Vereador Carlos Bolsonaro é investigado por acessar cofre no Banco do Brasil em datas suspeitas
O vereador Carlos Bolsonaro (PL) está sendo investigado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro por acessar um cofre no Banco do Brasil nos mesmos dias em que seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), realizou transações imobiliárias com características suspeitas. Os registros do banco indicam que Carlos e seu irmão, o senador Flávio Bolsonaro (PL), acessaram as caixas do cofre 153 vezes ao longo de 12 anos, com uma média de uma vez por mês.
A investigação do MP-RJ contra Carlos está ligada a suspeitas de envolvimento em um esquema de “rachadinha” em seu gabinete na Câmara Municipal. Embora uma denúncia tenha sido feita contra servidores do vereador, o procedimento contra Carlos foi arquivado por falta de provas.
A defesa de Carlos não comentou as informações, apenas reiterou a tranquilidade do vereador diante do arquivamento do procedimento. Flávio Bolsonaro também se pronunciou, negando qualquer conexão entre as transações imobiliárias e os acessos ao cofre.
A existência do cofre em nome de Carlos foi revelada em uma reportagem da Folha de S.Paulo em 2020. A investigação do MP-RJ também apontou que Flávio Bolsonaro acessou o cofre em datas próximas a transações imobiliárias suspeitas. No entanto, a denúncia contra o senador foi arquivada após a anulação de provas.
Até o momento, a defesa de Jair Bolsonaro não se manifestou sobre o assunto.