Durante o debate em Filadélfia, nos Estados Unidos, Donald Trump conseguiu evitar ataques pessoais a Kamala Harris relacionados a questões de gênero e raça, conforme solicitado por sua campanha. No entanto, o presidente cometeu um erro ao repetir uma falsa afirmação sobre imigrantes haitianos comendo animais de estimação de moradores em Ohio, o que acabou prejudicando sua performance no debate.
Dan Cassino, diretor do instituto de pesquisas da Universidade Fairleigh Dickinson, destacou que embora Trump tenha lidado bem com algumas questões raciais, a mentira sobre os imigrantes teve um impacto negativo em sua imagem. A falsa narrativa propagada por Trump resultou em uma onda de memes nas redes sociais, demonstrando a repercussão desfavorável de seu comentário.
A abordagem de temas relacionados a gênero e raça no debate eleitoral foi considerada delicada por Cassino, que enfatizou a eficácia de uma abordagem mais sutil. Além disso, ele ressaltou a importância da cobertura midiática pós-debate, que pode influenciar eleitores que não acompanharam o evento diretamente.
Segundo o especialista Christopher Wlezien, o debate pode ter persuadido eleitores indecisos a votarem em Kamala Harris, mas ele não prevê grandes mudanças nas pesquisas, estimando um impacto de aproximadamente 1 ponto percentual. Uma pesquisa qualitativa conduzida pela Reuters com eleitores indecisos refletiu essa tendência, mostrando que apesar do bom desempenho de Kamala, alguns ainda consideram votar em Trump devido a preocupações econômicas.
A questão econômica é uma das principais preocupações dos eleitores, e Trump é percebido como mais competente nesse aspecto, o que pode favorecê-lo, apesar de outros pontos. Em resumo, embora o debate tenha tido momentos cruciais, a verdadeira influência nas eleições pode ser determinada pela cobertura midiática pós-evento e pelas ações dos candidatos nos próximos dias.