã, quanto a ala isolacionista, que não quer repetir os erros do Iraque e do Afeganistão. A ideia é evitar que milhares de americanos morram num conflito que, no fim, não leve a nada.” Chacra afirma que o Irã pode responder ao ataque de algumas maneiras: "O Irã pode optar por não fazer nada, o que seria uma capitulação humilhante para o regime. Ou pode escalar — atacando bases americanas no Catar ou no Bahrein, o que é arriscado. Há também o Iraque, onde há tropas americanas e milícias xiitas aliadas do Irã. Esses grupos podem agir como resposta indireta. Foi assim em 2020, quando os EUA mataram o general Qassem Soleimani. O Irã retaliou com ataques dentro do Iraque." 'Não faz sentido atacar e depois divulgar mensagem de paz' O comentarista da GloboNews Marcelo Lins que ainda há incerteza sobre os próximos passos do conflito após o ataque americano porque, segundo ele, "o que Donald Trump diz não se escreve" e que a decisão dele pode ser vista como "irresponsável". "Dias atrás, Trump havia declarado que esperaria até a semana que vem para decidir sobre a entrada dos EUA no conflito. O que Trump diz não se escreve." Há também, para ele, uma contradição em tudo o que Trump diz e age: "Não faz sentido atacar com tamanha força e, ao final, divulgar nas redes sociais a mensagem: ‘É hora da paz’." Lins também afirma que pode ser iniciada uma guerra aberta. "As características cada vez mais se desenham como uma guerra aberta: uma potência militar ataca outra que não a atacou diretamente. A decisão americana é ousada e pode, a depender da resposta iraniana, ser vista como irresponsável." Ainda, por mais que o Irã não ataque os EUA, isso pode gerar uma onda de ações indiretas contra o país. "O ataque pode provocar uma onda de ações indiretas do Irã — com milícias, grupos armados e atentados. Não faltam alvos americanos no Oriente Médio: bases militares, embaixadas, escolas internacionais. Também há o risco de alvos israelenses e até ataques contra comunidades judaicas no exterior." O comentarista afirma que, se de fato os EUA atacaram usinas nucleares iranianas, há risco de contaminação. "Se o ataque atingiu de fato instalações como Fordow, com material radioativo, há risco de vazamento e nuvem radioativa." Recado foi dado Nelson Franco Jobim, mestre em relações internacionais, explica que os EUA já estavam no conflito mas apenas ajudando Israel a se defender. Agora, a questão é como o Irã vai retaliar. "O recado foi: 'fizemos o que Israel não pode fazer — agora é hora de negociar'. Se o Irã atacar soldados norte-americanos no Oriente Médio, os EUA devem entrar com força total na guerra. Essa é a sinalização que Trump deu." Trump diz que fez ataques a usina nuclear iraniana
O piloto de avião necessita de documentação específica, mas será que uma habilitação de trânsito vale para o céu? O post Piloto de avião precisa de CNH? Saiba quais os documentos obrigatórios na aviação apareceu primeiro em Olhar Digital.
Mais cedo neste sábado (21), o presidente Donald Trump conversou com o presidente russo Vladimir Putin. EUA decidem enviar aviões capazes de destruir uma das principais usinas nucleares do Irã Jornal Nacional Mais cedo, o presidente Donald Trump conversou com o presidente russo Vladimir Putin sobre o conflito no Oriente Médio. Nono dia de conflito armado. No campo de batalha, os ataques recíprocos entre Israel e Irã continuaram. Israel matou três comandantes da Guarda Revolucionária Iraniana. Um deles era o veterano Saeed Izadi, acusado de financiar e armar o grupo terrorista Hamas para o atentado de 7 de outubro de 2023. Bases de lançamento de mísseis iranianos também foram atingidas. E as instalações nucleares de Isfahan pela segunda vez. A Agência Internacional de Energia Atômica confirmou que uma fábrica de centrífugas foi bombardeada, mas disse que não havia material nuclear lá dentro e, portanto, o ataque não terá consequências radiológicas. O Irã mandou drones e mísseis que foram interceptados, mas alguns atingiram prédios israelenses. O Ministério da Saúde do Irã informou que pelo menos 430 pessoas morreram e 3.500 ficaram feridas nos ataques aéreos israelenses desde o início das hostilidades, em 13 de junho. Em Israel, são 25 mortos e 1,5 mil feridos até agora. No campo diplomático, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, disse que não há espaço para negociações com os Estados Unidos, enquanto os ataques israelenses continuarem. O presidente russo, Vladimir Putin, conversou neste sábado (21) com o presidente americano Donald Trump por 50 minutos. Putin condenou a operação militar israelense contra o Irã e expressou preocupação com os riscos de uma escalada, com consequências imprevisíveis para o Oriente Médio, informou o Kremlin. Trump, por sua vez, descreveu os eventos na região como muito alarmantes. Os dois líderes disseram que não descartam um retorno à negociação sobre o programa nuclear iraniano. Com medo de ser assassinado, o aiatolá Ali Khamenei, comandante maior do Irã, teria indicado três nomes à sua sucessão. Um dos seus filhos estaria entre eles. Mas há quem afirme que não, que três religiosos teriam sido indicados. Khamenei pode estar escondido em um bunker subterrâneo, com toda a família. VEJA TAMBÉM
Zhenhao Zou, de 28 anos, um estudante de doutorado, foi acusado de drogar e estuprar dez mulheres no Reino Unido. As autoridades acreditam que o número de vítimas possa ser maior.
