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30/05/2025 • Resenha Corporativa

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Vídeo: porca 'aprende a latir' após conviver com cachorros em propriedade rural do Paraná
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Vídeo: porca 'aprende a latir' após conviver com cachorros em propriedade rural do Paraná

Peppa, como foi batizada, tem oito meses e 90 quilos. Família conta que ela também rosna. Conforme especialista, caso exige estudo para comprovar 'latido'. Porca 'aprende a latir' após conviver com cachorros em propriedade rural do PR Quem visita a propriedade rural de Terra Boa, no centro-oeste do Paraná, pode achar que todos os barulhos de latidos são dos cinco cachorros que ali vivem. Entretanto, um deles também é reproduzido pela Peppa, a porca adotada pela família e criada como pet. Em uma gravação da família, enquanto um carneiro berra, a porca, de frente para ele, avança soltando o som de latido. Assista acima. ✅ Siga o g1 PR no Instagram ✅ Siga o canal do g1 Londrina no WhatsApp Danúbia Martins, de 37 anos, é a tutora da Peppa. Ela contou ao g1 que foi a primeira vez que testemunhou uma porca imitando os sons de latido, mesmo tendo passado a vida toda trabalhando em sítios. O vídeo foi feito em um momento em que a família estava descansando na área da casa. A "ira" de Peppa foi causada por cabeçadas que o carneiro deu nela. "Foi, assim, uma coisa espontânea dela. Eu nunca tinha visto ela latir", contou. Danúbia explica que não é sempre que os latidos podem ser ouvidos na propriedade e, por isso, não são tantos os flagrantes em imagens. Porém, ela garante que Peppa também rosna quando não gosta de algo que está acontecendo. “[...] eu tive convívio, no sítio, com os porcos presos no chiqueiro, nas suas baias, com o comportamento do próprio animal. [...] Eu nunca vi uma coisa dessa [porco latindo]. O comportamento do porco criado pra consumo é totalmente diferente. Eu amo ela [Peppa]”, disse em entrevista. Peppa, ainda filhote, dormindo ao lado de um dos cachorros da família. Imagem cedida pela família Todos os animais do sítio convivem, soltos, em harmonia – além da porca, do carneiro e dos cachorros, Danúbia também tem uma tartaruga, três gatos, um pássaro e dois cavalos. Leia também: Luto: 'Era o sonho de vida dele', diz professora de brasileiro que morreu afogado durante intercâmbio no Canadá Homem foi preso: Mulher mantida em cárcere fingiu desmaio para pedir socorro em hospital Veja previsão: Paraná recebe previsão de -3ºC e volta da geada Mas porcos podem latir? Especialista explica Para o zootecnista Rafael Carvalho, doutor em Ciência Animal, o caso exige um estudo controlado com bioacústica, metodologia experimental ou estatística para afirmar que o barulho reproduzido por Peppa foi, de fato, um latido. Entretanto, pode ser considerada a possibilidade de que o som seja resultado do convívio dela com cães porque, de acordo com o professor e pesquisador, os suínos conseguem mimetizar comportamentos sociais e intensificar outros tipos de vocalização. "Não é impossível", explica. "Os suínos são altamente inteligentes. [...] Tem, sim, uma capacidade de aprendizado tanto social quanto vocal. A gente tem relatos científicos [...] mostrando que eles aprendem com o comportamento de outros animais, inclusive, no caso, os humanos", Carvalho detalha, citando um estudo desenvolvido na Universidade de Medicina Veterinária de Viena. Xodó da família Quando chegou em casa, Peppa era alimentada com uma mamadeira. Imagem cedida pela família Peppa tem oito meses, um metro de altura e aproximadamente 90 quilos. Quando foi adotada, depois de nascer na propriedade vizinha, ganhou os corações de todos da família. Ainda filhote, andava pela casa de fralda e se alimentava com uma mamadeira. Entretanto, quando tinha seis meses e 60 quilos, voltou para o sítio onde nasceu em um combinado entre vizinhas. Àquela época, a tristeza foi dos dois lados: Peppa não brincava mais e a filha de Danúbia, Isadora, sentia falta do animal. Eles tentavam controlar a saudade fazendo visitas, mas não estava adiantando. Foram necessários somente 15 dias para que a porca voltasse para a família de Danúbia. Desde então, voltou a ser mimada. Aliás, segundo Danúbia, quando sente vontade de tomar banho, ela entra no banheiro e espera o chuveiro ser ligado. Para comer, também aceita alimento na colher e fica sentada. Peppa tem 90 quilos e dorme em uma cama de casal, dentro de casa. Imagem cedida pela família Isadora, que tem 18 anos, contou ao g1 que até dormia com a Peppa. Isso só mudou porque, depois de um tempo, cedeu a própria cama de casal para que a porca pudesse ter um bom lugar para dormir. "Ela está quase do meu tamanho quando está de pé. Ela ocupa todo espaço da cama. Eu ficava com as pernas encolhidas. Aí eu decidi ir para o sofá", Isadora explicou. Danúbia garante que Peppa é amorosa com todos e que leva muita felicidade para a família. “O amor dos animais é um amor incondicional, é amor que não tem preço”, diz a tutora. VÍDEOS: Mais assistidos do g1 Paraná Leia mais em g1 Norte e Noroeste.

21/06/2025 G1
IA do Google é treinada com vídeos do YouTube
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Criadores e empresas de mídia alertam para uso de conteúdo na construção de modelos como o Veo 3, sem compensação ou transparência suficientes O post IA do Google é treinada com vídeos do YouTube apareceu primeiro em Olhar Digital.

21/06/2025 Olhar digital
Gripe aviária pode afetar humanos?
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Descubra se a gripe aviária pode afetar humanos, quais os riscos de transmissão e o que dizem os especialistas sobre o avanço do vírus. O post Gripe aviária pode afetar humanos? apareceu primeiro em Olhar Digital.

21/06/2025 Olhar digital
Ranking global revela qual é a melhor universidade do Brasil
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Levantamento analisou mais de 8.400 mil universidades ao redor do mundo e a melhor brasileira ficou na 108ª colocação global O post Ranking global revela qual é a melhor universidade do Brasil apareceu primeiro em Olhar Digital.

21/06/2025 Olhar digital
Justiça condena professor de Sertãozinho, SP, por assédio e importunação sexual contra aluno
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Justiça condena professor de Sertãozinho, SP, por assédio e importunação sexual contra aluno

Cauê Fiorentino de Assis recebeu pena de quase 3 anos por assédio e 1 ano por importunação, mas que foi convertida em serviços à comunidade e pagamento de indenização. Defesa não quis se manifestar. Um professor da rede privada de ensino de Sertãozinho (SP) foi condenado a 2 anos, 9 meses e 10 dias de detenção por assédio sexual e 1 ano de reclusão por importunação sexual contra um ex-aluno. O caso aconteceu entre 2021 e 2023 e, à época, o estudante era menor de idade. Siga o canal do g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp A sentença, proferida na quinta-feira (12) pela 2ª Vara Criminal da Comarca de Sertãozinho, é em primeira instância. Apesar da condenação, as penas privativas de liberdade foram substituídas por penas restritivas de direito, o que significa que Cauê Fiorentino de Assis não será preso, mas terá de cumprir outras obrigações definidas pela Justiça. LEIA TAMBÉM Polícia instaura inquérito para investigar professor da USP denunciado por assédio moral e sexual em Ribeirão Preto Após denúncias, USP instaura processo administrativo e afasta professor acusado de assédio sexual em Ribeirão Preto Servidor público é preso suspeito de tentar abusar de criança no meio da rua em Sertãozinho Homem é preso em flagrante por manter arquivos de abuso sexual infantil em Sertãozinho Funcionários de escola e universidade são presos em operação contra abuso sexual infantil Segundo a decisão, o assédio sexual consistiu em constrangimento reiterado da vítima, um adolescente na época, com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, aproveitando o professor de sua posição de ascendência. Já a importunação sexual ocorreu entre agosto e setembro de 2022, no laboratório da escola, quando Cauê praticou atos libidinosos contra o aluno sem o consentimento dele. Procurada pelo g1, a defesa dele optou por não se manifestar sobre o caso. A escola também foi procurada e informou, em nota, que os fatos não ocorreram no ambiente escolar e não houve qualquer comunicação prévia à coordenação, professores ou equipe pedagógica sobre o caso enquanto o referido professor ainda fazia parte do corpo docente. Disse ainda que, assim que a escola tomou conhecimento da denúncia, o docente foi afastado de suas funções, não integrando mais o quadro de funcionários e que a equipe pedagógica é constantemente treinada para identificar comportamentos inadequados, além de manterem canais de comunicação acessíveis e seguros para acolher denúncias e garantir a proteção dos alunos. "Repudiamos com veemência qualquer tipo de violência ou conduta que atente contra os direitos das crianças e adolescentes. Sempre estivemos e seguimos à disposição das autoridades e da sociedade para colaborar com o que for necessário, reafirmando nosso compromisso com a ética, a transparência e a segurança de toda a comunidade escolar." Decisão é da 2ª Vara Criminal de Sertãozinho (SP). Reprodução EPTV Depoimento da vítima e prints de conversas A denúncia do Ministério Público, acolhida integralmente pelo juiz Hélio Benedini Ravagnani, apontou que os crimes ocorreram entre 2021 e o início de 2023, nas dependências de uma escola particular e em outros locais em Sertãozinho, além de ambiente virtual. Na decisão, Ravagnani destacou cinco pilares essenciais: 1. Depoimento detalhado da vítima: descrito pelo juiz como um "desabafo muito sincero", ele revelou uma série de episódios de abordagens indevidas e imorais por parte do professor, sempre com conteúdo sexual e buscando vantagem ou favorecimento. 2. Validade dos "prints" de conversas: comprovavam as "abordagens inapropriadas e assediosas", evidenciando que o professor "perseguia a vítima, insistia em sair com ela, compelia, constrangia a todo tempo, prevalecendo-se de sua posição de superior hierárquico". 3. Depoimentos de testemunhas: duas colegas da vítima não apenas confirmaram a versão do adolescente, mas uma delas, inclusive, confirmou ter sofrido assédio semelhante do mesmo professor e já ter ingressado com ações judiciais. 4. Confirmação do conselheiro tutelar: ele atendeu o adolescente e confirmou os fatos, atestando o constrangimento da vítima, e também atendeu outra colega, que narrou situações semelhantes. 5. Posição de superioridade do professor: fator determinante na análise do juiz, que ressaltou que o réu se valeu da "posição superior, de ascendência inerente ao exercício de emprego" para cometer os crimes. Por fim, a sentença apontou que os atos do professor foram praticados "por longo tempo e causaram diversos danos à saúde mental do então adolescente, extrapolando as consequências que já são desastrosas". Segundo o juiz, a vítima precisou de tratamentos psicológicos e sofreu uma "ruptura significativa do seu desenvolvimento natural" em decorrência do assédio. Professor é condenado por assédio e importunação sexual em Sertãozinho, SP. Freepik Condenação anterior por danos morais Em 2024, Cauê Fiorentino de Assis já havia sido condenado a pagar indenização por danos morais de R$ 40 mil a uma ex-aluna. A decisão, proferida pela juíza Daniele Regina de Souza Duarte, detalhou que, enquanto professor do ensino médio, ele assediou a jovem e passou a persegui-la depois que ela não cedeu aos assédios dele. Ainda na decisão, a juíza apontou que Cauê usou comentários pejorativos e ofensivos sobre o corpo da aluna, referindo-se a ela como "botijão de gás" e afirmando que ela mantinha relações sexuais com outro aluno. A juíza considerou o comportamento do professor como "leviano, pueril e ofensivo à honra [da aluna]", e destacou que o abalo moral sofrido foi tão significativo que, assim como outros estudantes, ela se viu forçada a deixar a escola. VÍDEO: Como curar o trauma do abuso sexual? Infância despedaçada: como curar o trauma do abuso sexual? Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão Preto e Franca VÍDEOS: Tudo sobre Ribeirão Preto, Franca e região

