O deputado estadual Ney Leprevost, derrotado no primeiro turno na corrida à Prefeitura de Curitiba, declarou que a presença do senador Sergio Moro e da deputada federal Rosângela Moro em sua chapa não contribuiu para sua vitória nas urnas. Leprevost afirmou que Moro trouxe dificuldades à campanha, sendo difícil de lidar e vaidoso.
Leprevost concorreu tendo Rosângela Moro como vice, após uma articulação do presidente nacional do União Brasil, Antonio Rueda. Eles conquistaram o quarto lugar, com 6,5% dos votos válidos. O deputado acredita que o erro foi aceitar o pedido do partido para incluir Rosângela na chapa, pois Moro acabou se destacando mais do que ele na campanha, resultando em rejeição devido à sua imagem de carrasco do Lula e traidor do Bolsonaro.
Ele também mencionou que Moro não conseguiu atrair os eleitores simpatizantes do lavajatismo, já que Deltan Dallagnol, apoiador de outro candidato, também estava presente na disputa. Com a neutralidade do União Brasil no segundo turno em Curitiba, Leprevost admitiu que não estava mais em contato com Moro no final da campanha, devido a desentendimentos sobre a exposição na propaganda eleitoral.
O deputado afirmou que não planeja mais ter uma trajetória política alinhada com Moro e que, se o senador for o candidato do União Brasil ao governo em 2026, ele deixará o partido. Moro, que planeja concorrer ao governo do Paraná em 2026, ainda não se pronunciou sobre seu apoio no segundo turno em Curitiba.
Após sua atuação na Lava Jato e passagem conturbada como ministro de Bolsonaro, Moro se filiou ao União Brasil e optou pela disputa ao Senado no Paraná. Além da derrota em Curitiba, o senador também enfrentou dificuldades em outras cidades paranaenses nestas eleições.
