
Receita abre segunda consulta ao maior lote de restituição da história
Ao todo, 6.545.322 contribuintes receberão R$ 11 bilhões
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O alerta amarelo indica que a população deve permanecer atenta às informações oficiais da Defesa Civil
Paulo Andrade completou em abril o seu primeiro ano na Globo e já é um dos principais nomes na cobertura deste Mundial
Adalberto Amarilio dos Santos Junior foi encontrado morto em um buraco no autódromo de Interlagos
Ali Khamenei afirmou nesta quarta-feira (18) que a eventual entrada dos EUA no conflito "será acompanhada sem dúvidas por dano irreparável"
Os candidatos podem se inscrever a partir das 10h da próxima segunda (23) até às 23h59 do dia 22 de julho
Rio Grande do Sul é atingido por fortes chuvas nesta semana. Duas pessoas morreram, uma está desaparecida e pelo menos 2,6 mil fora de casa. Moradores acordam com água dentro de casa Quando a água começou a subir na madrugada desta quarta-feira (18), Dorvalina Lopes precisou trocar a casa em Nova Santa Rita pelo Centro Humanitário de Acolhimento da prefeitura, localizado no bairro Caju. Aos 104 anos, foi guiada pela equipe da Defesa Civil até o abrigo. ? Acesse o canal do g1 RS no WhatsApp ☔ O Rio Grande do Sul é atingido por fortes chuvas nesta semana. Natural de Candelária, no Vale do Rio Pardo, a centenária comenta que cresceu entre enchentes. "Em Candelária, onde eu morava, tinha arroio, mas nunca foi como aqui", comenta Dorvalina. "Já estou acostumada, mas lá ninguém morreu com enchente", relembra. Dorvalina Lopes, de 104 anos, em Centro Humanitário de Nova Santa Rita Cristiano Dalcin/ RBS TV No mesmo abrigo onde Dorvalina repousa, Maria Isabel dos Santos Alves tenta entender como tudo aconteceu tão rápido. Esta semana, ela havia conseguido um emprego em uma padaria. Na terça-feira (17) foi o primeiro dia. No entanto, nesta quarta, precisou ir com o marido e o filho ao Centro Humanitário, depois de sair de casa às 3h da manhã, quando a água invadiu a casa da família “É a segunda enchente que eu passo", lamenta Maria Isabel. Moradora de Nova Santa Rita é afetada por chuvas no RS A luta para não perder tudo de novo No bairro Mathias Velho, em Canoas, a madrugada foi de vigília. Moradores se revezaram em frente à casa de bombas número seis, temendo que o pior se repetisse. “Essa noite eu não dormi, e acredito que ninguém aqui dormiu. A gente já perdeu tudo. A gente não quer perder tudo de novo. Não tem como reconstruir tudo de novo, porque envolve muita coisa, o sentimental, tudo”, desabafa Melanie Monteiro Andrade. Moradora de Canoas, Melanie Monteiro Andrade Reprodução/ RBS TV A tensão aumentou quando as ruas da cidade começaram a encher novamente. Claudete Viviane da Silva também relatou que o marido passou a noite acordado monitorando a situação. “Estamos com medo que enche d 'água a vila de novo", comenta Claudete. Segundo a prefeitura, por volta das 10h da manhã, a casa de bombas apresentou falhas: um dos quatro motores teve pane elétrica. O secretário de Defesa Civil e Resiliência Climática de Canoas, Vanderlei Marcos, informou que o sistema foi restabelecido e voltou a operar plenamente, o que teria ajudado a reduzir os alagamentos. Canoas decreta situação de emergência devido às chuvas LEIA TAMBÉM Grávida de 9 meses é resgatada por helicóptero de cidade ilhada durante chuva no RS; VÍDEO 'Perdemos tudo de novo': chuvas no RS inundam casas em uma das cidades mais atingidas em enchentes de 2024 Chuva no RS