21/06/2025 G1
Congresso protege o 'andar de cima' ao resistir a alta de impostos de Haddad, diz economista
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Congresso protege o 'andar de cima' ao resistir a alta de impostos de Haddad, diz economista

Para Bráulio Borges, pesquisador da FGV, postura de parlamentares diante da crise fiscal reflete tanto lobbies econômicos de setores interessados em manter privilégios, como cálculos políticos dos próprios congressistas. Por que o IOF virou uma queda de braço entre governo e Congresso? As propostas de aumento de impostos encaminhadas ao Congresso pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, "afetam muito mais quem está no andar de cima", afirma Bráulio Borges, economista-sênior da consultoria LCA e pesquisador-associado da FGV. Na sua leitura, a resistência do Parlamento em aprovar as medidas reflete tanto lobbies econômicos de setores interessados em manter seus privilégios, como cálculos políticos dos congressistas. "Eu acho que tem isso [lobbies econômicos], mas, obviamente, tem o Congresso também querendo aumentar o preço do apoio ao governo, vendo que o governo hoje está enfraquecido, vide as pesquisas mais recentes de popularidade", disse, em entrevista à BBC News Brasil. O "preço" que o Congresso tem cobrado é a liberação de emendas parlamentares, recursos que deputados e senadores destinam para suas bases eleitorais. Os valores previstos para 2025 somam R$ 50 bilhões, mas quase nada foi liberado até o momento pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Além dessa pressão de curto prazo, os congressistas também estão de olho na eleição de 2026, avalia o economista. "Sejamos sinceros, boa parte das lideranças hoje do Congresso não tem interesse que o atual governo chegue em 2026 muito competitivo". O objetivo da alta de impostos proposta por Haddad é equilibrar as contas públicas. A Fazenda propôs, primeiro, elevar o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). Com a resistência do Congresso, o governo tenta manter uma elevação menor do IOF e tributar em 5% Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) e as Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs), investimentos financeiros que hoje são isentos. Em recado ao Palácio do Planalto, a Câmara dos Deputados aprovou na noite de segunda-feira (16/6) um requerimento de urgência que permite acelerar a tramitação de uma proposta para barrar a alta do IOF. O presidente da Câmara, Hugo Motta, tem criticado fortemente as propostas. Ele diz que a sociedade não quer mais tributos, mas que o governo corte gastos, e defendeu uma reforma administrativa para reduzir o custo com servidores. Borges concorda que o governo precisa adotar mais medidas de contenção de gastos, mas diz que "irrita ver o Congresso querendo posar como se fosse o adulto na sala, sendo que o Congresso, do ponto de vista do equilíbrio fiscal, atrapalhou muito". O economista lembra que o Parlamento aprovou, contra a vontade do governo, benefícios tributários para empresas que desfalcaram a arrecadação, como as prorrogações de um programa emergencial criado para o setor de eventos na pandemia (Perse) e da desoneração da folha de pagamentos, uma política de emprego ineficiente, segundo estudos econômicos. O Congresso não só manteve a desoneração de empresas, como estendeu o benefício a pequenos municípios no final de 2023, uma medida "eleitoreira", na visão de Borges. As duas medidas (Perse e desoneração) representaram uma renúncia de receita de quase R$ 50 bilhões no ano passado. Ele diz ainda que a reforma administrativa é importante para melhorar o serviço público, mas que faria apenas "cocegas" na questão fiscal, ao gerar uma economia de até R$ 3 bilhões. Muito mais eficiente, argumenta, seria reduzir as emendas parlamentares, que mais que quadruplicaram a partir de 2020. "É uma excrescência. As emendas parlamentares não eram para estar nos R$ 50 bilhões por ano. Eram para estar em R$ 10 bilhões, que é mais ou menos a média que a gente teve de 2015 a 2019", crítica. Confira a seguir os principais trechos da entrevista, editada por clareza e concisão. Congresso protege o 'andar de cima' ao resistir a alta de impostos de Haddad, diz economista Agência Brasil via BBC BBC News Brasil – Hugo Motta e outras lideranças do Congresso acusam o governo de gastar demais e empurrar a conta para os contribuintes. Isso é verdade? Bráulio Borges - O arcabouço fiscal [proposto pelo governo Lula e aprovado pelo Congresso em 2023] definiu um limite de crescimento real da despesa um pouco exagerado, de 2,5% ao ano. É elevado porque as estimativas apontam que o crescimento do PIB potencial brasileiro está na faixa de 2% a 2,5%. O ideal seria que o crescimento das despesas ficasse um pouco abaixo do PIB potencial, porque temos déficit fiscal. Se a gente estivesse com superavit, seria outra história. Outro problema é que o arcabouço fiscal não limita o crescimento de cada uma das despesas do governo a esse teto. Então, a despesa previdenciária, principalmente com a regra de reajuste real do salário-mínimo, cresce perto de 4%. E isso, naturalmente, cria uma pressão dentro dos gastos. Você tem que comprimir outras despesas, dado que algumas coisas crescem acima do limite, como previdência, mesmo a parte de saúde, educação. Em dito isso, primeiro, o Congresso aprovou o arcabouço fiscal. E, segundo, o Congresso tem dado seguidas mostras de não estar preocupado com o reequilíbrio fiscal. Um ajuste fiscal é bem-sucedido quando você melhora as contas do governo, não machuca tanto o PIB e reduz a dívida pública. E a experiência internacional mostra que o ajuste fiscal bem-sucedido é composto, mais ou menos, de metade de aumento receita, metade de corte de gastos. Nesse sentido, o governo atual estava certo de falar "precisamos recompor as receitas", inclusive porque teve muita desoneração eleitoreira mesmo, ali em 2021, 2022. E o governo começou a recompor essas receitas, em parte, inclusive corrigindo algumas distorções e algumas isenções tributárias que não faziam mais sentido. Só que foi um esforço meio de enxugar gelo porque o governo fazia uma coisa, o Congresso ia lá e desonerava outra. LEIA TAMBÉM Congresso derruba vetos de Lula e retoma trechos que devem elevar conta de luz Parlamentares também retomam pensão vitalícia a crianças vítimas da Zika Alcolumbre cria CPI mista para investigar fraudes no INSS BBC News Brasil – Como o Congresso tem atrapalhado o ajuste fiscal? Bráulio Borges - A desoneração da folha de pagamentos e o Perse [Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos, criado na pandemia] juntos, no ano passado, representaram uma renúncia de receita de quase R$ 50 bilhões. E o governo federal já tinha dito no final de 2023 que não queria prorrogar essas medidas, inclusive porque não fazia sentido. O Perse era um programa emergencial para a pandemia. Em 2023 e 2024, a economia já estava plenamente recuperada. E a desoneração da folha foi criada lá em 2011/2012, no governo Dilma Rousseff, num contexto em que o setor industrial estava sofrendo muito com a concorrência de importados, porque o câmbio estava em R$ 1,50. Então, você tentou dar alguma competitividade desonerando o custo salarial. Só que o câmbio hoje no Brasil está excessivamente desvalorizado. O contexto é totalmente diferente. E mais: tem inúmeros estudos mostrando que a desoneração é uma política cara. O custo de cada emprego gerado é muito maior do que o salário que as pessoas estão recebendo. A desoneração da folha não faz mais sentido, ainda mais num país que já está com o desemprego super baixo. Mas o Congresso foi lá, não somente prorrogou por mais alguns anos, como ampliou para [servidores contratados pelo regime do INSS em] pequenos municípios, obviamente, de olho nas eleições municipais que aconteceram no ano passado. É uma medida totalmente eleitoreira. Então, me irrita ver o Congresso querendo posar como se fosse o responsável na casa, o adulto na sala, sendo que o Congresso, do ponto de vista do equilíbrio fiscal, atrapalhou muito. E ainda tem a história das emendas parlamentares, que é uma excrescência. Tem um estudo muito bem feito do Marcos Mendes, com o pessoal do Insper, mostrando que o Brasil está totalmente fora do que se vê na maior parte dos países. As emendas parlamentares não eram para estar nos R$ 50 bilhões por ano. Eram para estar em R$ 10 bilhões por ano, que é mais ou menos a média que a gente teve de 2015 a 2019. Se a gente voltasse para a média de emendas de antes dessa explosão que aconteceu ali, em 2020, quando o Bolsonaro, para evitar o impeachment, entregou de vez essa parte grande do orçamento para o Congresso, a gente teria uma economia de R$ 40 bilhões. Já ajudaria a fechar as contas desse e do próximo ano. Governo enfrenta derrota expressiva com projeto para barrar alta do IOF BBC News Brasil - Hugo Motta tem cobrado a redução estrutural de despesas e tem defendido a reforma administrativa. Qual sua avaliação? Bráulio Borges - Uma reforma administrativa não vai gerar a economia fiscal