O Tribunal de Justiça de São Paulo determinou que uma companhia aérea indenize três passageiros judeus devido à remarcação de suas passagens para o Shabat, um dia sagrado no judaísmo. Cada passageiro receberá uma indenização de R$ 6,3 mil por prejuízos materiais e R$ 15 mil por danos morais.
Os passageiros tinham adquirido passagens de Tel Aviv para São Paulo, com escala em Londres. No entanto, ao chegarem ao aeroporto em Israel, foram informados de que o voo seguinte no Reino Unido havia sido reagendado para o dia seguinte, coincidindo com o Shabat. Como não podiam viajar nesse dia de observância religiosa, foram transferidos para um voo três dias depois, resultando em despesas extras com hospedagem, alimentação e transtornos com a retenção de suas bagagens.
A decisão foi proferida pelo desembargador Décio Rodrigues, da 21ª Câmara de Direito Privado, com o intuito de reparar os danos causados aos passageiros e evitar práticas semelhantes no futuro. A sentença foi unânime e contou com o apoio dos desembargadores Fabio Podestá e Ademir Benedito.
Em sua defesa, a British Airways alegou que o atraso do voo foi provocado por circunstâncias imprevistas e que foram feitos todos os esforços para minimizar os transtornos, incluindo a realocação dos passageiros no próximo voo disponível para o destino final.