Chuvas inundam cidade do RS As chuvas que atingem o Rio Grande do Sul desde segunda-feira (16) deixaram duas pessoas mortas, uma desaparecida e pelo menos 2,6 mil fora de casa, de acordo com a última atualização da Defesa Civil do estado, na tarde desta quarta-feira (18). Pelo menos 58 municípios relatam alagamentos, deslizamentos, danos em residências, estradas e pontes, além de milhares de pessoas desalojadas ou desabrigadas, de acordo com a Defesa Civil do Rio Grande do Sul. O Rio Taquari, que percorre a Região dos Vales, e o Rio Caí, na Região Metropolitana, ultrapassaram a cota de inundação nesta quarta-feira. VÍDEOS: Tudo sobre o RS
A Polícia Militar afirmou ter recebido 12 chamadas via 190 para esse tipo de incidente, mas somente sete boletins de ocorrência foram registrados. Todos no último dia 8. VIDEO: registra o momento em que ônibus é atacado em Mauá, na Grande SP O número de ônibus alvo de vandalismo na Grande São Paulo entre os dias 8 e 17 deste mês chegou a 135. São 78 veículos depredados na capital, nas Zonas Sul e Leste, e outros 57 foram atacados na Região Metropolitana. Segundo as informações levantadas pelo SP2 com a Secretaria da Segurança Pública, a maioria desses ataques ocorreu entre às 20h e 23h. A Polícia Militar afirmou ter recebido 12 chamadas via 190 para esse tipo de incidente, mas somente sete boletins de ocorrência foram registrados. Todos no último dia 8, um domingo. Segundo a PM, investigadores estão visitando os locais das ocorrências atrás de testemunhas e imagens de câmeras de segurança para encontrar os responsáveis pelos ataques, que atingiu 14 empresas de ônibus. Segundo a Secretaria da Segurança Pública, ao menos seis ocorrências estão sendo investigadas. A SPTrans não soube explicar o motivo dos ataques. Nesta quarta-feira (18), o prefeito Ricardo Nunes (MDB) afirmou que além de reforçar o patrulhamento nas regiões onde ocorreram os ataques, a Prefeitura analisa as imagens do programa Smart Sampa para identificar os autores dos atos de vandalismo. ✅ Clique aqui para se inscrever no canal do g1 SP no WhatsApp Na segunda-feira (16), a SPTrans disse que 19 ônibus municipais da cidade de São Paulo haviam sido alvos de vandalismo desde quinta-feira (12). Na terça-feira (17), o número informado subiu para 78. Em um dos casos, uma câmera de segurança registrou o momento em que um ônibus, ainda com passageiros a bordo, foi atacado em Mauá, na Grande São Paulo. O caso aconteceu no sábado (14), por volta das 22h. Ninguém ficou ferido. O coletivo seguia pela Avenida João Ramalho quando foi atingido por uma pedra lançada contra o veículo. No vídeo, é possível ver que os passageiros se assustam no momento do impacto. Ônibus são vandalizados na capital paulista no fim de semana, segundo a SPTrans Reprodução A maioria dos veículos teve vidros e janelas quebradas, principalmente na traseira ou nas laterais. ? Entre as vias afetadas estão: Avenida Cupecê, com ao menos oito casos; Engenheiro Armando de Arruda Pereira; Vereador João de Luca; Assembleia, todas na Zona Sul. Ônibus são vandalizados na capital paulista no fim de semana, segundo a SPTrans Reprodução Nos últimos dias, ao menos 19 ônibus precisaram ser recolhidos para as garagens das empresas Transpass Metrópole Paulista, Transunião, Express, Via Sudeste, Mobibrasil e Campo Belo. Em nota, a SPTrans, por meio da Secretaria de Mobilidade Urbana e Transporte (SMT), afirmou que "repudia e lamenta os atos de vandalismo que prejudicam a população, como os registrados neste fim de semana". A Secretaria da Segurança Pública disse ainda que reforçou o policiamento nas regiões afetadas. E que as denúncias sobre vandalismo podem ser feitas pelos canais oficiais, como o telefone 190. A reportagem entrou em contato com a SPTrans questionando se já teria indícios da motivação dos ataques e aguarda o retorno. Vídeos