de dezenas de bilhões de reais [que é necessária]. Eu sou a favor de uma ampla reforma administrativa no Brasil, para aumentar a eficiência do setor público. Para evitar aquelas situações típicas de uma pessoa chegar no auge da carreira com dez anos de emprego público e aí ela fica praticamente acomodada. E é uma reforma que tem que acabar com os privilégios, principalmente no Judiciário. Mas quem faz as contas vê que, se a gente corrigisse todos esses privilégios adquiridos, a gente economiza R$ 2 bilhões, R$ 3 bilhões por ano. É importante? Super. Mas não é isso que vai resolver os problemas fiscais do Brasil. Eu vejo as lideranças do Congresso defendendo a reforma administrativa, como Arthur Lira, Hugo Motta, e isso encontra inclusive ressonância no mercado financeiro como se fosse uma panaceia do ponto de vista do ajuste fiscal, e não é. Seria muito mais efetivo voltar as emendas para o nível de 2015-2019. Do ponto de vista de ajuste fiscal, a reforma administrativa faz cócegas. BBC News Brasil – A culpa do Congresso na crise fiscal é maior do que a do governo? Bráulio Borges - Eu acho que a responsabilidade é compartilhada. Agora, o Congresso tem dado muitas bolas nas costas do ajuste. Eu acho que o primeiro grande desrespeito à Lei de Responsabilidade Fiscal no Brasil, que começou a valer em 2000, se deu no final de 2007, quando o Congresso extinguiu a CPMF, à revelia da vontade do Executivo, e não aprovou nenhuma medida de compensação. Isso desrespeitou o artigo 14 da Lei de Responsabilidade Fiscal, que diz que, para toda medida de desoneração permanente, você tem que apontar uma medida de compensação. A CPMF era um imposto ruim, do ponto de vista da eficiência econômica, mas era importante do ponto de vista do equilíbrio fiscal. Arrecadava 1,2% do PIB por ano. A gente estaria falando hoje de uma arrecadação da ordem de R$ 120 bilhões, R$ 130 bilhões por ano. A LRF, criada justamente para tentar responsabilizar os governantes e os políticos por medidas que atuam contra a responsabilidade fiscal, na prática, ela responsabiliza basicamente só o Executivo e, muitas vezes, só o Executivo federal. O Legislativo e o Judiciário não são devidamente responsabilizados por medidas que acabam contribuindo negativamente para a sustentabilidade das contas públicas. Acho que a gente precisa modernizar e reavaliar a LRF, para incorporar essa maior responsabilização de todos. Governo quer aumentar impostos, mas Congresso resiste a medidas. Agência Brasil via BBC BBC News Brasil - O difícil é o Congresso aprovar uma lei pra aumentar a responsabilidade do Congresso. Bráulio Borges - Exatamente. BBC News Brasil – Ao defender o aumento do IOF e de impostos sobre títulos financeiros, Haddad argumenta que as medidas atingem o andar de cima, os mais ricos. Qual sua visão? Bráulio Borges - Boa parte das medidas que a equipe econômica anunciou, de fato, afetam muito mais quem está no andar de cima do que quem está no andar de baixo. E digo mais, algumas medidas ajudam o Banco Central na tarefa conjuntural de esfriar a economia brasileira, que hoje está num quadro de superaquecimento. Por exemplo, essa história de colocar uma taxação em LCA e LCI. Essa explosão na emissão desses títulos no mercado de capitais está diminuindo a potência da política monetária. Desde 2021, o Banco Central do Brasil está tentando segurar o crescimento da economia brasileira. Só que a explosão nesses instrumentos atua na direção oposta, jogando lenha na fogueira do setor imobiliário, mesmo no setor agro. E, se a política monetária está perdendo potência, a Selic tem que subir mais. Chegou um nível de taxa Selic que a gente não via há uns dez anos. BBC News Brasil - A reação contra a alta do IOF e a tributação desses títulos são setores defendendo seus interesses e privilégios? Bráulio Borges - Eu acho que tem isso, mas, obviamente, acho que tem o Congresso também querendo aumentar o preço do apoio ao governo, vendo que o governo hoje, conjunturalmente, também está enfraquecido, vide aí as pesquisas mais recentes de popularidade. E, ao mesmo tempo, tem eleições ano que vem. Sejamos sinceros, boa parte das lideranças hoje do Congresso não tem interesse que o atual governo chegue em 2026 muito competitivo. Então, tem um pouco isso, e tem os setores, sim, defendendo os interesses. Por exemplo, quando o agro vai lá e diz que taxar LCA em 5% vai aumentar o preço de alimento, sendo que, na prática, pagava zero antes e todos os outros títulos pagam 20%, 15% [de impostos]. Ou seja, não é que o setor vai deixar de ter um benefício, é que o benefício vai ser menor do que era antes. E aí já ameaça dizendo que vai aumentar o preço dos alimentos, enfim, isso aí é obviamente o setor querendo manter seus benefícios. Então, tem sim essa reação dos interesses organizados que, obviamente, encontra respaldo nas lideranças do Congresso. E como a gente bem sabe, os lobbies estão muito bem representados no Congresso, enquanto o interesse difuso tem uma dificuldade enorme. Muitas vezes, quem tenta defender o interesse difuso ou é o Executivo ou é o Ministério Público. BBC News Brasil - Se não houver aumento de impostos, o governo vai quebrar em 2026? Bráulio Borges - Na verdade, ele precisa disso para fechar as contas de 2025, 2026 é outra história. Se ele não conseguir aprovar o IOF, vai ter que buscar receita atípica [que não se repete no ano seguinte]. Já se falou de fazer leilão de campo de petróleo, que poderia arrecadar R$ 15 bilhões a 25 bilhões. É uma receita que ajuda a fechar as contas desse ano, mas é altamente incerta. Enquanto ela não vier, o governo tem que contingenciar as despesas discricionárias [de uso livre], principalmente o PAC. Obviamente, a ala política do governo não gosta da ideia. Surgiu também uma ideia de receita atípica com a prorrogação antecipada das concessões de várias usinas hidrelétricas que estão para vencer nos próximos dois, três anos, que poderia render, nas contas que eu vi, algo em torno de R$ 13 bilhões a 15 bilhões. Então, na prática, alguma fonte de financiamento ele vai ter que achar. O governo propôs o IOF porque é um imposto regulatório: aumenta e diminui por decreto, e tem vigência imediata. E poderia aumentar a receita nesse ano e no próximo, não é uma coisa pontual de 2025 [como as receitas atípicas]. Algumas medidas que o governo está propondo de IR sobre LCA e LCI [pra substituir a alta do IOF] só vão valer a partir do ano que vem, se o governo conseguir aprovar. BBC News Brasil – Sem essas medidas, vai faltar dinheiro pra despesas essenciais, como o SUS? Braúlio Borges - As políticas que podem ser mais prejudicadas por esse shut down [desligamento do governo], vamos dizer assim, são aquelas que são financiadas por verbas discricionárias. E o SUS não é o caso, o SUS tem um mínimo constitucional [de previsão de despesas], educação tem um mínimo constitucional. O que pode ser prejudicado é investimento do PAC, porque é verba discricionária. Uma parte das emendas parlamentares também pode ser cortada. Obviamente que o Congresso não vai gostar, mas uma parte das emendas não tem execução obrigatória, então pode ser cortado. E tem algumas políticas públicas que são financiadas com despesa discricionária. Farmácia Popular é uma delas, a emissão de passaporte. O governo pode ter dificuldade para pagar a conta de luz, talvez ter que falar para as pessoas trabalharem de casa, [isso pode aumentar a] fila do INSS. Tudo isso pode ser afetado caso o governo não consiga uma receita extra para fechar as contas. Isso partindo do pressuposto de que o governo vai fazer de tudo para cumprir a meta fiscal. Ele pode optar por não cumpria a meta fiscal. BBC News Brasil - E aumentar a dívida pública? Bráulio Borges – E aí o impacto vai ser em termos de câmbio [alta do dólar], aumento do risco país. BBC News Brasil - Mas, se o governo não cumprir a meta fiscal, o atual arcabouço tem gatilhos para limitar as despesas. Bráulio Borges – Tem, mas boa parte deles só vão valer em 2027. Depois das eleições. Então, é aquela coisa, como boa parte do sistema político, inclusive parte grande do pessoal do Executivo, está de olho nas eleições, se você deixar para 2027, o pessoal vai falar "tudo bem, depois a gente vê o que faz". Isso acontece porque só vamos saber se o governo cumpriu as metas de 2025 lá para fevereiro ou março do ano que vem. As sanções mais pesadas, como não poder dar reajuste para servidor, seriam somente em 2027. BBC News Brasil – Lula tem cumprido muitos compromissos fora do país. Falta uma atuação mais presente do presidente na crise entre Fazenda e Congresso? Bráulio Borges – De fato, a impressão que a gente tem, não vou dizer que o Lula abandonou o Haddad, mas que está dando muito menos apoio do que poderia e deveria. E obviamente que isso é importante. O Haddad sozinho não tem a capacidade de fazer a interlocução no Congresso. E a gente sabe que dentro do governo tem aquela ala mais política, que muitas vezes bate de frente com o Haddad. Nesse sentido, acho que o apoio do Lula nessas negociações seria crucial.

