De acordo com o Datafolha, as últimas pesquisas eleitorais revelam que o candidato Pablo Marçal (PRTB) registrou um crescimento significativo, enquanto Ricardo Nunes (MDB) experimentou uma queda em sua popularidade. Marçal conquistou um aumento de sete pontos percentuais, alcançando a liderança empatado com Guilherme Boulos (PSOL), ambos com 21%, enquanto Nunes caiu para 19%. A equipe de campanha de Nunes está se concentrando em convencer eleitores nos bastidores, apostando na disputa entre Marçal e a família Bolsonaro. Entre os eleitores bolsonaristas, Marçal lidera com 46%, contra 26% de Nunes.
Em uma entrevista à TV Record, Marçal declarou que “a direita não tem dono” e pediu desculpas por sua postura anterior. A campanha de Nunes está tentando reconquistar eleitores bolsonaristas, aproveitando a recente retórica de Jair Bolsonaro e seus filhos contra Marçal. Os estrategistas do prefeito rejeitam uma mudança radical e planejam manter o foco nas realizações da gestão de Nunes. Está prevista a realização de eventos entre Nunes e Bolsonaro, com o ex-presidente gravando um vídeo de apoio à campanha, embora essas ações estivessem planejadas antes do crescimento de Marçal.
Nos bastidores, houve uma articulação para reestabelecer a relação entre Nunes e os Bolsonaros, com interlocutores trabalhando para aproximar as partes e Nunes esclarecendo questões polêmicas em relação a Bolsonaro. Esse realinhamento também foi impulsionado pelas críticas direcionadas a Marçal, descrito por aliados bolsonaristas como estelionatário e falso, o que levou Bolsonaro a se distanciar do influenciador. Pessoas próximas ao presidente apontam que Marçal representa um risco para a eleição presidencial de 2026, utilizando o pleito municipal como trampolim para se lançar como candidato ao Palácio do Planalto.