Em dois dias, choveu em Canoas mais do que o volume esperado para todo o mês de junho. Chuva mata duas pessoas e deixa mais de 2 mil desabrigados no RS Reprodução/TV Globo A chuva dos últimos dias provocou duas mortes e tirou mais de 2 mil pessoas de casa no Rio Grande do Sul. Na noite desta quarta-feira (18), a repórter Michelle Pértile esteve em um ponto de coleta de doações na região central do estado e atualizou a situação. Em Santa Cruz do Sul, mais de 200 pessoas precisaram sair de casa por causa da cheia do Rio Pardinho. A prefeitura montou um QG para recolher doações e oferecer abrigo, que já recebe mais de 180 moradores. Preocupação também no Vale do Taquari, região que sofreu bastante com as enchentes de 2024. Um dos rios que cortam a cidade de Lajeado atingiu a cota de inundação nesta quarta-feira (18) à tarde. A Defesa Civil municipal levou 50 pessoas para abrigos. Ainda na região dos vales, bombeiros seguem as buscas por um homem de 65 anos desaparecido em Candelária. Ele estava com a esposa quando a correnteza arrastou o carro do casal. O corpo da mulher foi encontrado na terça-feira (17). Desde o começo dos temporais no sábado (14) à noite, 68 municípios relataram prejuízos à Defesa Civil gaúcha. No começo da noite, Canoas decretou situação de emergência. A preocupação é constante com a chuva. "Foi muita água, bastante água. Daí ficamos bastante apavorados ali em casa”, conta o eletricista Cláudio Renato Soares dos Santos. Em dois dias, choveu 160 mm em Canoas, mais do que o volume esperado para todo o mês de junho. “População afetada em torno de 100 mil pessoas, porque tivemos várias pessoas que, mesmo sem as águas entrarem em suas casas, foram afetadas de certa forma porque não puderam trabalhar, não tiveram transporte público”, diz Vanderlei Marcos, secretário da Defesa Civil e Resiliência Climática de Canoas. Em Canoas, famílias que precisaram sair de casa foram para um abrigo. O sentimento de medo volta para aqueles que, em 2024, enfrentaram a pior enchente da história do município. A dona de casa Franciele de Oliveria Pires teve que ir para o abrigo com os quatro filhos. “A minha casa estava alagando. Eu achava que ia dar pé, e cada vez estava tomando mais conta da minha casa. Não tive outra opção. É horrível. Novamente tudo de novo. É muito triste”, lamenta. Bombeiros resgataram um homem em situação de rua debaixo de uma ponte em Alvorada. A correnteza arrastou um carro para dentro do rio, entre Caxias do Sul e Nova Petrópolis, na Serra Gaúcha. O motorista, um jovem de 22 anos, morreu. A cheia do Rio Ibirapuitã, em Alegrete, afetou cerca de 250 pessoas. Aulas foram suspensas em escolas rurais e também na cidade de São Borja, onde choveu mais de 200 mm. Na região central, um helicóptero da PM resgatou uma grávida de nove meses na cidade de Mata e a levou para Santa Maria, onde deve passar por procedimento pré-parto. Em Jaguari, o rio transbordou. Mais de 1,2 mil pessoas estão fora de casa. Seis ginásios comunitários abrigam quem perdeu tudo. O aposentado Pedro Valmor Freitas já saiu de casa três vezes por causa da enchente: “A gente quer um pouco de esperança de que a coisa vai melhorar”.