É a primeira vez que o país faz um ataque direto no conflito entre Irã e Israel. Estados Unidos entram na guerra e bombardeam instalações nucleares do Irã O presidente Donald Trump anunciou na noite deste sábado (21) que os Estados Unidos atacaram instalações nucleares no Irã. É a primeira vez que o país faz um ataque direto no conflito entre Irã e Israel. A Sandra Coutinho trouxe todas as informações de Nova York. O presidente Donald Trump fez esse anúncio pela rede social dele, a Truth Social, e, no texto, ele diz exatamente o seguinte: “Nós acabamos de completar um ataque de sucesso a três instalações do Irã, incluindo Fordow, Natanz e Isfahan. Todos os aviões já estão fora do espaço aéreo iraniano.” Portanto, ele esperou que os aviões saíssem do espaço aéreo iraniano para informar a população americana sobre o que estava acontecendo. Segundo ele, uma grande quantidade de bombas foi jogada na principal instalação nuclear do Irã, que é Fordow. Não se sabe ainda se esses aviões irão diretamente para os Estados Unidos ou se vão pousar em algum porta-aviões. Eles têm porta-aviões, neste momento, no Golfo Pérsico. Não sabe exatamente qual é o trajeto desses aviões. Trump dá parabéns aos “grandes guerreiros americanos” e disse que não havia outra solução. Nenhuma outra força militar no mundo é tão poderosa. E completa: “Agora é tempo para paz. Muito obrigado pela sua atenção". Diretamente da rede social de Donald Trump, há uma sequência de informações. Logo depois, ele postou: “Fordow is gone” — Fordow está destruída, já foi, já acabou, digamos. Fordow, que é essa principal instalação nuclear, fica a 80 metros de profundidade, debaixo de uma montanha. Tem 3.000 centrífugas. Foi lá que a Organização Internacional de Energia Atômica detectou que havia enriquecimento de urânio no nível de 83,7%, para fazer uma bomba nuclear. Para se ter uma ideia, é necessário enriquecer urânio a 90%, numa pureza de 90%. Aí, sim, é possível fabricar uma bomba nuclear. Então, logo depois, Donald Trump... Numa terceira postagem, Donald Trump avisa que vai se dirigir à nação em um pronunciamento às 22h. E ele diz que este é um momento histórico para os Estados Unidos, para Israel e para o mundo, e que o Irã agora precisa aceitar que é necessário acabar com essa guerra. No final, ele agradece. Donald Trump tinha dito, na quinta-feira, por meio da porta-voz da Casa Branca, Caroline Leavitt, que iria demorar duas semanas para decidir sobre a entrada dos Estados Unidos, de forma direta, nesse conflito entre Israel e o Irã. Depois desse anúncio, até noticiado no Jornal Nacional, houve um telefonema extremamente tenso entre autoridades israelenses e autoridades americanas. O vice-presidente Jade Vance participou desse telefonema, assim como o secretário de Defesa, Peter Hegseth. Do lado de Israel, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu foi o principal interlocutor. Ele disse que não era possível esperar duas semanas. Portanto, esse anúncio de que Donald Trump iria demorar duas semanas para tomar uma decisão caiu muito mal em Israel e houve esse telefonema extremamente tenso entre a Casa Branca e o governo israelense. Não há confirmação se Donald Trump participou diretamente dessa ligação — são fontes da Casa Branca que deram essas informações. Os dois únicos presentes confirmados foram o vice-presidente Jade Vance e o secretário de Defesa, Peter Hegseth. Nesse telefonema, houve muita tensão entre as duas partes, e Israel disse, basicamente, que começaria os ataques a Fordow, mesmo sem a ajuda dos Estados Unidos. Vamos lembrar: Fordow fica 80 metros abaixo do nível do chão, com uma montanha em cima. A única bomba capaz de destruir uma instalação como essa é uma bomba chamada GBU-57. Ela só pode ser carregada por bombardeiros, por caças americanos que são os B-2. Ao longo da manhã deste sábado (21), nos Estados Unidos, foram dois caças B-2 saindo da base aérea de Whiteman, que fica no estado do Missouri, no centro dos Estados Unidos, e se dirigindo a uma base americana, também uma base aérea, na ilha de Guam, que fica no Pacífico Sul. Qualquer