21/06/2025 G1
Burnout não é frescura: entenda a exaustão crônica ligada ao trabalho, quais os sintomas e como agir
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Burnout não é frescura: entenda a exaustão crônica ligada ao trabalho, quais os sintomas e como agir

Síndrome do burnout atinge 1 em cada 3 brasileiros com estresse no trabalho e pode causar exaustão física e emocional profunda. O personagem Renato Filipelli (João Vicente de Castro) teve burnout na novela "Vale Tudo" TV Globo/Reprodução Sentir-se tão esgotado a ponto de não conseguir sair da cama, tomar banho ou colocar uma roupa. Ter alterações no sono, no apetite e perceber que nada mais do trabalho parece importar. Esses são alguns dos sinais clássicos do burnout, uma síndrome ocupacional provocada por estresse crônico não gerenciado no ambiente de trabalho. Na novela "Vale Tudo", o personagem Renato Filipelli, vivido pelo ator João Vicente de Castro, vive um quadro de estresse com o trabalho. O problema já atinge 32% dos trabalhadores brasileiros com estresse, segundo dados da ISMA-BR (International Stress Management Association no Brasil), uma organização dedicada à pesquisa científica e à prevenção do estresse. Em entrevista ao podcast Bem-Estar, a psicóloga Ana Maria Rossi, referência no tratamento do estresse no país, foi categórica ao alertar: “A pessoa tem uma sensação de exaustão que sair da cama, tomar um banho, colocar uma roupa, são atividades que demandam um esforço sobrenatural. Ela basicamente se arrasta”. Burnout e abuso de drogas entram em lista de doenças relacionadas ao trabalho Crise de saúde mental: Brasil tem maior número de afastamentos por ansiedade e depressão em 10 anos A especialista, que é precursora das técnicas de autocontrole e biofeedback no Brasil, reforça que o burnout é frequentemente confundido com a depressão, mas a principal diferença é o vínculo direto com o ambiente profissional. “A depressão pode afetar qualquer pessoa em qualquer idade. Já o burnout só pode ocorrer em quem está ativo no mercado de trabalho. Ele é uma síndrome resultante do estresse crônico não administrado no local de trabalho”. Síndrome e não doença: qual a diferença? Apesar de estar classificado desde 2022 como “doença ocupacional” pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o burnout não é tecnicamente uma doença. “A doença é uma condição médica com causas identificáveis. Já a síndrome é um conjunto de sinais e sintomas que ocorrem simultaneamente, normalmente sem causa definida”, explicou Ana Maria Rossi no podcast Bem-Estar. Três sinais que ajudam a identificar o burnout De acordo com a psicóloga, para ser diagnosticado com burnout, o profissional precisa manifestar três dimensões fundamentais: Exaustão – cansaço físico e emocional que não melhora nem com férias; Ceticismo – apatia, insensibilidade e distanciamento em relação ao trabalho; Ineficácia – queda na produtividade, alta margem de erro e sensação de incapacidade. Quem corre mais risco? A síndrome costuma surgir em profissionais insatisfeitos, desmotivados e que não respeitam seus próprios limites. “O profissional sabe que está ultrapassando seus limites, mas continua por diversas razões. Isso o torna um forte candidato a ter burnout”, disse Ana Maria Rossi. Entre os principais gatilhos estão: jornadas excessivas, insegurança no emprego, falta de apoio no trabalho, metas inalcançáveis, e conflitos entre vida pessoal e profissional. O burnout tem consequências graves. Afeta as pessoas de forma diferente, mas mesmo os casos leves, capazes de se prolongar por vários anos, podem levar a uma série de resultados negativos para a saúde. Isso inclui ansiedade e depressão relacionadas, aumento do risco de doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, insônia, dores de cabeça e, talvez, o mais alarmante: aumento da mortalidade. Freepik Trabalho remoto é vilão ou aliado? Segundo a psicóloga, o home office teve efeitos diversos. Para alguns, trouxe ganho de tempo e produtividade. Para outros, principalmente os mais sociáveis, causou isolamento e dificuldade de adaptação. Apesar da percepção de aumento, Ana Maria alerta que o crescimento dos diagnósticos pode estar associado a confusões conceituais. “Há uma grande confusão. Burnout é só ligado ao trabalho. Não existe burnout gestacional, burnout do idoso. Não há comprovação científica disso”. Como tratar (e prevenir)? O tratamento pode incluir psicoterapia, antidepressivos nos casos mais graves e mudanças no estilo de vida. Mas, segundo a especialista, afastamento do trabalho nem sempre é a melhor solução: “Algumas pessoas não se beneficiam com o afastamento porque não têm apoio social. Elas se sentem inúteis e isso pode piorar o quadro”. A chave, segundo ela, está em adotar práticas de autocuidado e estabelecer limites claros: praticar respiração abdominal; manter momentos de lazer; buscar apoio emocional e social; cuidar da alimentação e evitar álcool e cigarro. Empresas também têm responsabilidade Com a classificação da síndrome pela OMS, o Brasil passou a ter novas regras. A Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1) determina que empresas criem políticas para prevenir o burnout — evitando, por exemplo, jornadas abusivas e assédio moral. A fiscalização, que estava prevista para maio de 2025, foi adiada para maio de 2026. Mesmo assim, Ana Maria acredita que o alerta já está aceso nos gestores: “Eles poderão ser responsabilizados juridicamente. Por isso, devem estar atentos a cargas de trabalho sustentáveis, reconhecimento e um ambiente de apoio aos funcionários”.

21/06/2025 G1
UnB deve inaugurar graduação em inteligência artificial em 2026
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UnB deve inaugurar graduação em inteligência artificial em 2026

Aulas devem começar no primeiro semestre do próximo ano, no campus Darcy Ribeiro; curso terá duração de 4 anos. Universidade já tem laboratório de IA desde 2019. Ilustração de IA Freepik Respondendo à alta demanda da necessidade de profissionalização na área, a Universidade de Brasília (UnB) anunciou na terça-feira (17) a abertura do curso de bacharelado em Inteligência Artificial (IA). ?⚙️ ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 DF no WhatsApp. O curso ainda está em fase de planejamento, mas deve ter um currículo de quatro anos. A previsão é de que as aulas comecem no primeiro semestre de 2026, no campus Darcy Ribeiro. A UnB ainda não informou quantas vagas pretende oferecer na primeira turma. Além dessa iniciativa, a universidade já possui: ? Laboratório de Inteligência Artificial (AiLab): realiza projetos para organizações públicas e particulares que visam facilitar os processos de cada problema apresentado. Também oferece estágio para acadêmicos ligados ou não a UnB. O Laboratório já fez projetos para o jurídico brasileiro, entregando programas que geram celeridade nas burocracias jurídicas. ?️ Centro Integrado de Pesquisa em Inteligência Artificial (Cen.IA): une pesquisadores nacionais e internacionais em busca de inovação no meio tecnológico. Laboratório de IA Com local físico desde 2019, o AiLab fica localizado no campus Gama da UnB. O laboratório já realizou projetos para organizações pública e privadas com a participação de acadêmicos, sendo a maioria deles feitos para órgãos públicos jurídicas do Brasil. Veja alguns projetos abaixo: Projeto Victor: lê e interpreta o texto dos processos que chegam ao STF, realizando por fim a triagem. Projeto ALEI: Utilização de tecnologia para digitalizar processos judiciais no TRF1 e automatizar fases processuais na segunda instância. Projeto MANDAMUS: automatiza a entrega dos comunicados feitos pelos oficiais de justiça. Projeto Lesões de Pele: identifica através de uma foto tirada por celular qual o tipo de lesão, podendo identificar até o melanoma, que é um tipo de câncer de pele. Inteligência Artificial: impactos na criação artística Centro de Pesquisa de IA O Cen.IA opera com diversos colaboradores nacionais e internacionais, incluindo laboratórios e centros de pesquisa. Segundo a UnB, o espaço explora a aplicação de IA em áreas como: agricultura de precisão automação empresarial direito educação farmacologia medicina governança digital sustentabilidade ambiental. Veja outras novidades na área de IA: Bloqueio de celular por PM e previsão de chuva com IA: veja 3 anúncios do Google LEIA TAMBÉM: VÍDEO: vila de Brasília inundada pelo Lago Paranoá na década de 1950 é recriada usando IA FUTURO: Brasília com 199 anos? Veja projeção feita por especialistas de IA Leia mais notícias sobre a região no g1 DF.

21/06/2025 G1
Consignado CLT: Banco Central tem ranking com juros cobrados pelas instituições financeiras; veja
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Consignado CLT: Banco Central tem ranking com juros cobrados pelas instituições financeiras; veja

Mecanismo tem o objetivo de estimular a concorrência. Para governo, juros do crédito consignado para setor privado cobrados por algumas instituições financeiras estão elevados. O Banco Central publica em sua página na internet ranking das instituições financeiras informando a taxa de juros para várias linhas de crédito, o que envolve, também, o consignado ao setor privado com garantia do FGTS — modalidade inaugurada em março deste ano. A iniciativa visa a estimular a concorrência no sistema financeiro, em um momento no qual o Ministério do Trabalho informa que está "monitorando" os bancos que operam esse tipo de empréstimo. Para o governo, os juros do crédito consignado ao setor privado cobrados por algumas instituições financeiras estão elevados. Em caso de abuso, o governo informou que poderá descredenciá-los de ofertar os empréstimos. Trabalhador pode fazer a portabilidade do consignado CLT a partir desta sexta (06/06) Ranking do Banco Central O ranking do Banco Central com os valores das taxas de juros cobradas pelas instituições no consignado ao setor privado pode ser visto aqui. ➡️De acordo com o BC, o valor informado pelas instituições é a média das taxas de juros praticadas por elas. Já estão incluídos os encargos cobrados nas operações. ➡️O BC explicou que as taxas variam de um cliente para outro, dependendo de sua situação cadastral, do valor pago como entrada (se for o financiamento de uma compra) e das garantias consideradas na operação, entre outros. ➡️No ranking do Banco Central, que considera taxas praticadas entre 28 de maio e 3 de junho, a taxa média cobrada pelas 41 instituições listadas ficou em 3,2% ao mês. As taxas começam em 0,7% ao mês e vão até 6,48% ao mês. ➡️O valor da taxa média na pesquisa foi menor do que o patamar de abril de dessa mesma linha de crédito (3,94% ao mês) e, também, de outras, com cheque especial e cartão de crédito rotativo. Mas ainda está acima do patamar do consignado aos aposentados e servidores públicos no mês retrasado. ➡️O levantamento do BC, porém, engloba 41 instituições financeiras, enquanto o Ministério do Trabalho informa que há 66 estabelecimentos autorizados a operar a linha de crédito. Segundo o BC, as empresas que não aparecem ou não realizaram nenhuma operação de crédito, ou ela não prestaram informações no prazo previsto. Sem teto de juros Empréstino consignado é uma alternativa aos trabalhadores do setor privado Reprodução/TV Globo Apesar do monitoramento sobre as taxas de juros, o Ministério do Trabalho tem dito que não considera, até o momento, instituir um teto para os juros do consignado ao setor privado. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) tem defendido que não é necessário fixar um teto para os juros, pois as taxas cobradas, segundo a entidade, serão mais baixas com a garantia dos recursos do FGTS. No lançamento da nova modalidade de crédito, em cerimônia no Palácio do Planalto na semana passada, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, afirmou que, caso seja "observado que o sistema financeiro esteja abusando, o governo poderá estabelecer teto de juros no futuro". Em março, o governo publicou um decreto do presidente Lula que determinando que o Comitê Gestor das Operações de Crédito Consignado será responsável por definir os parâmetros, termos e condições do contrato para empréstimos. Com isso, deixou a porta aberta para eventualmente, se julgar necessário, fixar um teto de juros ao consignado. Nova linha de crédito A nova modalidade de crédito, com garantia do FGTS, foi lançada oficialmente em 21 de março, por meio de plataforma disponibilizada pelo governo. ? As regras incluem o uso de até 10% do saldo do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) como garantia e, também, 100% da multa rescisória na demissão sem justa causa (que equivale a 40% do valor do saldo). A garantia está na Medida Provisória sobre a medida, mas ainda não foi regulamentada. Nesta linha de crédito, as parcelas são quitadas com desconto no contracheque, ou seja, no salário do funcionário que pega um empréstimo em uma instituição financeira. O consignado ao setor privado já existia, mas, com as regras antigas, havia uma exigência de um acordo entre as empresas e os bancos — o que travava a liberação dos recursos. ? Desde 21 de março, a busca pelo crédito pode ser feita pelos trabalhadores diretamente por meio do aplicativo da Carteira de Trabalho Digital (CTPS Digital), sem a necessidade de acordo com os empregadores. ?Desde 25 de abril, os trabalhadores podem contratar o empréstimo também por meio dos canais eletrônicos dos bancos habilitados. ?De 16 de maio em diante, os trabalhadores do setor privado podem renegociar sua dívida utilizando a chamada "portabilidade" para outro banco, mas têm de procurar as instituições financeiras. ?Desde 6 de junho, está sento permitida a portabilidade do crédito consignado entre as instituições financeiras. O objetivo é beneficiar os detentores de contratos antigos de empréstimos consignados que, em tese, possuem juros maiores.