Trio foi multado em R$ 3 mil e liberado após pagar fiança na Delegacia de Iguape. Polícia Ambiental flagra caçadores ilegais com armas e ave abatida em Iguape, SP Polícia Ambiental Três homens foram detidos em uma área de mata em Iguape, no litoral de São Paulo, por caça ilegal de animais silvestres. Além de armas, eles carregavam munições, itens para a caça e um animal já abatido. O trio foi multado em R$ 3 mil e liberado após pagar fiança na Delegacia de Iguape. ✅Clique aqui para seguir o canal do g1 Santos no WhatsApp. De acordo com a Polícia Ambiental, na terça-feira (17), uma equipe realizava patrulhamento, no bairro Ilha Grande, quando flagrou os três homens próximos a uma estrutura utilizada para caça. Ao avistar os policiais, um deles tentou fugir, mas foi rapidamente alcançado e abordado. Com ele, a equipe encontrou uma arma de pressão, uma luneta, um estojo com 200 chumbinhos, dois canivetes e uma ave morta da espécie Inhambu-chororó (Crypturellus parvirostris). Polícia Ambiental flagra caçadores ilegais com armas e ave abatida em Iguape, SP Polícia Ambiental O homem alegou estar caçando cateto, uma espécie de animal silvestre, e admitiu estar acompanhado do irmão e de outro colega. Na mesma trilha, os policiais se depararam com os outros homens, que também iriam se encontrar com o primeiro infrator. Com eles, os policiais localizaram uma espingarda municiada, 13 munições e um facão. Eles também confirmaram que estavam no local para caçar animais silvestres, especificamente catetos. Durante a vistoria na área, a equipe também localizou uma armadilha, com milho espalhado no chão, evidenciando a prática de atração de animais. Todos os envolvidos e os materiais apreendidos foram encaminhados à Delegacia de Iguape. O delegado registrou um boletim de ocorrência de porte ilegal de arma de fogo e crime ambiental. Um Auto de Exibição e Apreensão dos objetos também foi lavrado. Os três homens foram autuados em um total R$ 3 mil pelas infrações cometidas. Eles foram liberados, após pagarem fiança, e permaneceram à disposição da Justiça. Polícia Ambiental flagra caçadores ilegais com armas e ave abatida em Iguape, SP Polícia Ambiental Crimes ambientais Apesar de o Brasil ter enfrentado uma temporada de incêndios florestais em proporção recorde nos últimos meses, crimes ambientais raramente resultaram em prisões. Segundo levantamento da GloboNews com dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Ministério da Justiça, o país teve, até agosto de 2024, 183,3 mil processos, no entanto, somente 433 foram parar na prisão. Veja detalhes abaixo: Crime ambiental: 1 a cada 400 processos acaba em prisão VÍDEOS: g1 em 1 minuto Santos
O ator norte-americano está na Espanha para as gravações de seu novo filme, Day Drinker
Jully Gabriella Passos Mota, de 26 anos, era investigada por homicídio doloso, quando há a intenção de matar. Após a conclusão das investigações, ela foi indiciada por homicídio com dolo eventual, quando o condutor não tem a intenção, mas assume o risco de matar. Engenheiro de produção José Francisco Gomes, de 49 anos, foi atropelado quando fazia um treino de corrida. Arquivo pessoal A propagandista médica Jully Gabriella Passos Mota, de 26 anos, foi indiciada por homicídio com dolo eventual, pela morte do atleta José Francisco Gomes, conhecido como Ferrinho, de 49 anos. Ela também foi indiciada por não prestar socorro e fugir do local do acidente para tentar escapar da responsabilidade. O resultado do inquérito foi divulgado pela Polícia Civil nesta quarta-feira (18). ✅ Receba as notícias do g1 Roraima no WhatsApp O acidente aconteceu no dia 29 de março na região do Bom Intento, quando o engenheiro e outros atletas do grupo Runners Team faziam um treino na estrada. A esposa dele e outro casal, de 43 e 38 anos, também ficaram feridos. A motorista estava embriagada no momento do acidente. O g1 tenta contato com a defesa da jovem. Inicialmente, ela era investigada por homicídio doloso, quando há a intenção de matar. Com a conclusão das investigações, ela foi indiciada por homicídio com dolo eventual, quando o condutor não tem a intenção, mas assume o risco de matar ao dirigir depois de beber. ? O que é indiciar? É um procedimento que ocorre quando a polícia, com base na investigação, conclui que