operação aérea dos Estados Unidos contra o Irã teria que ser feita a partir de Guam ou de um porta-aviões baseado no Golfo Pérsico. Então, não se sabe exatamente de onde decolaram esses aviões. O que se sabe é que eles se dirigiram, ao longo do sábado, junto com dois aviões de apoio — aviões de abastecimento. Eles são abastecidos em pleno voo, não precisam pousar para serem reabastecidos. Houve esse deslocamento, e, ao longo do dia, começaram a circular, por fontes da Casa Branca, informações de que Donald Trump talvez não esperasse mais essas duas semanas, como havia afirmado na quinta-feira, e poderia tomar uma decisão antes. Agora, a gente acaba de ter a confirmação de que, realmente, ele tomou essa decisão antes — e esses ataques já aconteceram. Donald Trump anuncia que os Estados Unidos atacaram instalações nucleares no Irã Reprodução/TV Globo
Avião furtivo mais caro do mundo pode lançar bombas de 13 toneladas contra instalações subterrâneas. Estados Unidos entraram na guerra entre Israel e Irã neste sábado. Veja imagens do avião B-2, usado nos ataques dos EUA contra instalações nucleares do Irã O B-2 Spirit, bombardeiro da Força Aérea dos Estados Unidos, é uma dos veículos militares mais avançadas do país. Com tecnologia de ponta, seus recursos de furtividade o tornam capaz de atravessar sistemas sofisticados de defesa aérea, além de conseguir atingir com precisão alvos fortificados, como as instalações nucleares subterrâneas do Irã. O presidente Donald Trump anunciou que os Estados Unidos entraram na guerra entre Israel e Irã, atacando três instalações nucleares iranianas neste sábado (21). "Concluímos com muito sucesso nosso ataque aos três locais nucleares no Irã, incluindo Fordow, Natanz e Esfahan", afirmou em sua rede Truth Social. O ataque acontece após uma semana de combates aéreos entre Israel e Irã. Militares israelenses já tinham anunciado uma operação para destruir alvos nucleares iranianos. O Irã retaliou com mísseis contra cidades como Tel Aviv, Haifa e Jerusalém. Saiba como é a bomba 'destruidora de bunkers' dos EUA ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp O que é o B-2 Spirit? O bombardeiro B-2 Spirit, da Força Aérea dos Estados Unidos, Reuters Com custo estimado em US$ 2,1 bilhões por unidade, o B-2 é o avião militar mais caro já produzido. Fabricado pela Northrop Grumman, ele começou a ser desenvolvido no fim dos anos 1980. A queda da União Soviética reduziu os planos do Pentágono, e apenas 21 unidades foram fabricadas. O B-2 pode voar mais de 11 mil km sem reabastecimento. Com apoio aéreo, tem alcance global e já participou de operações saindo dos EUA com destino ao Afeganistão e à Líbia. Com capacidade para transportar mais de 18 toneladas de armamentos, o bombardeiro pode lançar armas convencionais e nucleares, mantendo sua capacidade furtiva por armazenar todo o armamento em compartimentos internos. Como funciona o bombardeiro B-2 Spirit: Custa cerca de US$ 2,1 bilhões por unidade Produzido pela Northrop Grumman nos anos 1980 Apenas 21 unidades foram fabricadas Pode voar mais de 11 mil km sem reabastecimento Transporta até 18 toneladas de armamentos É invisível aos radares convencionais Saiba qual é a bomba poderosa que Israel estaria pressionando EUA a usar contra Irã Capacidade de destruição Entre os armamentos, o B-2 pode carregar duas bombas GBU-57A/B, conhecidas como "bunker buster", com 13 toneladas cada. Projetada para destruir bunkers reforçados, a arma é guiada por GPS e pode penetrar mais de 60 metros de concreto armado. Bomba MOP Kayan Albertin/Editoria de Arte g1 Outros armamentos O B-2 também pode lançar: JDAMs (Joint Direct Attack Munitions): bombas guiadas por GPS para ataques de alta precisão. JSOWs (Joint Standoff Weapons): bombas planadoras que permitem ataques a longa distância, sem comprometer o sigilo do avião. JASSMs (Joint Air-to-Surface Standoff Missiles): mísseis de longo alcance com tecnologia furtiva, capazes de atingir alvos a mais de 800 km. Papel na estratégia nuclear dos EUA O B-2 é uma das peças-chave da tríade nuclear dos Estados Unidos. Ele pode carregar até 16 bombas nucleares B83, combinando alcance, precisão e furtividade para realizar ataques estratégicos com potencial destrutivo massivo. Uma aeronave fantasma americana B-2 Spirit (esq.) voa ao lado de um jato sobre Pyeongtaek, ao sul de Seul, na Coreia do Sul. A aeronave militar teria participado de uma simulação em que bombardeou um alvo,segundo uma fonte militar. Reuters/Sin Young-keun/Yomhap
