O ex-líder do Peru, Alberto Fujimori, faleceu aos 86 anos na cidade de Buenos Aires, Argentina, após uma batalha contra o câncer na língua. Fujimori, que governou o Peru de 1990 a 2000, foi descrito como um populista de direita, que se diferenciava da tendência mais comum de associação com a esquerda na América Latina.
Apesar das condenações por violações de direitos humanos e corrupção, Fujimori ainda é lembrado por muitos peruanos, especialmente os mais humildes, como um líder paterno que visitou regiões do país negligenciadas por outros governantes.
Seu legado político é mantido vivo pelo partido fujimorista, Força Popular, que continua exercendo influência significativa na política peruana. Fujimori foi eleito presidente prometendo segurança em meio à violência e instabilidade política da época.
Durante seu governo, Fujimori implementou políticas econômicas neoliberais e adotou medidas de segurança rígidas para combater a guerrilha Sendero Luminoso. Sua gestão foi marcada por controvérsias, incluindo o autogolpe de 1992 e acusações de corrupção.
Após renunciar e fugir para o Japão, Fujimori foi preso no Chile e posteriormente extraditado para o Peru, onde foi condenado por violações de direitos humanos e corrupção. Embora tenha sido indultado, o perdão foi revogado em 2019, levando-o de volta à prisão.
Em dezembro de 2023, o Tribunal Constitucional do Peru autorizou que Fujimori cumprisse o restante de sua pena em prisão domiciliar. Sua morte marca o fim de um capítulo complexo e controverso na história política do Peru, deixando um legado que continua a gerar divisões de opinião.