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Dólar fecha a semana em baixa de 1,54% em meio a volatilidade no mercado financeiro

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Após instabilidade pela manhã, dólar fecha em leve queda

Nesta sexta-feira, o dólar apresentou certa instabilidade durante a manhã, mas conseguiu firmar-se em leve queda ao longo da tarde, encerrando o dia com uma baixa de 0,16%, sendo cotado a R$ 5,4361. As oscilações foram modestas, variando pouco mais de três centavos de real entre a mínima (R$ 5,4272) e a máxima (R$ 5,4581), refletindo uma postura mais defensiva dos agentes do mercado.

Apesar da combinação de indicadores tanto no Brasil quanto no exterior apontarem para uma ampliação do diferencial entre juros interno e externo, o real não teve um desempenho expressivo, mostrando um fôlego curto. No Brasil, a queda da taxa de desemprego revelada pela Pnad e a desancoragem das expectativas de inflação indicam que o Banco Central pode acelerar o ritmo de alta da taxa Selic.

Durante a semana, a valorização dos preços das commodities, especialmente do minério de ferro, impulsionou o real, devido ao anúncio de estímulos econômicos na China e ao compromisso do governo chinês em apoiar o crescimento econômico.

O dólar encerrou a semana com uma queda de 1,54% em relação ao real, que teve o terceiro melhor desempenho entre seus pares, ficando atrás apenas do peso chileno e do rand sul-africano. No acumulado do mês, o dólar acumula uma desvalorização de 3,53%. O índice DXY, que mede o comportamento do dólar em relação a seis moedas fortes, teve uma ligeira queda nesta sexta-feira, recuando cerca de 0,30% na semana, aproximando-se de 100,400 pontos.

Apesar da valorização do real nos últimos cinco pregões, o economista-chefe da Nova Futura Investimentos, Nicolas Borsoi, considera o desempenho da moeda brasileira “decepcionante”, devido à resistência para romper o piso de R$ 5,40. Ele destaca que o Relatório Trimestral de Inflação do Banco Central sugere que a taxa Selic pode encerrar o atual ciclo de alta em 12,50% ou até mesmo 13%.

Para a próxima semana, a agenda destaca uma série de dados do mercado de trabalho nos EUA, com destaque para o relatório de emprego de setembro, que será divulgado na sexta-feira, 4. O Fed sinalizou o desejo de evitar uma deterioração aguda do mercado de trabalho, e indicadores fracos de emprego podem reforçar as expectativas de um novo corte de juros pelo banco central norte-americano, conforme apontado pelo economista Rafael Perez, da Suno Research. Perez acredita em uma postura mais cautelosa do Fed, com previsão de mais dois cortes de 0,25 ponto percentual, podendo haver um ajuste maior de 0,50 ponto em caso de uma deterioração maior do que a esperada.

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