Antônio Cláudio Alves Ferreira, condenado a 17 anos de prisão, passou para o semiaberto na terça-feira (17). Na quinta, o ministro do STF Alexandre de Moraes revogou a decisão do juiz de Minas. Homem que destruiu relógio no 8 de janeiro volta para o presídio Jornal Nacional O homem que destruiu um relógio do século 17 no Palácio do Planalto, durante os atos golpistas de 8 de janeiro, voltou para o presídio de Uberlândia, no Triângulo Mineiro. Antônio Cláudio Alves Ferreira, condenado a 17 anos de prisão, passou para o semiaberto na terça-feira (17). Na quinta, o ministro do STF Alexandre de Moraes revogou a decisão do juiz de Minas e mandou investigar a conduta do magistrado. LEIA TAMBÉM Juiz que mandou soltar homem que quebrou relógio no 8 de janeiro será ouvido em cinco dias, decide Moraes Abin paralela: PGR vai analisar relatório da PF e definir destino da investigação; entenda Polícia Federal prende, em Goiás, homem que quebrou relógio histórico do Palácio do Planalto
Cerca de 125 cidades gaúchas tiveram prejuízo por causa da chuva. Em Porto Alegre, o nível do Lago Guaíba – onde deságuam rios de várias regiões do estado – segue subindo. Chuva diminui no RS, mas 7,3 mil pessoas ainda estão fora de casa Jornal Nacional Depois de mais de uma semana, a chuva diminuiu no Rio Grande do Sul. Mas, além das três mortes, 7,3 mil moradores ainda estão fora de casa. Em Porto Alegre, o nível do Lago Guaíba – onde deságuam rios de várias regiões do estado – segue subindo. Por enquanto, não há previsão de que ultrapasse a cota de inundação. Na região das ilhas, o alerta é maior – a área costuma ser a primeira a sofrer com alagamentos. A Luciara já levantou tudo o que pôde dentro de casa. "A gente sempre criou os filhos aqui, morou aqui. E isso não era o que tá acontecendo agora. Antes ela vinha, dava uma corridinha, as crianças brincavam e ela ia embora. Agora, é uma coisa persistente, que entra e destrói tudo", diz a pescadora Luciara Figueiredo. Em Eldorado do Sul, na região de Porto Alegre, quatro bairros foram atingidos por alagamentos. Essa é uma das regiões mais impactadas. O Rio Jacuí, que passa aqui perto, avançou em direção à cidade. Neste sábado (21), ao longo do dia, centenas de famílias saíram de casa com medo do avanço da água. "É uma sensação horrível, porque a gente nem se recuperou ainda da enchente do ano passado e agora a gente tem que passar por tudo isso de novo. A gente não conseguiu tirar nada de dentro de casa, né, a gente tá saindo só com as roupa", comenta a auxiliar de limpeza Ana Maria da Silva. Cerca de 2.000 pessoas foram impactadas por alagamentos na cidade. "Acho que já é uma terceira, quarta enchente, né, que a gente passa por isso aí, né. Não é fácil, mas a gente vai… tem que tocar a vida, né? Fazer o quê?", afirma a cuidadora de idosos Deise Escalante. 125 cidades gaúchas tiveram prejuízo por causa da chuva. O Rio Jacuí, em Cachoeira do Sul, passou neste sábado dos 26 metros – a segunda maior cheia da história, segundo a prefeitura. 600 moradores saíram de casa. "Perdi minhas coisas, meus roupeiros… o fogão, quebra… quebra o vidro ali, quebra… nesse vai e vem, sempre tem as perdas", afirma a cozinheira Cleusa Simão. Em maio de 2024, a Luana teve a casa atingida. Ela iria se mudar para uma nova residência. Mas a cheia alterou os planos. "Eu fiz uma cirurgia, eu achei que eu ia sair da minha casa pra casa nova, e agora tô aqui no abrigo. Eu não posso estar caminhando muito, tem que ter um cuidado bem diferente. Para mim a situação tá horrível, sinceramente", destaca a dona de casa Luana Maciel. Em Santa Maria, 40 famílias estão ilhadas por causa da cheia do Rio Vacacaí. A Defesa Civil entregou água e comida. O som da sirene alerta aos moradores de Alegrete sobre o nível do Rio Ibirapuitã. 