21/06/2025 G1
DF tem mais de mil vagas para castração gratuita de cães e gatos; cadastro é neste sábado
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DF tem mais de mil vagas para castração gratuita de cães e gatos; cadastro é neste sábado

Tutores devem fazer cadastro de seus animais no Centro Cultural Taguaparque, a partir das 7h45, de forma presencial. Gato olhando para a natureza. reprodução/canva O programa Castra-DF oferece mais de 1 mil vagas para castração de cães e gatos de graça. ?? Interessados podem fazer o cadastro de seus pets a partir das 7h45 deste sábado (21), no Centro Cultural Taguaparque, em Taguatinga, no Distrito Federal, de forma presencial e por ordem de chegada. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 DF no WhatsApp. Cada tutor pode inscrever até dois animais. Os pets devem ter, no mínimo, seis meses de idade e 2kg. As cirurgias para os pets contemplados estão previstas para 15 de julho a 20 de agosto, nas Unidades Móveis de Castração em Taguatinga. Detalhes para fazer o cadastro ? Quando: 21 de junho ⌚ Horário: a partir das 7h45 ? Local: Centro Cultural Taguaparque, localizado na Rodovia DF-001, Pistão Norte, em Taguatinga ? Veja mais informações no site do Castra-DF. Ter um pet 'vale' tanto quanto receber R$ 500 mil extras por ano ou se casar, aponta estud LEIA TAMBÉM: VOCÊ SABIA? Ter um pet 'vale' tanto quanto receber R$ 500 mil extras por ano ou se casar, aponta estudo britânico AREIA PARA GATOS: como escolher a melhor opção para tutores e seus pets Leia mais notícias sobre a região no g1 DF.

21/06/2025 G1
Vaca tem parto raro e dá à luz bezerros trigêmeos no ES; veja VÍDEO
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Vaca tem parto raro e dá à luz bezerros trigêmeos no ES; veja VÍDEO

Animal já teve outros partos de gêmeos em fazenda de Pancas, no Noroeste do Espírito Santo. Vaca tem parto raro e dá à luz a trigêmeos em fazenda no ES Uma vaca deu à luz bezerros trigêmeos no sábado (14), no distrito de Vila Verde, em Pancas, no Noroeste do Espírito Santo. O nascimento é considerado raro na pecuária, já que, segundo veterinários, a cada 100 mil partos, um tem a possibilidade de ser trigêmeos. ? Clique aqui para seguir o canal do g1 ES no WhatsApp Por ser tão raro e complexo, os bezerros Elisa, Maitê e Conectshow, como foram batizados, vão ser acompanhados de perto por uma equipe veterinária. A mamãe Esperança já tinha dado à luz gemêos em outros partos anteriores, mas os três filhotes surpreenderam toda a equipe da fazenda. ? Mamãe do ano Vaca Esperança teve bezerros trigêmeos em fazenda de Pancas, no Espírito Santo Reprodução/TV Gazeta O produtor Saulo Spilari contou que esta já é a quarta gestação da vaca, que está na família há cinco anos. "Quando deu umas 20h20, eu vim olhar. Quando eu cheguei, ela tinha parido e vi os três. Eu não acreditei na hora que eu vi. Ai eu liguei a lâmpada do curral, iluminei com a lanterna, com a lâmpada acesa para conferir mesmo. Fiquei todo contente e voltei pra contar pra minha esposa e para as minhas meninas", comentou o produtor. Esperança foi comprada ainda novilha por Saulo, no interior de Águia Branca, também no Noroeste do estado. Na primeira gestação, nasceram dois bezerros, mas apenas um sobreviveu. Na segunda, gêmeos de novo, um macho e uma fêmea, e os dois sobreviveram. Já na terceira, veio apenas um filhote. Vaca Esperança, de Pancas, Espírito Santo, já tinha dado à luz gêmeos em outros partos Reprodução/TV Gazeta Antes do último parto, o produtor pensou em vender a vaca, mas o comprador desistiu porque achou o animal magro e com a barriga muito grande. "Aí eu ia vender ela agora. O comprador vieo olhar e falou pra ela ficar. Ele disse que mais pra frente ia olhar ela de novo. E eu decidi não vender a Esperança. Deixei ela aqui e agora vieram três. A gente fica todo empolgado porque na nossa região nunca tinha acontecido", disse. Esperança, então, seguiu na família de Saulo, que brincava com a filha acreditando que em uma próxima gestação poderiam vir gêmeos de novo. LEIA TAMBÉM: Produtor rural de 95 anos esbanja disposição para colher 8 sacas de café por dia e cuidar da roça no ES VÍDEO: baleia jubarte é vista em praia de Vila Velha e marca início da temporada 2025 no litoral do ES VÍDEO: balé de cardumes chama a atenção na Baía das Tartarugas, em Vitória Bezerros trigêmeos Elisa, Maitê e Conectshow nasceram em fazenda de Pancas, Noroeste do Espírito Santo Reprodução/TV Gazeta Para a família, o animal sempre teve algo diferente. Foi até mesmo a mulher do produtor, Fernanda Ulich, que deu o nome de Esperança para a vaca, na torcida de que a vaca realmente pudesse ter mais gêmeos. Com isso, a vaca virou o novo xodó da fazenda. "Tem aquele ditado né? Esperança é a última que morre. Então, eu falei pra ele colocar Esperança, proque vai que vem mais bezerros gêmeos... Acabou que vieram realmente duas gestação de gêmeos e, agora, trigêmeos. Agora é só alegria e bênção aqui em casa", relatou. ?Genética De acordo com o veterinário Diego Frank, assim como acontece com o nascimento de gêmeos com humanos que possuem casos na família, esse tipo de gestação em vacas também pode estar ligado à predisposição genética do animal "Está mais ligado à genética. Essa vaca já teve outros partos de melares e essa é a primeira vez que ela está tendo um parto de trigêmeos", destacou o veterinário. Vaca de Pancas dá a luz a bezerros trigêmeos Mesmo possível, o parto múltiplo exige acompanhamento técnico e atenção redobrada por parte do produtor. No caso dos filhotes da vaca Esperança, o parto não teve nenhum veterinário no momento, mas agora os produtores vão ficar atentos ao crescimento dos bezerros. Frank explicou que essa atenção é necessária principalmente porque, muitas vezes, a mãe não produz leite suficiente para alimentar todos os filhotes. Então, a dieta da vaca precisa ser suplementada. "Precisa observar se a vaca também vai precisar de uma suplementação de vitaminas, minerais. O ideal é sempre ter um veterinário para dar esse suporte para o proprietário", pontuou. Além disso, o veterinário alertou para casos de trigêmeos que envolvem dois machos e uma fêmea filhotes. Nesse tipo de combinação, há uma grande probabilidade de a fêmea nascer infértil. Isso acontece porque ela compartilha a gestação com os irmãos machos e acaba absorvendo parte dos hormônios masculinos, como a testosterona, o que compromete seu sistema reprodutor. Produtor rural Saulo ficou surpreso quando viu vaca dando á luz a três bezerros na fazenda em Pancas, Espírito Santo Reprodução/TV Gazeta Parto de trigêmeos bovinos é considerado raro e aconteceu em fazenda de Pancas, Espírito Santo Reprodução/TV Gazeta VÍDEOS: tudo sobre o Espírito Santo Veja o plantão de últimas notícias do g1 Espírito Santo

21/06/2025 G1
Diretor é ameaçado após tomar celular de aluno que usava aparelho para colar durante prova, diz polícia
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Diretor é ameaçado após tomar celular de aluno que usava aparelho para colar durante prova, diz polícia

