O tenente-coronel Mauro Cid, que foi ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, foi retirado da lista de candidatos à promoção de coronel pelo Exército. Ele está sob investigação da Polícia Federal por suposta participação em uma tentativa de golpe de Estado contra a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, além de estar envolvido no caso das joias revelado pelo Estadão em março de 2023. Outros quatro militares também foram impedidos de serem promovidos.
Segundo o Exército, as promoções para o posto de coronel são decididas por um colegiado de 18 generais, e os critérios específicos para a promoção não foram divulgados pela instituição. Cid e os demais militares vetados poderão concorrer novamente à promoção em dezembro e abril de 2025, desde que sejam inocentados das acusações pela PF e de quaisquer restrições impostas pelo STF.
Mauro Cid já havia sido barrado de concorrer à promoção em abril por estar detido, o que vai contra as regras do Exército. Ele foi preso durante a Operação Venire da PF, que investigava fraudes em cartões de vacina contra a Covid-19. Após um acordo de delação premiada, Cid apontou Jair Bolsonaro como mandante das fraudes e revelou reuniões entre o ex-presidente e comandantes militares para discutir ações contra a posse de Lula.
Mais tarde, Cid foi novamente preso em março por criticar a investigação da PF em áudios publicados pela revista Veja. No entanto, ele foi liberado em maio e sua delação premiada foi mantida válida.