400 moradores estão em oito abrigos. Em Santa Cruz do Sul, cerca de 600 famílias chegaram a sair de casa por conta da cheia do Rio Pardinho. Muitas já conseguiram retornar. O sábado foi assim: de mutirão para retomar a rotina. "Bens materiais dessa vez não perdi nada. Então estou limpando devargazinho. Temos que seguir a vida com proteção divina, com a ajuda dos amigos e vizinhos", diz o aposentado Xavier Panke. LEIA TAMBÉM Chuva no RS: mais de 7 mil pessoas estão fora de casa e 125 cidades sofrem prejuízos; há 3 mortos e 1 desaparecido Político, jovem de 21 anos e funcionária de empresa de bolsas: quem são as 3 vítimas das enchentes no RS Porto Alegre inicia fechamento de três comportas para evitar cheias, informa prefeitura
Presidente americano afirmou que país concluiu ataques a três locais nucleares no Irã, incluindo Fordo, Natanz e Isfahan Donald Trump afirmou na noite deste sábado (21/6) que os Estados Unidos concluíram ataques a três locais nucleares no Irã, i REUTERS/Ken Cedeno Donald Trump afirmou na noite deste sábado (21) que os Estados Unidos concluíram ataques a três locais nucleares no Irã, incluindo Fordo, Natanz e Isfahan. "Concluímos com muito sucesso nosso ataque aos três locais nucleares no Irã, incluindo Fordo, Natanz e Isfahan. Todos os aviões já estão fora do espaço aéreo iraniano", escreveu ele na rede Truth Social. Siga TEMPO REAL sobre entrada dos EUA no conflito B-2 Spirit: o avião usado para lançar as bombas contra instalações nucleares do Irã Trump acrescentou que uma "carga completa de bombas" foi lançada sobre Fordo e que todas as aeronaves estavam retornando aos EUA. Neste sábado, o exército dos EUA enviou bombardeiros furtivos B-2 para Guam, território americano no Oceano Pacífico, segundo reportagens da imprensa americana. Essas grandes aeronaves são consideradas as únicas capazes de transportar armas com potencial para atingir a instalação nuclear mais protegida do Irã, localizada sob uma montanha. Fordow: por que o programa nuclear do Irã está escondido embaixo de uma montanha? Autoridades dos EUA não comentaram se o deslocamento tem relação com o conflito no Oriente Médio. A movimentação também não foi confirmada de forma independente pela BBC. Na sexta-feira, Trump disse que daria ao Irã no máximo duas semanas para chegar a um acordo que limitasse seu programa nuclear e, assim, evitar ataques americanos. Em entrevista exclusiva à BBC na quinta-feira (19), o vice-ministro das Relações Exteriores do Irã, Saeed Khatibzadeh, alertou sobre as consequências caso os Estados Unidos entrem no conflito. Ele afirmou que, se os Estados Unidos se juntarem a Israel na ofensiva contra o Irã, haverá "um inferno em toda a região". Falando à jornalista da BBC Lyse Doucet, Khatibzadeh disse que, se Trump decidir participar do conflito, será lembrado por ter entrado em "uma guerra que não era dele". O conflito entre Israel e Irã já está no décimo dia sem sinais de trégua GETTY IMAGES O conflito entre Israel e Irã entra no décimo dia sem sinais de trégua. Israel informou ter lançado novos ataques contra o sul e o centro do Irã, com alvos como um "depósito de armas" e "infraestrutura militar". A mídia estatal iraniana disse que, como resposta, as defesas aéreas foram acionadas no sul do país e que drones israelenses estavam sendo "monitorados" e "destruídos". Mais cedo, Israel afirmou ter matado três altos comandantes iranianos, incluindo Saeed Izadi — descrito como um dos arquitetos dos ataques de 7 de outubro — e o comandante da Força Quds, Behnam Shahriyari. A agência nuclear da ONU confirmou que Israel atingiu a instalação de Isfahan, no centro do Irã, e o diretor da entidade declarou que o ataque "não terá consequências radiológicas". A equipe da BBC Verify identificou, por imagens de satélite, novos danos a vários edifícios no local. Os ataques contínuos na região foram acompanhados de retórica inflamada, com o presidente iraniano afirmando, segundo a agência estatal IRNA, que o país tem o direito de desenvolver programas nucleares pacíficos. Trump diz que EUA atacaram instalações nucleares no Irã