Segundo diretor, o aluno já havia causado problemas um dia antes, agredindo um colega de sala. De acordo com a Polícia Civil, o adolescente e o irmão fizeram ameaças ao diretor. Adolescente e irmão vão parar na delegacia após ameaçarem diretor de escola Um aluno adolescente de 17 anos e seu irmão, de 19, são suspeitos de ameaçar o diretor do Colégio Estadual Professor Quintiliano Leão Neto, em Rio Verde, no sudoeste de Goiás, após ele ter tomado o celular do aluno durante uma prova, segundo a polícia. Após as ameaças, o jovem foi preso e o adolescente foi detido pela polícia. "Eram dois irmãos, um maior e um menor. O maior foi levado também, foi feito o procedimento e ele foi remetido para a Varada da Infância e Juventude, mas ele foi colocado em liberdade e entregue aos responsáveis legais", afirmou o delegado Guilherme Oliveira. Clique aqui e siga o perfil do g1 Goiás no Instagram O irmão do adolescente passou por uma audiência de custódia na quinta-feira (19) e foi liberado provisoriamente pela Justiça. A defensoria que cuida do caso é pública e afirmou que não comentará sobre. As ameaças aconteceram na quarta-feira (18). De acordo com o diretor que foi vítima dos irmãos, no dia da confusão, o aluno estava fazendo algumas provas que havia perdido, quando a professora que estava aplicando o teste percebeu que ele estava colando usando o celular e tomou o aparelho do adolescente. LEIA TAMBÉM: Estudante dá golpe de canivete em professor enquanto ele escrevia no quadro, diz polícia Coordenador é morto por aluno dentro de escola em Águas Lindas de Goiás, diz polícia Ex-aluno é condenado a mais de 21 anos de prisão por matar professora e esfaquear o filho dela para se vingar de bronca Em nota, a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) de Goiás afirmou que orienta, por meio de portaria, que o aluno só pode ficar com o celular desligado e guardado dentro da mochila, e que, caso seja recolhido pela escola, deve ser devolvido apenas aos responsáveis legais (leia a nota completa ao final do texto). Ainda segundo o diretor, o aluno já havia causado problemas um dia antes, agredindo um colega de sala. Como o aluno já tinha causado problemas anteriormente, o diretor afirmou que não entregaria o aparelho ao aluno, somente na presença dos pais. "No início das aulas do vespertino, apareceram os dois lá e eu disse que havia dito que só entregaria para a mãe, aí eles se irritaram e começaram a fazer ameaças verbais", afirmou. O diretor explicou que decidiu deixar o local para atender a mãe de outro aluno. Enquanto isso, ele contou que os dois reviraram a coordenação atrás do aparelho e começaram a dizer que "quebrariam tudo" caso o celular não fosse entregue, momento em que o diretor ligou para a polícia. ✅ Clique e siga o canal do g1 GO no WhatsApp De acordo com a Polícia Civil, tanto o adolescente quanto o irmão fizeram ameaças ao diretor, mas o irmão do aluno também vai responder pelo crime de corrupção de menores. Nota da Seduc Goiás "Em atenção à solicitação de informações sobre fatos ocorridos no Colégio Estadual Professor Quintiliano Leão Neto, no município de Rio Verde, a Secretaria de Estado da Educação de Goiás (Seduc/GO) esclarece: Sobre a política pública relacionada ao uso de celulares, a Seduc orienta, por meio de portaria, que o aluno pode portar o aparelho, desde que o mantenha desligado e guardado dentro da mochila. Caso o celular seja recolhido pela escola, ele será devolvido apenas aos responsáveis legais. Em relação ao caso específico ocorrido ontem, os procedimentos legais foram devidamente adotados. O celular de um estudante foi recolhido e seria entregue ao responsável. No entanto, o irmão do aluno, maior de idade, dirigiu-se à escola para buscar o aparelho, ocasião em que agrediu verbalmente o gestor da unidade e, em seguida, também de forma física. Diante da situação, foi aplicado o Protocolo de Segurança Escolar da Rede Estadual de Educação. As forças de segurança foram acionadas e todos os envolvidos foram encaminhados à delegacia para as providências cabíveis. Na próxima semana, será realizada uma reunião com a comunidade escolar para apresentar os procedimentos adotados. Uma equipe multidisciplinar, composta por psicólogos, professores e assistentes sociais, será encaminhada à unidade para promover a cultura da paz e realizar escuta ativa de servidores e estudantes. A Superintendência de Segurança Escolar da Seduc também foi acionada e está acompanhando o caso. Secretaria de Estado da Educação -- Governo de Goiás" Segundo a polícia, adolescente e irmão ameaçaram diretor por causa de celular em escola de Goiás Reprodução/TV Anhanguera ? Veja outras notícias da região no g1 Goiás. VÍDEOS: últimas notícias de Goiás

21/06/2025 G1
Caso Bruno Henrique: entenda o suposto esquema e veja quem foi denunciado por fraude em apostas
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Caso Bruno Henrique: entenda o suposto esquema e veja quem foi denunciado por fraude em apostas

