Especialistas econômicos afirmam que o recente corte nas taxas de juros nos Estados Unidos não influenciou as projeções para a economia brasileira. A previsão é de que a taxa Selic permaneça em 10,50%, podendo atingir mais de 11% até o fim do ano, segundo alguns analistas. A antecipação do ciclo de redução das taxas de juros nos EUA já estava sendo considerada nas estimativas, e uma possível desvalorização do dólar e queda na curva de juros poderiam ajudar a reduzir as expectativas de inflação no Brasil.
Apesar da reação positiva dos mercados, a economia brasileira continua demonstrando resistência, com baixos índices de desemprego e aumento da renda dos trabalhadores, o que poderia pressionar a inflação. Diante disso, o BTG e outras instituições financeiras apostam em um aumento da taxa de juros brasileira já em setembro. O Banco Central adota uma postura cautelosa devido aos riscos fiscais e à situação econômica dos EUA.
Enquanto o Itaú Unibanco prevê a manutenção da Selic em 10,5% até o final de 2025, outras instituições como XP e BRCG Consultoria mantêm suas projeções. O cenário internacional, especialmente a possibilidade de recessão nos Estados Unidos, influenciará as decisões do Comitê de Política Monetária (Copom). Espera-se que a inflação permaneça dentro da meta, mas o panorama econômico global continuará sendo monitorado de perto.