Ao todo, oito pessoas morreram e 13 sobreviveram. O governo de Santa Catarina decretou luto oficial de três dias. Pelas redes sociais, o governador, Jorginho Mello, lamentou o acidente. Queda de balão em SC: vítimas faziam passeio em família Entre as vítimas da tragédia em Praia Grande, em Santa Catarina, estavam famílias que queriam aproveitar um dos passeios mais famosos do sul do país. Leane Hermann e Leise Parizotto eram moradoras de Blumenau, no Vale do Itajaí. Mãe e filha são duas das oito vítimas do acidente. Leise era médica da rede pública. A irmã dela, Leciane Parizotto, também estava no balão e sobreviveu. A prefeitura de Blumenau lamentou as mortes e se solidarizou com familiares, amigos e colegas. Outra família devastada foi a de Everaldo e Janaína da Rocha. O casal morava em Joinville, na região norte de Santa Catarina, e fazia um passeio em família. Quando o piloto tentou pousar e o balão se aproximou do solo, a filha deles, de 22 anos, pulou e sobreviveu. Os pais ficaram no cesto e morreram. A prefeitura de Joinville declarou que o sentimento na cidade é de consternação. As outras vítimas são: Andrei Gabriel de Melo, médico oftalmologista de Fraiburgo, no meio-oeste catarinense. A prefeitura divulgou nota, se solidarizando com a família. Leandro Luzzi, morador de Brusque, no Vale do Itajaí. Ele era diretor-técnico da Federação Catarinense de Patinação Artística. A federação divulgou nota lembrando que ele era um profissional exemplar e apaixonado pelo que fazia. “Sua ausência deixará uma lacuna irreparável em nossos corações e em nossa modalidade.” Duas das vítimas eram gaúchas. O bancário Fábio Luiz Izycki, natural de Barão de Cotegipe. A engenheira agrônoma Juliane Jacinta Sawicki, nascida em Carlos Gomes. Ela tinha uma empresa em Áurea. A prefeitura de Áurea divulgou uma nota de pesar. O diarista Bernardino de Jesus estava dormindo quando ouviu gritos. Correu para rua e encontrou um rapaz que pulou do balão. “Ele chegou aqui, saiu correndo, se ajoelhou na frente da igreja e rezava. Aí minha mulher estava aqui na área e veio com água e açúcar para ele. Até perguntei para ele se ele queria trocar a roupa e colocar uma roupa minha e ele disse que não queria. E a gente deu um cobertor para ele e ele se enrolou. Aí nisso vinha passando um amigo meu da Praia Grande também e eu falei com ele e pedi para ele levar o rapaz para o hospital”, conta. Cinco sobreviventes foram levados para um hospital de Praia Grande. Três tiveram ferimentos leves e outros dois, queimaduras de segundo grau, nas mãos e no rosto. Todos já foram liberados ao longo da tarde. Uma das prioridades foi o atendimento psicológico. “Eles trouxeram todo o conteúdo angustiante e trágico do fato. Mas os detalhes do ocorrido a gente vai passar para as autoridades policiais para que isso possa servir para as investigações. A gente se restringe a dizer que foram atendidos prontamente a todo o tempo pela equipe do hospital, esse complemento psicológico, clínico e eles foram liberados com segurança para a casa”, diz o psiquiatra Luis Felipe Jardim. O governo de Santa Catarina decretou luto oficial de três dias. Pelas redes sociais, o governador, Jorginho Mello, lamentou o acidente. “Vamos verificar os desdobramentos, o que aconteceu e por que aconteceu", afirmou o governador de Santa Catarina Jorginho Mello. O presidente Lula também se solidarizou com as famílias das vítimas. O pedreiro Deoclides Scheffer Valen mora perto do local do acidente. Ele disse que ouviu gritos e percebeu uma pessoa caindo do balão. “Eu vi a guria se jogando. Ela caiu uns 15 metros na minha frente. Daqui de casa, uns 600 metros mais ou menos para frente, vi o pessoal em pânico, num berreiro, num berreiro. Gritando ‘me ajuda, socorro’. Aí eu olhei e ele estava pegando fogo", comenta. Famílias estão entre as vítimas do acidente com balão em SC Reprodução/TV Globo LEIA TAMBÉM Oito pessoas morrem em queda de balão que pegou fogo em Praia Grande (SC) Mãe e filha, médicos, patinador artístico e casais: quem são os mortos em queda de balão em Praia Grande (SC) Polícia diz que extintor não funcionou em balão que pegou fogo, caiu e matou 8 pessoas em SC