Jogador do Flamengo é apontado como principal articulador do suposto crime. MPDFT denunciou nove pessoas por fraude e estelionato; um décimo investigado fez acordo. Bruno Henrique em imagem de arquivo. André Durão Autor de um dos três gols da vitória do Flamengo por 3 x 1 sobre o Chelsea (Inglaterra) nesta sexta-feira (20), o jogador Bruno Henrique é um dos nove denunciados pelo Ministério Público do Distrito Federal por um suposto esquema de manipulação de apostas esportivas. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 DF no WhatsApp. Segundo o MP, o atleta teria forçado um cartão amarelo durante uma partida disputada contra o Santos, em novembro de 2023, no Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília. Um décimo investigado no inquérito, que confessou o crime, firmou um Acordo de Não Persecução Penal (ANPP) com o Ministério Público. ➡️ Essa negociação permite ao investigado evitar um processo criminal, desde que cumpra certas condições e, neste caso, confesse o crime. O mesmo acordo foi oferecido para outros investigados, mas apenas Douglas aceitou o trato (saiba mais abaixo). O g1 entrou em contato com defesa de todos os investigados citados. As notas estão na íntegra ao fim da reportagem. Como funcionava o esquema Veja as trocas de mensagens entre o jogador Bruno Henrique e irmão Reprodução/TV Globo De acordo com a investigação, Bruno Henrique teria avisado previamente ao irmão, Wander Nunes Pinto, que provocaria intencionalmente um cartão amarelo durante a partida entre Flamengo e Santos. A conversa em um aplicativo de mensagens ocorreu no dia 29 de agosto de 2023 (veja imagem acima). Com a informação privilegiada, Wander teria instigado o irmão a levar o plano adiante e repassado a informação a outras pessoas, para que também apostassem em diversas plataformas. O volume elevado e suspeito de apostas levou as casas a bloquearem os pagamentos. A denúncia do MPDFT inclui os crimes de fraude a resultado ou evento esportivo e estelionato praticado contra as empresas operadoras. Quem são os denunciados Veja abaixo quem são os denunciados e o papel de cada um no esquema, segundo o Ministério Público do Distrito Federal. Caso Bruno Henrique: veja as condutas atribuídas pelo MP do DF a cada um dos denunciados Arte / g1 Bruno Henrique Segundo o MPDFT, um dia antes da partida, Brunho Henrique procurou Wander para relembrá-lo do plano. MPDFT/Reprodução O jogador do Flamengo é apontado como o articulador do esquema. Segundo o MPDFT, Bruno Henrique levou o cartão amarelo de forma intencional. A investigação concluiu que um dia antes da partida, ele procurou Wander para relembrá-lo da "parada que vc me perguntou uns tempo atrás", confirmando o plano (veja o print acima). O Ministério Público decidiu não oferecer um Acordo de Não Persecução Penal (ANPP) para Bruno Henrique. A justificativa é que essa solução não seria suficiente para a reprovação e prevenção do crime. Para o MPDFT, o atleta é um "modelo de profissional bem-sucedido" e uma resposta "benevolente e abreviada" poderia servir de estímulo para a prática de golpes contra casas de apostas, naturalizando fraudes esportivas. Wander Nunes Pinto Junior Irmão do jogador, Wander é apontado como figura central da fraude. Segundo o MPDFT, foi ele quem sondou o jogador sobre a possibilidade de levar o terceiro cartão amarelo e quem o instigou a cometer a infração de forma intencional. Após receber a confirmação, Wander apostou em nome próprio, orientou Ludymilla — a companheira dele — a apostar e repassou a informação para outros acusados. O Ministério Público também não ofereceu um Acordo de Não Persecução Penal (ANPP) a Wander. Ele foi denunciado por fraude em evento esportivo e por estelionato, tanto consumado quanto tentado. consumado: quando os acusados conseguiram receber o dinheiro das apostas com base na fraude. tentado: quando fizeram a aposta, mas o pagamento foi bloqueado pela casa por suspeita. Ludymilla Araujo Lima Ludymilla Araujo Lima, companheira de Wander Nunes Pinto Junior, é acusada de ajudar a aplicar o golpe contra casas de apostas. Ela cedeu contas e dados bancários para viabilizar as apostas. O MPDFT ofereceu proposta de ANPP, mas a defesa recusou. Ludymilla foi denunciada por estelionato consumado e tentado. Poliana Ester Nunes Cardoso Prima de Bruno Henrique, Poliana usou a informação repassada por Wander para tentar lucrar com o cartão amarelo. Ela apostou, mas a casa de apostas bloqueou o pagamento. A tentativa, segundo o MPDFT, ocorreu em padrão idêntico ao de outros familiares, o que indicaria conhecimento prévio do plano. Poliana também recusou proposta de ANPP. Ela foi denunciada por tentativa de estelionato. Claudinei Vitor Mosquete Bassan Claudinei e Wander trocaram mensagens durante a partida. MPDFT/Reprodução Claudinei Vitor Mosquete Bassan, amigo de Wander Nunes Pinto Junior, é apontado como peça-chave na disseminação da informação para outros acusados. Segundo o MPDFT, ele teve lucro em quatro apostas, feitas em várias plataforma, e usou contas da companheira, Rafaela Cristina. "Claudinei não apenas compartilha a informação, mas também instrui os comparsas sobre como proceder para realizar as apostas nas diferentes plataformas, [...], e demonstra preocupação em apagar os rastros de crimes, sugerindo que as tratativas fossem feitas por ligação", diz a denúncia. Ele ainda trocou mensagens com Wander durante e após a partida, expressando preocupação com a demora do cartão (veja o print acima). O investigado recusou proposta de acordo, alegando desproporcionalidade. Ele foi denunciado por estelionato consumado, pelas quatro apostas, e tentativa de estelionato. Rafaela Cristina Elias Bassan Companheira de Claudinei, Rafaela permitiu o uso de contas pessoais para apostas ilegais. Ele teve lucro em duas plataformas, e também fez uma tentativa frustrada em outra. "Rafaela possuía pleno conhecimento da empreitada criminosa e permitiu que o crime fosse levado a efeito com o uso de seus dados. Não por outra razão, dialogando com Claudinei sobre a suspensão das apostas [...] e demonstrando ciência de que seu companheiro tentava realizar apostas em nome de terceiros", afirma a investigação do MPDFT. Assim como o companheiro, ela recusou proposta de ANPP e foi denunciada por estelionato, pelas duas apostas bem sucedidas, e tentativa de estelionato. Henrique Mosquete do Nascimento Irmão de Claudinei, Henrique fez uma aposta que resultou em lucro e outra em que teve o pagamento bloqueado. Ele também recusou o ANPP, alegando que o cumprimento das condições afetaria a jornada de trabalho dele. Henrique foi denunciado por estelionato e tentativa de estelionato. Andryl Sales Nascimento dos Reis Andryl Sales admitiu em conversa com a companheira que a aposta era combinada e que a informação vinha "diretamente do cara" — Bruno Henrique. MPDFT/Reprodução Andryl Sales, amigo de Claudinei e Wander, admitiu em conversa com a companheira que a aposta era "combinada". Ele também afirmou que a informação vinha "diretamente do cara" — Bruno Henrique (veja o print acima). Ele recebeu lucros em diferentes plataformas e teve uma operação bloqueada em uma. Andryl recusou o ANPP e foi denunciado por estelionato, duas vezes, e tentativa de estelionato. Max Evangelista Amorim Max Evangelista Amorim, amigo de Claudinei, teria recebido a informação privilegiada difundida por Claudinei. Segundo o MPDFT, o investigado criou uma conta em um plataforma horas antes do jogo, e apostou que Bruno Henrique levaria um cartão amarelo, obtendo lucro. Durante as investigações, foram encontrados áudios no celular de Max, gravados entre 1º e 2 de novembro de 2023, nos quais ele comentou sobre a aposta “vitoriosa”. Para o MPDFT, as gravações denunciam que o "palpite" foi baseado na "informação privilegiada que Claudinei propagou no bojo do grupo de amigos do qual fazia parte". "Acertei uma pedrada na aposta aqui [...] Jogo de apostas de futebol aqui, entendeu? Apostou com o Bruno Henrique do Flamengo ia tomar cartão amarelo. Ele foi e tomou cartão amarelo”, diz Max nos áudios obtidos pelo Ministério Público. Assimo como os demais investigados, Max recusou o ANPP e foi denunciado por estelionato. Douglas Ribeiro Pina Barcelos Investigado em caso de aposta envolvendo Bruno Henrique confessa fraude. Douglas Ribeiro Pina Barcelos é o único investigado a admitir participação no esquema e aceitar o acordo do MPDFT. Com isso, ele não será denunciado formalmente na esfera criminal. O ANPP foi homologado pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) nesta segunda-feira (16). Em audiência com o Ministério Público, Douglas confessou que sabia, antes do jogo, que o atacante Bruno Henrique, do Flamengo, receberia cartão amarelo durante a partida (veja o vídeo acima). Entre as condições do acordo estão: Prestação de 360 horas de serviço comunitário em até 18 meses; Pagamento de R$ 2.322,13, uma entidade beneficente, preferencialmente voltada ao combate à ludopatia; Proibição, por dois anos, de cadastro ou uso de plataformas de apostas online no Brasil. O que dizem as defesas A defesa de Poliana Ester Nunes Cardoso, Wander Nunes Pinto Junior e Ludymilla Araujo Lima: "Espero que o caso se resolva em breve e confio que a Justiça irá reconhecer que não houve crime". A defesa de Claudinei Vitor Mosquete Bassan, Rafaela Cristina Elias Bassan e Henrique Mosquete do Nascimento: "Claudinei Vitor Mosquete Bassan, Rafaela Cristina Elias Bassan e Henrique Mosquete do Nascimento receberam a informação da denúncia com surpresa, uma vez que a acusação de estelionato não encontra respaldo nas investigações. Meus constituintes sempre colaboraram com a apuração dos fatos, forneceram senha dos telefones, atenderam todos os chamados e apresentaram documentos, sabendo da inocência e que jamais houve fornecimento de informação privilegiada sobre a partida. Sobre os fatos, a defesa menciona que a incidência do cartão amarelo para o atleta Bruno Henrique era previsto e óbvio naquela partida, uma vez que o jogador estava pendurado, com dois cartões amarelos. Comentou-se com bastante ênfase naquela época nos jornais, sites e programas esportivos que o atleta do Flamengo forçaria o cartão amarelo, prática comum no futebol. Assim, ficaria de fora da partida seguinte cujo adversário seria o Fortaleza e retornaria, zerado de cartão, para o confronto direto pelo título contra o Palmeiras. A defesa acredita que haverá arquivamento da teratológica acusação para todos os investigados. Sobre o ANPP, além das condições dessarrazoadas apresentadas pelo Ministério Público, com valores dissociados da realidade da apuração, houve a exigência de confissão, e meus clientes discordam totalmente da acusação e jamais confessarão um fato que não ocorreu". A defesa de Max Evangelista Amorim: "A defesa do Sr. Max Evangelista Amorim recebeu com serenidade, mas também com absoluta perplexidade, a denúncia oferecida pelo MPDFT no último dia 11. Uma análise técnica e aprofundada dos autos do Inquérito Policial, base da denúncia, permite-nos afirmar, com segurança, que a peça acusatória carece de suporte probatório mínimo para sustentar as graves imputações feitas ao nosso cliente. À vista disso, no que tange ao Sr. Max, mostra-se cristalino que a denúncia está pautada em meras ilações e presunções que, ao longo da instrução processual, serão devidamente refutadas e desconstruídas. Trata-se de um caso de notória complexidade, que exige um trabalho técnico e estratégico minucioso. A defesa, nesse sentido, já tem se debruçado sobre teses defensivas robustas que serão apresentadas ao Poder Judiciário, foro adequado para o debate e para a apuração da verdade. É fundamental esclarecer que a defesa optou pela recusa à proposta de Acordo de Não Persecução Penal (ANPP) por uma razão de princípio: a sua celebração exigiria, por lei, a confissão das práticas delitivas imputadas. Tal condição é inaceitável e frontalmente contrária à convicção de inocência de nosso cliente. Jamais poderíamos anuir com uma assunção de culpa sobre fatos que, estamos convictos, não ocorreram da forma como descritos pela acusação. Reiteramos nossa total confiança na Justiça e no devido processo legal. A defesa vem trabalhando de forma incansável para demonstrar que as acusações que pesam sobre o Sr. Max são infundadas, visando ao final o único resultado possível e justo: o reconhecimento de sua completa inocência". A defesa de Andryl Sales Nascimento dos Reis: "O indiciado, Andryl Sales Nascimento dos Reis, representado por sua advogada, Sabrina Renata Monteiro Armendane, informa que tomou conhecimento da denúncia oferecida pelo Ministério Público do DF e acredita no arquivamento da acusação de estelionato, ante a fragilidade probatória que ladeia o caso. A defesa de Andryl ressalta que, desde o início das investigações, o indiciado contribuiu sobremaneira com os trabalhos desenvolvidos pela Autoridade Policial, ao fornecer, de forma espontânea, as senhas de acessos aos smartphones apreendidos, bem como se manteve à disposição para repassar toda e qualquer informação que fosse relevante para o caso, buscando, desde o início, comprovar que não recebeu nenhuma informação que fosse privilegiada acerca da partida ocorrida entre Flamengo e Santos. A defesa também reforça que Andryl, em nenhum momento, teve contato com Bruno Henrique ou seu irmão, Wander, para tratar acerca da partida. Quanto ao ANPP oferecido pelo Ministério Público, a defesa pontua que fora realizada audiência, entretanto, não foi possível realizar o acordo, tendo em vista que as condições propostas fugiram da proporcionalidade e razoabilidade, tanto em relação à prestação de serviços à comunidade, quanto em relação aos valores exigidos. Além disso, também houve a exigência de confissão por parte do indiciado, o que tornou inviável o ANPP, uma vez que há discordância total quanto à tese acusatória, não havendo que se falar em confissão por parte de Andryl." A defesa de Douglas Ribeiro Pina Barcelos: "A respeito das recentes publicações envolvendo a homologação do Acordo de Não Persecução Penal (ANPP) celebrado no âmbito do processo que tramita perante a 7ª Vara Criminal de Brasília, esclarece-se que tal medida não interfere no andamento processual em relação a Bruno Henrique e aos demais denunciados. É importante destacar que o ANPP é um instituto jurídico distinto da delação ou da colaboração premiada, não implicando qualquer tipo de confissão formal ou acusação contra terceiros. Trata-se de um mecanismo de justiça negocial, previsto no artigo 28-A do Código de Processo Penal, cuja celebração visa apenas à responsabilização do investigado em determinadas hipóteses legais, mediante o cumprimento de condições fixadas pelo Ministério Público e homologadas pelo Judiciário. Reforça-se que, independentemente da formalização do ANPP, as investigações já reuniam elementos suficientes para a propositura da denúncia contra os demais envolvidos. Assim, o acordo firmado não foi imprescindível para a formalização criminal dos demais investigados, cujas condutas foram apuradas por meios próprios, dentro do devido processo legal". LEIA TAMBÉM: R$ 74 MILHÕES: Ibaneis retoma proposta de construir 'Museu da Bíblia' no centro de Brasília CORPUS CHRISTI: Esplanada dos Ministérios tem montagem de tapetes e missa Leia mais notícias sobre a região no g1 DF.