há indícios de crime e associa a uma pessoa. Depois disso, o caso vai ao Ministério Público, que envia à Justiça. Jully chegou a dizer que "não daria em nada" e que "aguardaria o pagamento da fiança para ser liberada". Ela foi presa, mas foi solta pela Justiça na audiência de custódia, sem pagar fiança, no dia seguinte. No dia do acidente, ela apresentava sinais visíveis de embriaguez e se recusou a realizar o teste do bafômetro em duas tentativas feitas pela Guarda Civil Municipal (GCM). A perícia feita pela Instituto de Criminalística Perito Dimas Almeida da Polícia Civil foi fundamental para esclarecer os fatos, segundo o delegado Tiago Porto, responsável pelo caso. “As provas apontam que a condutora assumiu conscientemente o risco de provocar o resultado morte. A investigação técnica confirmou a dinâmica do atropelamento e a gravidade das lesões, reforçando a configuração do dolo eventual”, afirmou o delegado. As vítimas do acidente estavam em pequenos grupos, fora da pista de rolamento, utilizando a faixa lateral de asfalto e piçarra, devido à ausência de acostamento, segundo a Polícia Civil. Testemunhas relataram que ela estava em alta velocidade e dirigindo de forma descontrolada. Em abril, quando a Polícia Civil passou a investigar o caso como homicídio após a morte do corredor, a defesa de Jully chegou a dizer que o caso deveria servir de "alerta à todos os praticantes da modalidade de 'corrida de rua', que evitem praticar este esporte em BRs ou RRs, pois o fluxo de carros, ônibus e caminhões é intenso, ainda mas em vias onde não existe acostamento ou faixas destinadas para tal prática" Ferrinho, como era conhecido, deixou esposa e quatro filhos. O engenheiro, que também era dono de uma metalúrgica e administrador, sofreu uma forte pancada na cabeça, foi levado inconsciente para o Hospital Geral de Roraima, passou por cirurgia e foi internado na UTI. LEIA MAIS: Quatro corredores ficam feridos após serem atropelados por motorista embriagada em Boa Vista Motorista que atropelou corredores e disse que 'não daria em nada' é solta pela Justiça sem fiança Engenheiro atropelado por motorista embriagada segue em coma induzido na UTI em RR Engenheiro atropelado por motorista embriagada morre após um mês internado Defesa de motorista bêbada que matou engenheiro diz para atletas evitarem treinar às margens de estradas: 'Sirva de alerta' Quando estava internado e em coma induzido, a esposa dele, Jeyssiane Gabriella Monteiro, de 25 anos, chegou a conversar com o g1. Ela disse que a liberação da motorista causou um sentimento de revolta, angústia e tristeza nas famílias das vítimas. "Um sentimento de revolta, de angústia, de tristeza, porque ela vai continuar com a vida dela normal enquanto nós tivemos nossas vidas modificadas, dilaceradas. Não vai ser, não vai voltar ao normal, não vai ser mais normal", disse Jeyssiane. Homenagem ao corredor Ferrinho: centenas de pessoas participam de caminhada pacífica Leia outras notícias do estado no g1 Roraima.
O ministro Alexandre de Moraes, do STF, mandou que a PF tome os depoimentos de Marcelo Câmara, do advogado Luiz Kuntz e de Mauro Cid em até 15 dias. Marcelo Câmara, ex-assessor de Bolsonaro, é preso, suspeito de tentar obter informações sigilosas sobre a delação de Mauro Cid Reprodução/TV Globo A Polícia Federal prendeu um ex-assessor de Jair Bolsonaro por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. Marcelo Câmara é suspeito de tentar obter informações sigilosas sobre a delação de Mauro Cid. O coronel Marcelo Câmara foi preso em Sobradinho, no Distrito Federal. Ele era um dos assessores mais próximos do ex-presidente Jair Bolsonaro. Na decisão, o ministro do Supremo Alexandre de Moraes afirmou que a partir das informações prestadas pela própria defesa, o réu Marcelo Câmara descumpriu as medidas cautelares impostas no inquérito, como a "proibição de utilização de redes sociais próprias ou por terceira pessoa" e "proibição de contato com os demais investigados, inclusive por intermédio de terceiros", revelando seu completo desprezo por esta Suprema Corte e pelo Poder Judiciário, e a continuidade de práticas ilícitas. Moraes citou informações prestadas pela própria defesa de Marcelo Costa Câmara. O advogado Luiz Eduardo Kuntz disse que começou a ter contato com Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, por meio de um perfil em uma rede social em janeiro de 2024. Na época, Marcelo Costa Câmara estava preso na investigação sobre a tentativa de golpe de Estado, e o Supremo já havia determinado que Cid e Câmara não poderiam manter contato com outros investigados nem usar redes sociais. De acordo com o advogado Luiz Kuntz, a conversa dele com Cid seguiu por dois meses, por uma rede social. Kuntz entregou as mensagens nesta semana ao Supremo. O advogado relatou que perguntou ao ex-ajudante de ordens sobre o processo de delação, segundo Luiz Kuntz, para tentar verificar a legalidade do procedimento - se foi tudo gravado, se houve pressão, o quão espontânea teria sido. Na semana passada, no depoimento na ação que investiga golpe de Estado, Mauro Cid negou que tivesse conversado sobre a delação através do perfil na rede social. O ministro Alexandre de Moraes determinou a abertura de um outro inquérito para investigar o advogado Eduardo Kuntz e Marcelo Câmara. Moraes vê indícios de tentativa de obstrução da investigação ao tentar ter acesso à delação de Mauro Cid. O ministro mandou ainda que a PF tome os depoimentos do advogado, de Marcelo Câmara e do próprio Cid em até 15 dias. A defesa de Luiz Eduardo Kuntz e Marcelo Câmera ainda não se manifestou. LEIA TAMBÉM Marcelo Câmara, ex-assessor de Bolsonaro, é preso pela PF Moraes manda prender ex-assessor de Bolsonaro
Apesar de considerar que o ex-presidente tinha papel central no esquema, a PF não indiciou Bolsonaro porque ele já responde pelos crimes de organização criminosa e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito na ação penal que trata da tentativa de golpe. PF afirma que Jair e Carlos Bolsonaro integravam núcleo da ‘Abin paralela’ O relatório final da Polícia Federal afirma que o ex-presidente Jair Bolsonaro e o filho, Carlos Bolsonaro, fizeram parte do núcleo que decidia que autoridades seriam espionadas pela chamada “Abin paralela”. Segundo a PF, o ex-presidente era o principal destinatário das ações clandestinas. O relatório final tem mais de mil páginas, e a Polícia Federal indiciou 36 pessoas. Segundo a PF, o grupo montou um esquema paralelo de espionagem para invadir e rastrear - sem autorização judicial - milhares de celulares e computadores de jornalistas, opositores políticos e ministros do Supremo, como Alexandre de Moraes. De acordo com a investigação, o grupo produziu e disseminou informações falsas sobre esses alvos e trabalhou para desacreditar o sistema eleitoral brasileiro. A PF afirmou que as diligências policiais confirmaram a existência de uma estrutura paralela de inteligência, operando em desvio das funções institucionais da Agência Brasileira de Inteligência, Abin, integrada por policiais federais cedidos e oficiais de inteligência que aderiram às condutas ilícitas perpetradas pela célula da organização criminosa, cujo mote era a manutenção no poder, inclusive pelo rompimento do Estado Democrático. A PF disse que a organização criminosa era dividida em núcleos, entre eles o político e o de execução de ações clandestinas. O núcleo político, de acordo com o relatório, era composto por figuras de alto escalão do governo à época, incluindo potencialmente o então presidente Jair Bolsonaro e seu filho, vereador Carlos Bolsonaro, que foi indiciado. PF afirma que Jair e Carlos Bolsonaro integravam núcleo que definia quais autoridades seriam espionadas na ‘Abin paralela’ Jornal Nacional/ Reprodução A PF afirmou que "este núcleo foi o responsável por definir as diretrizes estratégicas, determinar os alvos das ações clandestinas e se beneficiar politicamente das operações. E concluiu: era o centro decisório e o principal destinatário das 'vantagens' ilícitas (manutenção no poder e ataque a adversários)". Apesar de considerar que o ex-presidente tinha papel central no esquema, a PF não o indiciou. Isso porque Bolsonaro já responde pelos crimes de organização criminosa e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito na ação penal que trata da tentativa de golpe de Estado. Como o uso irregular da Abin também faz parte dessa acusação, Bolsonaro não poderia responder duas vezes na Justiça pelos mesmos fatos. O delegado do caso disse: "Considerando que já existe ação