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Defesa já teve quatro habeas corpus negados e tenta prisão domiciliar de mulher de 68 anos com base no histórico de saúde. Exame da cadeia não aponta doença grave em Elizabete Arrabaça
O prontuário médico de Elizabete Arrabaça realizado na penitenciária que ela está presa não apontou doenças graves, mas a defesa dela tenta fazer com que a mulher, de 68 anos, cumpra prisão domiciliar.
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Ela é suspeita de envolvimento na morte da filha, Nathália Garnica, e da nora, Larissa Rodrigues. O filho de Elizabete, o médico Luiz Antônio Garnica, também é suspeito da morte da mulher, mas ainda não é investigado pela morte da irmã.
A defesa de Elizabete já teve quatro habeas corpus negados pela Justiça, mas o advogado dela, Bruno Correa, disse que vai tentar provar mais uma vez que ela precisa de cuidados médicos.
No exame médico realizado assim que foi presa, no dia 4 de junho, ela informou que sofria de labirintite, doença de Parkinson e osteoporose.
"O que a gente comprova essas doenças, são laudos que ela possui de médicos particulares dela ao longo da vida. Laudos de doença diagnosticada no ano de 2014, 2021. Ela teve cirurgia de vértebra. Como ela chegou na unidade prisional e foi transferida para uma penitenciária justamente por causa da nossa alegação da situação de saúde, porque na cadeia pública ela não tinha condição de permanecer, é o que nos preocupa. Então, vamos questionar exatamente isso, como é que um médico faz um atendimento tão superficial com um histórico comprovado de inúmeras doenças".
Na próxima semana, Elizabete e o filho devem prestar novos depoimentos, após a confirmação de laudo toxicológico apontar a presença de veneno de rato, popularmente conhecido como 'chumbinho', no corpo de Nathália.
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Além de ouvir os principais suspeitos, a polícia também vai analisar mensagens de celulares e computadores que possam esclarecer os dois crimes. Há ainda a expectativa para novos depoimentos, como o de Antônio Garnica, pai de Luiz e ex-marido de Elizabete.
Elizabete Arrabaça, sogra de professora encontrada morta por suspeita de envenenamento em Ribeirão Preto (SP).
Reprodução/EPTV
Morte de Nathália Garnica
Nathália Garnica, de 42 anos, morreu em fevereiro deste ano, um mês antes da cunhada, Larissa Rodrigues.
Inicialmente, a morte dela foi registrada como 'natural', causada por um infarto. Ela não apresentava problemas de saúde aparentes.
Com o resultado positivo do Instituto Médico Legal (IML) para a presença de 'chumbinho' no corpo dela, o caso passou a ser investigado como homicídio.
Nathália Guarnica e Larissa Rodrigues eram cunhadas e morreram envenenadas em Ribeirão Preto, SP
Reprodução/g1
Morte de Larissa Rodrigues
Larissa Rodrigues, de 37 anos, foi encontrada morta no apartamento em que vivia com Luiz Antônio em Ribeirão Preto no dia 22 de março deste ano. O laudo toxicológico apontou envenenamento pela substância conhecida popularmente como 'chumbinho'.
O exame necroscópico descartou sinais de violência, mas apontou que ela teve lesões no pulmão e no coração, assim como Nathália, irmã de Garnica.
A Polícia Civil e o Ministério Público suspeitam que um pedido de divórcio de Larissa, que pouco tempo antes havia descoberto uma relação extraconjugal do marido, pode ter motivado o crime.
Além disso, suspeitam do envolvimento de Elizabete, última pessoa a estar no apartamento da vítima antes da morte da professora.
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19/06/2025
G1