21/06/2025 G1
Produção de ex-ministro e colheita curta: 5 curiosidades sobre o azeite brasileiro eleito como melhor do mundo
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Produção de ex-ministro e colheita curta: 5 curiosidades sobre o azeite brasileiro eleito como melhor do mundo

Azeite Sabiá, produzido em Santo Antônio do Pinhal (SP), foi o único brasileiro na lista divulgada nesta semana pela Flos Olei 2025. Imagem de arquivo - A produtora de azeite Sabiá, de Santo Antônio do Pinhal Divulgação/Azeite Sabiá Produzido em Santo Antônio do Pinhal, no interior de São Paulo, o azeite Koroneiki, da marca Azeite Sabiá, foi eleito o melhor do mundo na categoria azeite médio frutado na edição 2025 do guia internacional Flos Olei 2025. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Vale do Paraíba e região no WhatsApp Ao todo, o azeite já recebeu cerca de 160 prêmios internacionais em avaliações pelas quais passou, em cinco safras. No site oficial da empresa, ele é vendido a partir de R$ 129. O g1 separou cinco curiosidades sobre o azeite e a produção dele. Veja abaixo: Ex-ministro de FHC A produção do melhor azeite médio frutado do mundo é de responsabilidade de Bob Vieira da Costa, que foi ministro-chefe da Secretaria de Estado de Comunicação do mandato, que iniciou em 1995 e se encerrou em 2003. Bob Costa e Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente do Brasil Divulgação/Azeite Sabiá Com o fim da atuação no cargo, alguns anos depois Bob e a esposa, a jornalista Bia Pereira, decidiram implantar um pomar em 2014, na cidade de Santo Antônio do Pinhal. Foi aí então que a relação com o azeite teve início de fato. "Implantamos o pomar em 2014, aqui em Santo Antônio do Pinhal. Primeira produção em 2018, mas foi muito pequena, foi só uma [produção] familiar mesmo. Comercialmente veio a partir de 2020", disse Bob ao g1. Bob Vieira da Costa e Bia Pereira, responsáveis pela empresa Azeites Sabiá Arquivo pessoal/Divulgação Clima brasileiro interfere na produção De acordo com o empresário, desde 2008, quando aconteceu a primeira extração de um azeite no Brasil, em Maria da Fé (MG), o país vem se destacando como produtor. Os desafios concentram-se no clima. "No Brasil, pela questão climática, a gente acaba tendo um pouco antes. Aqui a primeira produção nossa estava com 5 anos de idade. Mas na regra, a média é em torno de 7 a 8 anos que ele tem para atingir o ponto de produção considerado ideal", disse ele, que apontou a dificuldade com a falta de frio no último ano. "Este ano foi um ano muito difícil, porque não teve frio suficiente o ano passado. Então interferiu significativamente na produção, poderia ter sido muito maior. Você tem que ter no mínimo umas 300 horas de frio abaixo de 10, 12 graus durante o ano", relatou. "Isso acontece no momento em que ela vai adormecer a árvore, ao adormecer ela sente ameaçada, ameaçada ela dá flor, que vai vir a dar o fruto. E se ela não se sentir ameaçada, essa floração fica muito comprometida, porque ela pega toda a energia e transforma isso em galhos, em aumentar o tronco, e não para gerar o fruto. Então precisa desse frio, é fundamental que se tenha". A produtora de azeite Sabiá, de Santo Antônio do Pinhal Divulgação/Azeite Sabiá Colheita mobiliza até 50 pessoas Durante a produção, cerca de 5 pessoas participam ativamente. O reforço da equipe acontece durante a colheita, geralmente no início de cada ano, segundo explica Bob. "A parte mais desafiadora é a colheita. Na colheita você tem um grupo muito maior [de pessoas envolvidas]. Durante o ano, você tem uns 4 ou 5 pessoas que conseguem tocar o pomar. Na época da colheita esse número vai para 50 pessoas. É bem mais desafiador", acrescentou. Período curto para a colheita De acordo com Bob, o período para colheita do produto é muito curto, sempre no primeiro trimestre de cada ano. "O azeite só dá numa época do ano, geralmente é a segunda quinzena de janeiro, primeira de fevereiro e vai um pouquinho mais até março e aí depois é só nesse período que você vai conseguir colher". Como é a classificação dos azeites Cada azeite é classificado de acordo com a intensidade, podendo variar entre o suave e os mais intensos. Quem explica é esposa de Bob, Bia Pereira. “O azeite é classificado por intensidade, dependendo do fruto, ele pode ser mais suave, mais médio, frutado ou intenso. O frutado é relativo ao aroma. Então o azeite ele é avaliado primeiro o aroma e depois na boca. Então no aroma ele é suave, médio frutado ou intenso. E tem uma classificação, até 0,4 é suave, 0,4 a 6,5 é médio, frutado e de 6,5 a 8 é intenso”, explicou. “Na boca você tem que sentir amargo e picante, todo azeite tem que ter amargo e picante. E você sente também gosto de fruta, de tomate. Aí depende da complexidade do azeite. Quanto mais coisas os especialistas percebem, mais complexo é. Isso não significa que o suave é pior, o intenso é melhor e o médio é no meio, não. São coisas diferentes. Vai do gosto de cada um e vai da harmonização também”, finalizou. Azeite produzido no interior de SP é eleito o melhor do mundo por guia internacional Divulgação/Azeite Sabiá Premiação O azeite premiado é o Koroneiki, da marca Azeite Sabiá, que é comandada pelo casal Bia Pereira e Bob Costa, um ex-ministro do governo de Fernando Henrique Cardoso. O produto recebeu o título de melhor azeite médio frutado do mundo na edição 2025 do guia. "Para quem vive esse mundo dos azeites, ser reconhecido pelo Flos Olei é extraordinário. É um guia muito respeitado, com uma equipe muito séria. É uma coroação, um enorme reconhecimento para a gente", disse o empresário Bob Vieira da Costa, responsável pela produção do azeite. A lista dos premiados pelo Flos Olei 2025 foi divulgada nesta semana e incluiu diversas variedades de azeites. O guia conta com vários rótulos brasileiros e o Sabiá foi eleito o melhor do mundo. O guia Flos Olei é coordenado pelo crítico internacional Marco Oreggia e conta com a avaliação de especialistas. A premiação acontece todos os anos. Durante a seleção, cada azeite é degustado em diferentes etapas. Após as provas, os jurados divulgam a nota de cada rótulo. Azeite de oliva da marca Sabiá, produzido no interior de São Paulo, sendo despejado Divulgação/Adriano Fagundes/Azeite Sabiá Azeite de Santo Antônio do Pinhal fica entre os 10 melhores do mundo em premiação Veja mais notícias do Vale do Paraíba e região bragantina

21/06/2025 G1
Sem patrocínio, quadrilheiros se viram para pagar as contas e garantir desfiles no São João: 'Todo mundo endividado e feliz'
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Sem patrocínio, quadrilheiros se viram para pagar as contas e garantir desfiles no São João: 'Todo mundo endividado e feliz'

Integrantes de quadrilhas juninas, muitos de baixa renda, fazem sacrifícios movidos pelo amor aos grupos, que chegam a ter mais de 200 componentes. 'Todo mundo fica endividado', diz integrante de quadrilha junina sobre gastos no São João A paixão pela tradições culturais move os integrantes das quadrilhas juninas de Pernambuco, que se desdobram para arcar com os altos custos dos desfiles (veja vídeo acima). Diante de orçamentos que podem chegar a centenas de milhares de reais, a falta de patrocínio leva os grupos a buscarem no poder público e nas doações da comunidade o fôlego necessário para manter vivo o espetáculo. ? Siga o perfil do NE2 no Instagram Os quadrilheiros, muitos de baixa renda, fazem sacrifícios movidos pelo amor aos grupos, que chegam a ter mais de 200 componentes. Alguns deles contaram à TV Globo que muitas vezes precisam pagar as contas do próprio bolso e até contrair dívidas para garantir a beleza e a grandiosidade das apresentações. "[A dívida] fica no meu [cartão de crédito] e de todos. Todo mundo tem que fazer um pouquinho. [...] Todo mundo endividado e feliz. Ficou um débito do meu cartão do ano passado de 15 mil reais. Então, assim: eu vou dividindo, dividindo de uma forma ou outra para conseguir pagar", afirmou Joel Farias, que faz parte do setor financeiro da Quadrilha Junina Tradição, do Recife. A cabeleireira Tamyres dos Santos é quadrilheira há 20 anos e disse que investe R$ 1.500 no vestido que usa para desfilar com a Tradição. "É um amor que nem se mede. Quem é realmente quadrilheiro faz por amor. [...] A gente faz qualquer negócio", declarou. Todo esse esforço é visível em outros grupos, como a Junina Dona Matuta, do bairro de San Martin, na Zona Oeste do Recife. A empresária Marcela Barroso, que desfila como noiva na agremiação, afirmou que ainda não fez os cálculos do quanto gastou neste ano, mas estimou que os gastos para confeccionar o figurino, cheio de bordados e brilhos, já passaram de R$ 12 mil. "Não tem preço. Compensa realmente, me realizo bastante", disse. Integrantes de quadrilhas juninas se desdobram para pagas as contas e garantir espetáculos no São João Reprodução/TV Globo Quadrilhas com CNPJ Para além dos gastos individuais com figurinos, as quadrilhas enfrentam desafios ainda maiores para financiar todo o espetáculo, já que o dinheiro que entra nem sempre cobre as despesas. "No período junino, a gente vai gastando mais, porque a gente trabalha com os efeitos que a gente leva para os arraiais, como papel picado. A gente aluga máquinas de papéis, CO2, traque de massa. E aí esse custo vai aumentando e chega a mais ou menos entre R$ 270 mil e R$ 300 mil", disse a tesoureira da Dona Matuta, Vivia Lopes. O presidente da Tradição, Gildo Brito, contou que o orçamento da quadrilha deste ano é de R$ 268 mil. "Trabalhamos com a comunidade. Fazemos seis eventos durante o ano para poder chegar a 90%, porque os 10% que ficam faltando a gente consegue só depois do São João", informou. Para lidar com a complexidade financeira, muitas quadrilhas tiveram que se reinventar por meio da formalização, atuando como empresas com CNPJ. Essa medida é crucial para acessar recursos públicos, participar de editais e projetos e facilitar a negociação com fornecedores, buscando melhores produtos e condições, de acordo com a contadora Josy Tenório. "A quadrilha buscou essa formalização, tendo em vista a fonte de recursos necessários para a atuação deles e também de entes públicos. Em alguns casos, os recursos só são repassados se houver essa formalização. É necessário, inclusive, para conseguir melhores produtos", explicou. VÍDEOS: mais vistos de Pernambuco nos últimos 7 dias

21/06/2025 G1