penal em curso, deixo de indiciar o investigado Jair Bolsonaro, consignando a conduta caso haja outro entendimento”. No relatório, a PF apontou que o deputado Alexandre Ramagem, do PL, fazia parte do núcleo da estrutura paralela da organização, que utilizava a estrutura física, tecnológica e orçamentária da Abin para executar as ações clandestinas determinadas pelo núcleo político. O atual diretor da Abin, Luiz Fernando Corrêa, foi incluído no núcleo que, segundo a PF, atuou para dificultar as investigações. Ramagem e Corrêa também estão na lista de indiciados. A PF diz que a Abin paralela fez mais de 60 mil consultas ilegais nos sistemas da agência para identificar a localização de alvos monitorados. Tudo para, segundo os investigadores, proteger e blindar os integrantes do chamado núcleo político. O relatório afirma, ainda, que a espionagem ilegal buscava obter vantagens políticas e informações sigilosas de investigações sensíveis para manter o grupo de Bolsonaro no poder. A defesa de Alexandre Ramagem declarou que ainda está analisando o material. As defesas de Jair Bolsonaro e de Carlos Bolsonaro não se manifestaram. LEIA TAMBÉM Documentos produzidos pela 'Abin paralela' foram usados em live de Bolsonaro com ataques ao sistema eleitoral, aponta PF Bolsonaro e Carlos integravam organização criminosa na Abin Paralela e definiam alvos de espionagem, diz PF Abin paralela: esquema pode ter monitorado Alexandre de Moraes errado, diz PF
Departamento de Estado disse que vai retomar entrevistas para emitir vistos para quem quer estudar no país. Recusa em desbloquear redes pode ser entendida como sinal de que candidatos estão tentando ocultar suas atividades on-line. Estudantes brasileiros falam dos reflexos do ataque de Trump a Harvard O Departamento de Estado dos EUA informou nesta quarta-feira (18) que está reiniciando o processo de análise de vistos de estudante, que estava suspenso. A partir de agora, porém, todos os candidatos precisarão desbloquear suas contas em redes sociais para análise do governo americano. O departamento informou que os funcionários dos consulados estarão atentos a postagens e mensagens que possam ser consideradas hostis aos Estados Unidos, seu governo, cultura, instituições ou princípios fundadores. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Em um comunicado divulgado na quarta-feira, o departamento informou que novos candidatos que se recusarem a definir suas contas de mídia social como "públicas" e permitir que sejam analisadas poderão ser rejeitados. A recusa em fazê-lo pode ser um sinal de que eles estão tentando burlar a exigência ou ocultar suas atividades on-line. O governo Trump suspendeu temporariamente no mês passado o agendamento de novas entrevistas de visto para estudantes estrangeiros que desejam estudar nos EUA, enquanto se preparava para expandir a triagem de suas atividades nas mídias sociais, disseram autoridades. Com a proximidade do próximo ano letivo, estudantes do mundo todo têm esperado ansiosamente que os consulados dos EUA reabram os agendamentos para as entrevistas, antes de procederem para outros arranjos, como compra de passagem e aluguel de moradias. Montagem mostra o presidente Donald Trump e a universidade de Harvard Chip Somodevilla/via REUTERS e Faith Ninivaggi/Reuters Vistos revogados Estudantes internacionais nos EUA têm enfrentado crescentes desafios desde o retorno de Trump à Casa Branca, em janeiro. Nos últimos meses, o governo Trump revogou a permissão de estudo nos EUA para milhares de estudantes, incluindo alguns com envolvimento em pequenos contratempos, como infrações de trânsito, antes de reverter abruptamente a decisão. O governo também ampliou os critérios pelos quais estudantes estrangeiros podem ter seu status legal cancelado. Como parte de uma campanha de pressão contra a universidade Harvard, o governo Trump decidiu impedir que estudantes estrangeiros frequentem a instituição, que conta com estudantes internacionais para o pagamento das mensalidades e um quarto de suas matrículas. Trump afirmou que Harvard deveria limitar suas matrículas estrangeiras a 15%. O governo Trump também pediu que 36 países se comprometam a melhorar a verificação de viajantes ou enfrentarão a proibição de seus cidadãos visitarem os Estados Unidos.