As eleições municipais deste ano na região metropolitana de São Paulo provocaram mudanças significativas no cenário político local. Anteriormente dominada por partidos de esquerda, a região agora terá apenas três prefeituras sob o comando de legendas progressistas. O resultado eleitoral mostrou um enfraquecimento da esquerda, com a derrota de nomes tradicionais e a ascensão de partidos de centro e direita, como PL, MDB e Podemos.
Em Mauá, Marcelo Oliveira, do PT, garantiu sua reeleição com o apoio do ex-presidente Lula, mantendo a confiança dos eleitores locais. No entanto, em Diadema, José de Filippi Júnior, também do PT, foi derrotado por Taka Yamauchi, do MDB, frustrando as expectativas de retomada em um reduto histórico do partido.
O PL se destacou como a principal força política na região, conquistando nove das 39 cidades. Em Guarulhos, Lucas Sanches, do PL, venceu Elói Pietá, do Solidariedade, que havia governado a cidade pelo PT por oito anos.
No ABC Paulista, tradicional reduto do PT, Santo André será governada pelo PSDB, São Bernardo do Campo pelo Podemos, e São Caetano do Sul pelo PL, marcando uma ruptura com a tradição de esquerda na região. Além de Mauá, apenas Cotia, com Welington Formiga, do PDT, e Rio Grande da Serra, com Akira Auriani, do PSB, serão administradas por partidos mais alinhados à esquerda.