Trump anunciou neste sábado que os EUA atacou três instalações nucleares do Irã. Trump diz que EUA atacaram três instalações nucleares do Irã O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou neste sábado (21) que atacou três instalações nucleares do Irã. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp AO VIVO: Veja as últimas notícias sobre o conflito. ▶️ Contexto: Israel e Irã trocam ataques desde o último dia 13. Militares israelenses anunciaram uma operação para destruir alvos nucleares iranianos. Teerã retaliou lançando mísseis contra cidades como Tel Aviv, Haifa e Jerusalém. Bombardeios deixaram mais de 240 mortos e milhares de feridos nos dois países, segundo balanços oficiais. Instituições independentes indicam que o número de mortos pode ser maior. Trump já havia declarado que, se as negociações fracassassem, poderia atacar o Irã com o apoio de Israel. Dois dias antes do ataque deste sábado, disse que levaria até duas semanas para tomar uma decisão. ? Os Estados Unidos apoiam Israel. Em fevereiro, Trump retomou a política de "pressão máxima" contra o Irã, tentando forçar o país a negociar um novo acordo que impedisse o desenvolvimento de armas nucleares. Guga Chacra: 'É a primeira vez que os EUA bombardeiam o Irã desde 1979' ? Maurício Santoro, doutor em Ciência Política pelo IUPERJ e colaborador do Centro de Estudos Político-Estratégicos da Marinha do Brasil, apontou na última quarta (18) que um eventual ataque americano representaria "um aumento muito grande da escala desse conflito". ? Já para Priscila Caneparo, doutora em Direito Internacional, a entrada dos EUA pode provocar um conflito ainda mais sangrento, com mortes de civis. "O que a gente observa que os Estados Unidos são os únicos atores competentes que teriam o poder num contexto mundial para neutralizar o programa nuclear iraniano, já que possuem artilharia para tanto, diferentemente de Israel." Outros pontos destacados pelos especialistas: O poder militar dos Estados Unidos trará um peso diferente às tensões, avalia Santoro. Somente os americanos, por exemplo, possuem bombas capazes de destruir bunkers do Irã onde estão centros de enriquecimento de urânio. Um ataque a essas estruturas subterrâneas representa um duro golpe no programa nuclear do Irã e é visto como essencial para que Israel consiga atingir seus objetivos no conflito. Entrada dos EUA terá efeito sobre eleitorado? O presidente dos EUA, Donald Trump Ken Cedeno/Reuters Para o professor Maurício Santoro, os sinais que os EUA vinham dando sobre uma entrada no conflito iam além de uma simples demonstração de força. Segundo ele, os deslocamentos de tropas, os tipos de armamentos enviados ao Oriente Médio e o uso de navios especializados em desminagem eram "sinais de uma preparação para guerra". Por outro lado, apesar da potência bélica, uma entrada dos Estados Unidos no conflito pode gerar consequências políticas internas para o governo Trump, segundo a professora Priscila Caneparo. Isso porque o presidente estaria descumprindo promessas de campanha. "A sociedade civil quer um afastamento de problemas justamente correlacionados à guerra, até porque o Trump falou que não iria gastar dinheiro com isso, mas que se preocuparia com problemas internos dos Estados Unidos", explica. "Acho que vai pegar muito mal para ele, em uma perspectiva de não corresponder ao que seus eleitores e a sua base eleitoral estão justamente esperando dele." Já o professor Gunther Rudzit, da ESPM, avalia que o impacto eleitoral pode ser mais limitado. Segundo ele, há muitas especulações sobre os possíveis efeitos negativos para imagem de Trump, mas é preciso lembrar que o republicano já voltou atrás por diversas vezes em suas promessas. “Ele tem um controle sobre a maior parte desse eleitorado do movimento MAGA. Eu não me surpreenderia que, se ele agir militarmente contra o Irã e criar toda uma nova narrativa, o eleitorado aceite isso", analisa. O impacto para o Irã Um incêndio atinge