Na sexta-feira (20), o dólar iniciou o dia com uma leve alta após sete dias consecutivos de queda, alinhado com a maioria dos países emergentes nas primeiras negociações. Às 9h05, a moeda norte-americana estava sendo cotada a R$ 5,4361, registrando um aumento de 0,27%. Na quinta-feira (19), o dólar fechou em baixa de 0,71%, a R$ 5,421, enquanto a Bolsa apresentou queda de 0,47%, atingindo 133.122 pontos.
O mercado foi influenciado pelas decisões do Banco Central (BC) e do Federal Reserve (Fed) dos Estados Unidos do dia anterior. O Copom optou por elevar a Selic em 0,25 ponto percentual, destacando a resiliência da economia brasileira. Por sua vez, o Fed realizou o primeiro corte nas taxas desde 2020, reduzindo em 0,50 ponto devido às preocupações com o mercado de trabalho nos EUA.
O aumento da Selic para 10,75% ao ano foi justificado pelo Copom devido à força da economia, pressões no mercado de trabalho, projeções de inflação em alta e expectativas distantes da meta. O Copom não definiu a intensidade do ciclo de alta de juros, mantendo os próximos passos em aberto.
Nos EUA, o Fed cortou as taxas em 0,50 ponto, mencionando um equilíbrio nos riscos para alcançar os objetivos de emprego e inflação. As projeções indicam mais cortes nas taxas até 2026, atingindo uma faixa de 2,75% e 3%.
Essas decisões impactaram o mercado financeiro, com expectativas de aumento da Selic nos próximos anos e influenciaram as curvas de juros futuros. A diferença entre as taxas no Brasil e nos EUA pode atrair mais investimentos para o cenário doméstico, o que favorece a valorização do real em relação ao dólar.
A volatilidade nos mercados deve persistir nos próximos dias devido a essas decisões históricas e às incertezas econômicas globais.