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Inicialmente, o país sul-americano considera fazer parte apenas do banco— e não do bloco econômico —, devido à sua posição de neutralidade em relação à guerra da Rússia contra a Ucrânia. O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, assiste à abertura de uma nova sessão legislativa do Congresso da Colômbia em 20 de julho de 2023
Vannessa Jimenez/REUTERS
A Colômbia foi aceita como membro do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD, o banco dos Brics), em um movimento de aproximação com economias emergentes, diante do cenário de tensões com os Estados Unidos.
A informação foi divulgada nesta quinta-feira (19) pela ministra das Relações Exteriores, Laura Sarabia. O presidente colombiano, Gustavo Petro, de esquerda, solicitou em maio sua adesão parcial ao bloco multilateral formado por Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul e outros países.
Sarabia informou na rede X (antigo Twitter) que o pedido havia sido aceito e comemorou o fato de ser uma notícia que "amplia" o "horizonte" da Colômbia.
No momento, o país sul-americano considera fazer parte apenas do banco — e não do bloco econômico —, devido à sua posição de neutralidade em relação à guerra da Rússia contra a Ucrânia.
Ao ingressar na instituição financeira, a Colômbia passa a ter acesso a recursos e empréstimos para projetos nacionais sem ser membro ou ter direito a voto nas cúpulas do bloco.
Petro acredita que seu país deve se abrir para o mundo e reduzir sua dependência dos EUA, seu principal parceiro, diante da guerra comercial travada por Donald Trump, com quem entrou em conflito devido às políticas tarifárias e de deportação de migrantes.
O presidente colombiano viajou para Pequim em maio e assinou a entrada da Colômbia nas Novas Rotas da Seda, o megaprojeto da China para expandir sua influência no mundo.
Ao solicitar a adesão, o governo da Colômbia disse que estava disposto a comprar US$ 512,5 milhões (R$ 2,8 bilhões na cotação atual) em ações do banco dos Brics.
A organização multilateral que reúne algumas das principais economias emergentes se estabeleceu como um contrapeso ao grupo G7, que detém grande parte da riqueza mundial, nos últimos anos.
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G1