Um relatório recentemente divulgado trouxe à tona detalhes alarmantes sobre um possível esquema de prostituição envolvendo bispos e padres da Diocese de Jaboticabal. O documento, elaborado pelo consultor ambiental Carlos César Nunes Caixeta, aponta para a participação de autoridades eclesiásticas de destaque na região, como os bispos Dom Eduardo Pinheiro da Silva e Dom Fernando Brocchin.
De acordo com o relatório, jovens e adolescentes teriam sido aliciados para a prática da prostituição, sofrendo abusos sexuais, assédio e intimidação. Vítimas e testemunhas relataram ter sido pressionadas a manter silêncio sobre os atos, muitas vezes em troca de presentes e favores.
O documento sugere a existência de uma possível organização criminosa dedicada a recrutar jovens e introduzi-los no mundo da prostituição, com a participação de padres da diocese. Além disso, há relatos de testemunhas sendo coagidas a inocentar os bispos e padres envolvidos.
O falecido padre Patrick Joseph Dillon, em circunstâncias suspeitas, teria expressado desconfiança em relação ao Núncio Apostólico, embaixador do Papa no país, alegando que ele encobria casos de pedofilia. O padre teria solicitado que suas denúncias fossem divulgadas somente após sua transferência para São Paulo.
A Diocese de Jaboticabal, por meio de sua assessoria de imprensa, negou veementemente as acusações, mencionando o pedido de arquivamento das investigações pelo Ministério Público. Até o momento, a polícia e o Ministério Público não se manifestaram sobre o relatório e as acusações apresentadas.