depósitos de petróleo de Shahran, no Irã, em meio a ataques aéreos de Israel Atta Kenare/AFP Os especialistas ouvidos pelo g1 apontam que a entrada dos EUA no conflito expõe ainda mais as fragilidades internas do Irã. Gunther Rudzit afirma que o fim do programa nuclear iraniano também é de interesse do governo americano. "Por mais que o secretário de Defesa não queira se envolver em mais uma guerra no Oriente Médio, não tem como não ajudar o governo israelense a eliminar esse programa nuclear, que há muito tempo representa uma ameaça aos Estados Unidos", afirma. "O equipamento militar americano está saindo ainda mais valorizado do que antes." Para Priscila Caneparo, uma operação militar americana coloca em xeque o programa nuclear iraniano. "Os Estados Unidos são os únicos atores competentes que teriam o poder, no cenário internacional, para neutralizar o programa nuclear iraniano, já que possuem artilharia para tanto, diferentemente de Israel", explica. Do ponto de vista estratégico, Santoro esclarece que, em um primeiro momento, a motivação central dos EUA no conflito seria interromper o programa nuclear iraniano. Por outro lado, há sinais de que os americanos também pretendem derrubar o regime dos aiatolás. "Se o regime sobreviver a essa guerra, vai sair muito fragilizado. Existe um descontentamento muito grande da população, que pede por reformas e mudança política", afirma o professor Maurício Santoro. Caneparo ressalta que um possível colapso do regime dos aiatolás poderia gerar uma radicalização ainda mais profunda na região e aumentar o risco para Israel e seus aliados. "Grupos como Hamas, os Houthis e o Hezbollah não são facilmente destruídos porque são ideias. E, a partir do momento em que os EUA se envolvessem nesse conflito diretamente, essas ideias se fortaleceriam dentro da população civil, não apenas no Irã, mas em boa parte do mundo árabe no Oriente Médio", analisa. Um problema global Uma tocha de gás em uma plataforma de produção de petróleo nos campos de petróleo de Soroush é vista ao lado de uma bandeira iraniana no Golfo Pérsico, no Irã Raheb Homavandi/File Photo/Reuters A entrada dos EUA no conflito deve trazer consequências globais. Do ponto de vista econômico, Maurício Santoro alerta que o Irã já anunciou que, se for atacado, pode minar o Estreito de Ormuz. A região liga o Golfo Pérsico ao mar aberto e é uma importante rota para o petróleo. "Seria bem complicado para a navegação comercial. Isso faria com que o preço do petróleo disparasse globalmente. Provocaria um aumento expressivo", afirma. A professora Priscila Caneparo afirma que uma guerra na região também é desfavorável inclusive para aliados do Irã, como a China e a Rússia. "Dentro dessa premissa, eu acho que o impacto global não necessariamente vai ser militar, mas vai ser muito mais de pressão em relação ao que está acontecendo ali naquela região", diz. Santoro complementa afirmando que a China tem apresentado uma postura cautelosa em relação ao conflito. Vale lembrar que o governo de Pequim fez uma série de acordos econômicos e militares com o Irã nos últimos anos. "Não me parece que o governo Xi Jinping iria fazer nenhum tipo de manobra arriscada, mesmo que perdesse esse aliado no Golfo Pérsico. Tem muita coisa em jogo ali", afirma. Os analistas avaliam que, em um primeiro momento, o impacto militar direto do confronto deve se concentrar na própria região. O maior risco agora, segundo eles, é de uma escalada generalizada no Oriente Médio, com aumento das mortes de civis. "Com certeza seria um conflito muito sangrento. Teria bastante baixas civis, tamanha a capacidade de destruição dos Estados Unidos — vide o que aconteceu na guerra do Afeganistão e, principalmente, na guerra do Iraque", diz Caneparo. Já no contexto interno dos EUA, Gunther Rudzit avalia que o impacto tende a ser limitado. “Os protestos devem crescer, principalmente entre os democratas, mas não acredito que chegue a um ponto que consiga levar milhões a marcharem sobre Washington. Até porque deve ser uma campanha somente aérea e relativamente rápida.” VÍDEOS: mais assistidos do g1