Brasil veta ditadura venezuelana como parceiro do Brics
Na 16ª reunião do Brics, que está em andamento em Kazan, na Rússia, o Brasil vetou informalmente a admissão da ditadura venezuelana como país parceiro do grupo. A Venezuela ficou de fora da lista de 12 países que serão convidados, que inclui Cuba, Bolívia, Indonésia, Malásia, Uzbequistão, Cazaquistão, Tailândia, Nigéria, Uganda, Turquia e Belarus.
A presidência russa do bloco está costurando essa lista, que ainda pode sofrer alterações durante a reunião dos chefes de Estado e de governo. O assessor presidencial russo Iuri Uchakov indicou que há possibilidade de um 13º parceiro, sem especificar quem seria.
Além disso, a reforma do Conselho de Segurança da ONU e a questão da guerra no Oriente Médio também estão em destaque na reunião. O Brasil, que não submeteu sugestões nominais, tem se posicionado contra a inclusão da ditadura de Nicolás Maduro como parceiro.
A China, que liderou a expansão do Brics no ano anterior, parece ter mudado sua postura em relação ao crescimento do grupo, demonstrando preocupações com a inclusão da Turquia como membro permanente. As discussões continuam, e a composição final do grupo pode sofrer alterações até o encerramento da reunião.
Embora o saldo seja visto como moderadamente positivo para o Brasil, a ausência do ex-presidente Lula, substituído pelo chanceler Mauro Vieira, é sentida devido ao seu peso simbólico na primeira reunião do Brics em 2009. O Brasil assumirá a presidência do grupo em 2025, o que já enseja discussões sobre futuros acordos e parcerias.
